CAIPIRINHA

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Mirella Águiar

é sério isso amor?. - ele fala com os olhos se enchendo de lágrimas.

apenas concordo com a cabeça, e ele passa a mão por seus cabelos.

- Mirella. - ele fala negando com a cabeça e limpa as lágrimas que escorriam por seu rosto.

há quanto tempo não escuto ele chamar pelo meu nome.

- amor eu sei que não estava nos nossos planos, que agora não é o momento mas sei que a gente vai dar conta. - ele permanecia em silêncio. - estou assustada e com medo tanto quanto você Gavi, mas por favor fala alguma coisa!. - falo já com lágrimas nos olhos.

- seu pai vai me matar.

- não vai não meu amor. - falo sorrindo em meio a tantas lágrima.

sei que ele ainda vai processar tudo isso em sua cabeça, mas sua reação foi melhor do que eu esperava.

me levanto e me limpo, e ele faz o mesmo.

- vai dar certo viu. - passo meus braços por seu pescoço e fico com meu rosto bem próximo ao seu.

- vamos ser os melhores pais que essa criança poderia ter. - ele passa suas mãos por minha cintura e da um beijo em minha testa.

- eu não tenho dúvidas disso. - sei que meus olhos brilhavam feito luz.

um mix de sentimentos tomava conta de mim nesse momento, pois foi na praia que me aconteceu vários momentos especiais.

tipo o nosso primeiro beijo, o pedido de namoro, e o mais novo momento especial é eu contando pra ele que estou esperando um filho dele. a Mirella de alguns anos atrás jamais iria imaginar que esse momento aconteceria.

e agora nos encontrávamos parados no meio da rua sem nem saber onde estávamos. deixamos o táxi aqui na intenção de quando voltarmos ele ainda está aqui.

mais para a minha sorte ainda tenho contato com alguns amigos antigos e eles logo me passaram o número de um táxi.

peço e assim sentamos no ponto.

(...)

após 1 hora com a bunda plantada em um ponto finalmente no hotel.

retiro toda a minha roupa e me jogo na cama sem nem pensar nas consequências, Gavi deita ao meu lado e começa acariciar minha barriga e isso mexeu com todas as minhas estruturas.

- você acha que vai ser menino ou menina?. - ele pergunta enquanto colocava seu rosto mais próximo a minha barriga.

- não faço a mínima idéia. - falo e começo a acariciar seu cabelo. - e você?.

- eu também não faço idéia, seja o que for, vai ser uma surpresa pra gente de qualquer jeito.

- imagina só ter que lidar com uma mini versão de você. - falo já imaginando uma cópia fiel do Gavi rodando pelas ruas da Espanha, e sendo o terror de todos os pais de menina.

- eu não quero nem imaginar se vier uma cópia de você meu amor. - ele me olha e eu dou uma risada.

- ué, e porque?.

- você ainda pergunta?!. - ele ri nervoso. - não quero ter um carinha batendo na nossa porta dizendo que namora minha filha, e se passar por minha cabeça de que ele já ficou com ela antes em algum lugar insano, tipo o banheiro da nossa casa, pode ter certeza que eu infarto. - isso foi bastante específico.

- sabia que tem uma música aqui do Brasil que diz assim "não brinque com a filha dos outros, porque um dia você pode ter filha mulher". - dou uma risada bastante sincera, e ele apenas nega com a cabeça e volta a acariciar minha barriga.

Meu Único Amor - 𝑷𝒂𝒃𝒍𝒐 𝑮𝒂𝒗𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora