PUTA QUE PARIU

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Mirella Águiar

- amor, a gente vai se atrasar. - Gavi fala, e só aí volto pra realidade. eu estava viajando legal.

- os dias aqui passaram tão rápido. - falo observando o mar da sacada do hotel.

- eu nunca imaginei que iria viver momentos tão incríveis ao lado de quem eu amo, e nunca imaginei que seria no Brasil. - ele fala me pegando pela cintura e colocando nossos corpos juntos. - já deixo bem claro que só coloco meus pés aqui novamente se for ao seu lado. - sorrio com isso.

- que bom que gostou meu amor. - dou um beijo nele.

- obrigado por me proporcionar viver tudo isso ao seu lado, sou o homem mais feliz do mundo por ter vocês em minha vida. - ele coloca a mão sobre minha barriga, sinto o gelo dela pois eu estava com um cropped de manga comprida e gola alta.

ficamos alguns minutinhos ali abraçados apreciando o nosso último pôr do sol no Brasil, e logo depois já fomos para o aeroporto. minha mãe iria encontrar a gente lá para se despedir.

(...)

- filha promete que vai se cuidar direitinho? não faça nada muito extravagante. - se eu te contasse da noite que eu tive, a senhora choraria. - faça bastante repouso tá filha, e cuide bem do meu neto ou neta. - minha mãe passava as coordenadas.

- mãe estou grávida, não doente. - a tão famosa frase usada por quem faz tudo o que não deveria fazer.

- se depender de mim ela vai seguir a risca tudo isso, não se preocupe. - Gavi fala simpático. agora pronto, virou um complô contra mim.

- última chamada para o vôo 875, com destino à Barcelona. senhores passageiros favor embarcar no portão 3.

a voz surge pelo aeroporto fazendo com que eu e Gavi ficássemos atentos.

estamos ferrados né, porque Gavi não entende muito do idioma brasileiro, e eu estou sonsa e lerda igual uma tartaruga. resumindo, melhor embarcamos logo antes que a gente perca o vôo.

- até breve mãe, vou sentir saudades. amo você - me despeço de vez da minha mãe e logo embarcamos.

(...)

- foi bom enquanto durou, mas daqui à algumas horas voltaremos para a realidade. - falo já dentro do avião, e me acomodando nos ombros do Gavi.

caraca, mó sono.

e nem se passam 10 minutos e já me bate uma fome que parecia que eu estava amarrada por dias.

então chamo a aeromoça que ficava indo e voltando dentro do avião, já estava ficando tonta.

peço um misto quente e um suco de maracujá, bom que até lá durmo que é uma beleza.

(...)

- que saudades daqui. - Gavi fala admirando cada parte de Barcelona enquanto déssemos do avião.

- sinto uma enorme saudade de morar no Brasil, mas confesso que me acostumei aqui e pretendo nunca mais sair.

pegamos nossas malas e já avistamos meu pai que vinha em nossa direção com um enorme sorriso no rosto.

- filha! - ele me abraça fortemente que consigo sentir seu coração pulsar.

- como você está pai? - o pergunto enquanto ele também abraçava Gavi.

- bem meu amor, vem deixa eu pegar suas malas. - ele às coloca dentro do porta malas do carro, o carro que não me é estranho.

- achei que você estaria com saudades de dirigir Gavi, então resolvi vir com seu carro para irmos para casa. - Gavi apoia sua cabeça sobre o carro o acariciando, bem típico de doido.

e após um tempo do nada surge Elisa e Pedri com a cara virada um pro outro. haja paciência com esses dois.

- bom, se estão com cara de cu um pro outro significa que as coisas estão do mesmo jeito que deixamos. - falo abraçando Elisa. - menos mal, até porque estranho seria se vocês tivessem passado a se gostar.

- preciso de você, de uma bebida e de um baseado. - ela fala após sair do meu abraço e todos arregalam os olhos.

- Elisa, não sabia que você andava fumando. - a repreendo.

- ah mas eu não fumo, só falei pra tirar um sarro da sua cara. - ela dá um gole na garrafa de água que tinha em sua mão. - mas a parte de precisar de você e de uma bebida é verdade, aconteceu tanta coisa.

- é, eu imagino. - falo negando com a cabeça e entrando no carro.

(...)

e cá estávamos nós, todos reunidos na casa de Gavi, até sua mãe e sua irmã estavam aqui. o momento perfeito para contar a novidade não é mesmo?!.

- Gavi e eu temos uma coisa para contar pra vocês. - falo sorrindo nervoso e vou para perto de Gavi, que passa uma de suas mãos por minha cintura.

todos param o que estavam fazendo e voltam seus olhares para nós.

- não nos diga que vocês gostaram tanto do Brasil e que agora vão morar lá de vez. - Pedri fala rindo e Elisa da um pisão em seu pé.

- cala a boca mané. - ela dá um gole no suco de abacaxi que a funcionária da casa de Gavi serviu para nós.

- vamos ter um bebê. - Gavi toma a frente e fala animado.

Elisa se engasga com o suco, Pedri tenta "ajudar" dando tapinhas nas costas dela. a mãe e a irmã do Gavi tiveram a mesma reação ao ouvir a notícia, colocaram um sorriso enorme no rosto e os olhos brilhavam mais que farol. e meu pai?! bom, acho que ele só enxergava o pobre do Gavi em sua frente, era capaz dele falar algo e sair fogo por sua boca.

- puta que pariu Mirella. - Elisa fala depois de se recompor. - desculpa o palavrão galera, é que eu fiquei bastante surpresa. - Elisa se senta no sofá ainda assimilando a novidade.

- parabéns meus lindos, nem acredito que vou ser vovó! - a mãe do Gavi nos abraçava.

- nunca pensei em te ver sendo pai, isso é uma coisa inacreditável. - Pedri fala a Gavi com uma de muitas brincadeiras bestas de menino que é pegar em sua parte íntima, melhor dizendo, algo que só se dava direito a mim.

- parabéns filha, te desejo toda sorte do mundo, mas depois quero falar com você. - meu pai fala sussurrando em meu ouvido enquanto me abraçava e já dava pra se imaginar o sermão que eu levaria.

e Aurora fazia das palavras de sua mãe as dela, me abraçava ao mesmo tempo que acariciava minha barriga.

momento único na qual nunca vou esquecer e já com mais um membro da família por vir.

Meu Único Amor - 𝑷𝒂𝒃𝒍𝒐 𝑮𝒂𝒗𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora