Mirella Águiar
(dias depois)
me enfiar em um buraco, essa é a única coisa que eu quero após passar a manhã inteira abraçada em um vaso sanitário. já estou a ponto de trazer uma cama pro banheiro, já que eu não saio daqui.
eu juro que não consigo entender meu corpo mais. me dá vontade de comer uma coisa diferente, eu como, e quando menos espero coloco tudo e mais um pouco pra fora.
aprecie um dos episódios que me ocorreu hoje às 6:30 da manhã de uma quinta-feira. me bateu uma vontade avassaladora de comer Gaspacho, e vou dar o Gavi de prêmio para quem adivinhar o que aconteceu minutos depois de colocar a primeira colher na boca.
e falando nele coitado, teve que ir dormir na casa dele sozinho pois a bonitona aqui surtou com ele após ele deitar ao meu lado e ficar mexendo no celular enquanto conversava comigo.
estou do jeitinho que a clínica psiquiátrica gosta.
estou contando os minutos para esse dia acabar e eu e Gavi finalmente embarcamos com destino ao Brasil. e eu espero que eu esteje melhor, pois vai ser terrível viajar assim.
acordei educada igual uma mula hoje. dios mío.
mas esquecendo esse momento por 1 minuto, agora irei fazer a melhor coisa quando o assunto é VIAJAR.
arrumar a mala, pra mim não tem preço você arrumar uma coisa e imaginar você usando aquilo em tal lugar.
durante esses dias que passaram, fiz diversas compras na qual acho que estourei o cartão do Gavi tadinho. só consigo lembrar daquele meme do João Guilherme "eu só quero ver meu xuxu bem vestidinha".
e antes que me ataquem por explorar o Gavi, eu apenas sou merecedora disso, gratidão.
(...)
- Mirella! - e só de ouvir o tom alterado já podia imaginar quem era - pode me explicar o que tanto você comprou?
- você não iria gostar de andar com uma maluca de moletom e cachecol no calor de 40 graus do Brasil né? - ele bate com sua mão em seu rosto e eu volto minha atenção na mala.
- amor, qual o motivo de tanta roupa? se a gente vai ficar lá apenas 3 dias. - Gavi questiona e se joga na minha cama, no meio das minhas coisas. ô ódio.
antes de responde-lo eu o repreendo com o olhar e ele logo se levanta de cima das minhas coisas e se senta o mais longe possível delas.
- amor, antes sobrar do que faltar. - dou um sorriso falso. - ou você quer que eu leve pouca roupa e caso me falte eu use seu cartão novamente?. - o brilho dele some.
- amor leve quantas roupas você quiser, se quiser eu te empresto mais mala caso não caiba tudo na sua. - ele fala empolgado. - só essa semana amor da minha vida, você sozinha gastou 887 euros. - quê isso gente, sou apenas uma consumista compulsiva.
e no Brasil 887 euros é nada mais nada menos que 5 mil reais. 5 mil reais em roupas, achei razoável até.
- amorzinho, foi um gasto culposo. - olho com cara de coitadinha. - quando não há intenção de gastar, só que eu fui comprando e seu cartão foi passando, aí quando eu fui ver, já era tarde. - vou até ele e dou beijinhos para amenizar a situação.
- só acho que você poderia ter sido menos consumista. pensa no tanto que já iremos gastar no Brasil. - só consigo pensar que ele já haveria desistido de ir.
- tudo bem, tudo bem. agora encerramos esse assunto por aqui.
lhe pego pelo braço e o coloco para dobrar minhas roupas, nesse momento ele deveria tá me detestando.
mas nada melhor que 3 dias no Brasil para relaxar e esquecer por um período tudo o que passamos.
(...)
hoje iríamos na casa do meu pai para nos despedir, e só penso em como ele irá se sentir solitário nesse pouco tempo.
fui em sua casa a uns dois dias atrás e ele não quis entrar em detalhes do porque ter sido demitido do Barça, apenas falou que também envolvia assuntos pessoais que estavam interferindo em seu trabalho.
- AMOR TRÁS A TOALHA PRA MIM POR FAVOR!. - Gavi grita do banheiro enquanto tomava banho pra gente ir almoçar.
levanto calmamente da cama, pego uma toalha e levo até ele.
- Gavira do céu, que escultura. - falo após abrir a porta do box na missão de entregar a toalha para Gavi, que apenas ria sem jeito.
- gostou?. - ele ainda pergunta?!.
- toma Gavira, sua toalha. - estico a mão para ele pegar a toalha e o engraçadinho me puxa pra dentro do box junto a ele.
- vem cá ver sua escultura de pertinho lindinha. - jesus me dê forças.
- amor a gente vai se atrasar. - falo toda molinha ao sentir sua língua passando por meu pescoço. puta que pariu mané, que homem é esse.
- relaxa, a gente ainda tem um tempinho. - nessa hora minha roupa já estava completamente encharcada, e as mãos de Pablo Gavira já percorriam por dentro dela, me levando a loucura.
- Gavi por favor. - falo jogando a cabeça para trás, e aqui eu já havia desistido de tentar resistir.
as mãos firmes de Gavi precionavam minha cintura, enquanto ele me enchia de beijos, e certamente já havia deixado um belo de um chupão no meu pescoço.
estava tudo indo perfeitamente bem, até escutarmos o barulho da campainha.
- aí que droga!. - falo indignada. seja quem for, eu acho bom ter um excelente motivo para aparecer na minha casa essa hora.
- que vida difícil meus amigos. - Gavi fala todo capenga e eu sou obrigada a deixá-lo aqui para ir abrir a porta.
vou contra minha vontade, e ao abrir a porta adivinha só quem era.
- porque você está toda molhada? e que roxo é esse no seu pescoço?. - a bonita da Elisa pergunta na maior cara de pau.
- tem um morcego aí com você chamado Gavira? vejo que ele estava te atacando. quer que a gente chame a patrulha dos animais perigosos?. - o palhaço do Pedri surge com mais uma série de suas gracinhas, e eles não imaginavam a quantidade de ódio que estava acumulada dentro de mim.
- isso é hora de aparecerem aqui? - sou grossa e eles dão um passo para trás e arregalam os olhos.
- calma, a gente veio para passarmos um tempo juntos antes de viajarem. - péssima hora, Elisa.
- tá, tá entrem. - estico o braço para dentro.
Pedri se joga no sofá como se não tivesse amor a vida, e Elisa melhor que ninguém sabe o ódio extremo que tenho quando alguém mexe ou bagunça minhas coisas.
então ela lhe puxa fazendo com que ele bata de cara na parede.
todos nós rimos até que Gavi resolve abrir seu berrante.
- QUEM É AMOR?
- PEDRI E ELISA.
(...)
depois de já prontos, Pedri e Elisa nos esperava do lado de fora para irmos almoçar, eles auto se convidaram.
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Meu Único Amor - 𝑷𝒂𝒃𝒍𝒐 𝑮𝒂𝒗𝒊
FanfictionPT/BR🇧🇷 +16| uma Brasileira recebe uma ligação com uma proposta tentadora para trabalho, mas fica entre ir e viver seu sonho ou ficar só para agradar a sua mãe. ®2023 ⚠️ATENÇÃO!!! •PLÁGIO É CRIME •NÃO DISPONÍVEL PARA ADAPTAÇÕES