¿ELLOS ESTÁN JUNTOS?

818 54 2
                                        

Mirella Águiar

depois que vi isso cheguei a pensar que poderia ser o Pedri por trás, mas não é, eu acho. o contato do Pedri estava salvo em seu celular e então também pensei que ele poderia ter criado outro contato para eles falarem de coisas mais íntimas.

e agora me vem a dúvida, pergunto a Elisa sobre esse suposto Thiago ou tento esquecer isso e viver minha vida normalmente? sei que Elisa é maior de idade, mas de qualquer forma me preocupo. vivemos de baixo do mesmo teto, nos vemos todos os dias e criamos uma amizade incrível.

nós duas temos nossas vidas, mas assim como Elisa é minha responsabilidade, eu sou a dela. sempre deixo claro a ela que pode confiar em mim, e sei que posso nela também.

desligo o celular de Elisa e coloco no mesmo lugar que ela deixou ao sair da cozinha, até porque ela se aproximava com uma caixa em suas mãos, e eu não quero me traumatizar com mensagens entre ela e seja lá quem for o cara que ela está conversando.

também não irei comentar sobre isso com ela, pois deve ser mais um de seus rolos incertos de uma noite, e se for algo sério com alguém não tenho dúvidas que ela irá me contar.

- agora que eu vi, está no seu nome. - ela fala ao se aproximar com a caixa. - meu Deus como eu pude esqueçer que era pra você. - ela coloca a mão no rosto.

- pra mim? - pergunto a ela que confiria.

- uhum. - ela apenas faz um barulho com a boca confirmando.

- bom, de quem será? eu não me lembro de ter comprado nada. - falo na esperança dela se lembrar de algo, só que ao olhar pra ela vejo um sorriso bobo em seu rosto enquanto seus olhos estavam vidrados naquela tela de celular. - quer saber, esquece vai. - desisto.

- que? falou comigo? - ela pergunta enquanto eu decia da bancada e ia em direção a sala para abrir a caixa.

- não, esquece. - falo me sentando no sofá.

coloco a caixa sobre o sofá. abro e juro que não esperava por aquilo, até sinto meus olhos lacrimejarem.

pego um dos objetos que estavam dentro da caixa e começo a analisar bem, e que dejavu passou pela minha cabeça ao encarar aquele porta retrato com uma foto minha quando eu era neném.

e eu estava nos braços de um homem, um homem que eu nunca havia visto antes. ele parecia íntimo, chego a pensar que poderia ser um familiar.

deixo a foto ao meu lado e olho dentro da caixa para ver se tinha mais alguma coisa. encontro apenas uma carta escrita a mão e com um número de contato no final, confesso que estou bem curiosa para saber quem é o remetente, que para ter uma foto minha, com certeza tem que me conhecer bem.

mais algo estranho me fez pegar a foto novamente e voltar a encara-lá, pois pelo que eu me lembre, minha mãe sempre me mostrava essa mesma foto só que nunca tinha esse homem nela. isso desperta uma grande curiosidade em mim para saber quem era ele, e então pego meu celular e disco o número que estava na carta.

como eu já imaginava, caixa postal. confesso que isso despertou ainda mais minha curiosidade, pois por qual motivo alguém colocaria um número de contato ali e simplesmente deixaria chamar até a ligação cair? curioso isso.

pego a caixa e vou pro meu quarto, irei tentar falar com minha mãe para saber se ela sabe de algo, já que essa foto apenas ela quem tinha, pelo menos é o que ela sempre disse.

então disco rapidamente seu número e ouço chamar.

- olá querida. - minha mãe fala ao atender o celular. - como vão as coisas por aí? - me sento na cama e encaro a caixa que havia em minha frente.

Meu Único Amor - 𝑷𝒂𝒃𝒍𝒐 𝑮𝒂𝒗𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora