Meu Único Amor - 𝑷𝒂𝒃𝒍𝒐 𝑮𝒂𝒗𝒊

COMEMORAÇÃO

Mirella Águiar

já são 9:35 e eu ainda me encontrava deitada na cama, não que eu tenha acordado agora. pra falar a verdade eu acordei já tem um tempinho e só estou aqui curtindo preguiça, já que não tenho nada pra fazer.

hoje tem jogo do Barça, mas não irei, pois quero curtir a noite e sem falar que amanhã tem trabalho e quero disposição.

bom, tenho duas opções, ou ficar no hotel o dia inteiro assistindo algo na tv e dormindo, ou me arrumar e sair pelas ruas de Barcelona com o risco de ficar perdida. pois é, mais de uma semana e eu ainda não sabia onde fivava nada por aqui. mas vou resolver ficar com a primeira opção até porque estou evitando correr riscos e também porque tem a comemoração do Barça mais tarde. se eles levarem a melhor é claro.

depois da escolha, já vou indo escolher um filme para assistir, o tema escolhido foi terror.

tudo faz sentido, domingo, dia, terror e cama.

bom, pelo menos na minha cabeça faz.

(...)

eu queria saber como isso é possível, eu fechei os olhos por apenas um minuto e quando abri o filme já tinha acabado. alguém me diz como?

sou assim, posso tá fazendo o que for, mas de qualquer forma eu durmo.

pego meu celular para ver as horas e me assusto ao ver que o jogo já tinha começado, e me arrisco dizer que já estava quase acabando. com certeza qualquer um que tentou falar comigo hoje, provavelmente achou que eu morri, pois não conversei com quase ninguém por mensagem hoje, apenas respondi a mensagem que meu pai me mandou me convidando para a comemoração de hoje caso os meninos ganhe. esquecidinho ele né.

fui dar uma olhada no placar e já estava no intervalo. tava 1x0 pro Barça e quem fez gol foi o Pedri. não posso negar que ao mesmo tempo que ele é irritante ele é um ótimo jogador, assim como o Gavira.

resolvo levantar da cama e começar a me arrumar, até porque tenho certeza de que quando eu acabar de me arrumar ou o jogo ja vai ter terminado ou já vão estar todos na casa do meu pai. não que eu demore muito para me arrumar, é que eles que são muito apressados.

(...)

ao me olhar no espelho só consigo me lembrar do meme "como eu vou provar que sou eu?". eu estava usando um vestido tubinho preto, com um salto que também era preto, e uma maquiagem bem discreta para não pesar o look. estava em um total all black.

e o que eu falei sobre quando eu terminasse de me arrumar ou o jogo já poderia ter terminado ou eles já estariam na casa do meu pai. mando uma mensagem pro meu pai que me responde de imediato para saber sua localização, e pasmem eles já estavam na casa dele comemorando a vitoria do Barça. sabia que tinha demorado, mas não tanto.

meu pai se dispõe a me buscar, mas eu recuso. não queria que ele deixasse os meninos sozinhos, embora eles sejam um bando de marmanjos velhos.

logo desço pra porta do hotel para pegar um táxi, depois de meu pai contextar bastante.

assim que chego na entrada do hotel já encontro vários táxis. entro dentro de um deles e passo o endereço ao motorista que apenas concorda com a cabeça.

(...)

ao chegar já desço e entro, pois a porta estava aberta.

passo pela entrada e já escontro todos ali reunidos na sala, comemorando do jeito deles, que era bem estranho, porém engraçado.

todos fixam seus olhares em mim quando notam minha presença. até engasgos com água eu ouvi.

- tá tudo bem Gavira? - isso é o meu pai perguntando ao Gavira, após se engasgar com a bebida de seu copo.

- c-claro. - ele responde ainda se recuperando do acontecido.

- boa noite pessoal. - cumprimento.

- boa noite linda. - Ferran fala e vejo meu pai olhar pra ele com um olhar tanto quanto ameaçador. - com todo respeito é claro.

- bom pessoal, alguns já conhecem outros não, mas essa daqui é minha filha, Mirella.

aceno para todos.

eu realmente estava ficando assustada com eles, onde já se viu em uma festa pegar um rolo de papel higiênico e começar a fazelo de bola, aqueles garotos eram tudo menos normais.

mas uma coisa não podia negar, eles tinham um baita estilo. estavam todos muito bonitos, alguns mais formais como Lewandowski e outros mais casuais como Gavi.

falando em Gavi, ele não parava de julgar os colegas com o olhar nem por um segundo. não julgo, pois sou exatamente assim, a diferença é que eu tento disfarçar, ele não.

após um tempo olhando pra ele, ele percebe e vem em minha direção.

- boa noite senhorita. - sarcasmo uma hora dessa era com ele mesmo.

- boa noite senhor vencedor.

- você tá uma tremenda gostosa. - ele se aproxima do meu ouvido e fala. - eu tiraria fácil esse teu vestidinho. - ele diz com um sorriso safado.

- pago pra ver Gavira, pago pra ver. - o instigo.

- amarei ver você implorar gatinha.

- e eu amarei ver você desejar.

- eu quero, eu tenho. - ele volta a sussurrar. - eu te quero, então eu vou te ter.  - já estou começando a me sentir desafiada.

- você pode até me ter, mas saiba que não será fácil assim. - o encaro com sorriso de lado.

- tudo bem por aqui? - não, não estava nada bem.

- t-tudo ótimo pai, né Gavira?

- claro, melhor impossível. - ele fala tentando não entregar a situação.

- vem Mirella, quero te apresentar para algumas pessoas. - meu pai fala e eu o acompanho.

(...)

depois que meu pai me apresentou para umas pessoas, que por sinal eram chatas pra caralho eu resolvo ir no banheiro lá em cima.

já que o de baixo estava ocupado.

subo e já retoco a maquiagem, o que fiz foi escurecer mais o tom do meu batom vermelho.

enquanto terminava, escuto o barulho da porta se fechando e passando a tranca. achei bem estranho, até porque eu estava no banheiro do quarto do meu pai, porque simplesmente todos os banheiros estava ocupados no mesmo momento. um baita azar.

- quem tá aí? - pergunto na esperança de alguém responder.