CONFIANZA

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Mirella Águiar

passei o dia inteiro no quarto, já que é minha folga resolvi tirar o dia para fazer o total de zero coisas. mas já são 5:30 da tarde, e então eu resolvi reagir depois de Elisa ficar o dia inteiro batendo na porta do quarto querendo saber se eu estava viva, pois desde ontem quando cheguei da casa do Gavi não vi ela.

o que irei fazer? irei na casa do meu pai para fazer uma visita, embora eu tenha visto ele ontem no jogo, quero ir na casa dele, sinto que estou precisando de um colo paterno.

e o melhor, Elisa vai me levar, sim Elisa, pois me recuso a entrar dentro de um táxi hoje, e além disso Elisa tá precisando caçar o que fazer já que ficou atoa o dia inteiro também. e existe algo melhor do que servir de táxi para sua amiga? não.

(...)

já pronta apresso Elisa que tentava encontrar a chave do carro. hoje decidi ser natural, nada de reboco na cara, uma roupa leve e confortável e o cabelo preso para manter o look.

- ACHEI!. - Elisa grita do quarto, o que faz ela vir correndo para descermos.

no caminho até a casa do meu pai Elisa resolve colocar algumas musiquinhas "educativas" se é que vocês me entendem, para tocar no seu carro. não era minha vibe hoje, mas apenas aceitei o fato de que estava de carona. e se o bom humor dela dependesse dos funks brasileiros, que ela continue a escutar para manter a paz na nação.

(...)

- obrigada pela carona. - falo ao descer do carro já na porta da casa do meu pai.

- que nada amiga, amo fazer humildade para pobres emergentes igual você. - ela fala fazendo coração com a mão, e eu como uma boa amiga retribuo com um belo dedo do meio. - vai querer que eu te busque? - ela pergunta.

- se eu precisar eu te ligo. - falo. - tchau, te amo. - completo, me virando para entrar na casa do meu pai.

- também te amo. - ela fala dando partida no carro.

entro "em casa", e sim, tenho a chave, meu pai falou que seria melhor e mais prático para quando eu quisesse vir.

vim para ver meu pai e também ver se esqueço um pouco do Gavi. quase não dormi essa noite pensando na atitude certa a se fazer em relação a nós. acho que exagerei um pouco quando tirei o anel e o deixei lá, mas fiquei realmente magoada por ter ouvido aquilo dele.

- pai? Marga?, tem alguém aí? - pergunto ao dar uma volta na sala e perceber que a casa estava mais silenciosa que o normal.

- filha, meu amor, que surpresa boa. - meu pai fala descendo as escadas com um sorriso no rosto.

- pai, tudo bem? onde tá a Marga? - deposito um beijo em sua bochecha e pergunto.

- ela foi resolver umas coisas, vai ficar fora o resto do dia. - ele fala passando a mão na minha cabeça. - o que foi filha? tá com uma carinha tão abatida. - nem sabia que estava tão notável assim.

- situações da vida pai. - me sento no sofá e ele cruza os braços desconfiado.

- que tipo de "situações da vida" filha? - ele pergunta fazendo sinal de aspas.

- discuti com o Gavi e não sei o que fazer pra resolver a situação. - falo tristonha e ele logo senta, ficando de frente para mim.

- mas foi uma discussão grave ou foi coisa boba? - ele pergunta preocupado.

- ele ficou com ciúmes do Matheo por ter sentado ao meu lado no jogo, e isso tudo começou quando o Matheo me beijou a força na comemoração e pra piorar o Gavi viu tudo. - explico e ele olha bravo.

Meu Único Amor - 𝑷𝒂𝒃𝒍𝒐 𝑮𝒂𝒗𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora