QUE SALUDABLE

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Mirella Águiar, meses depois...

- "última chamada para o vôo 743, com destino ao Brasil. senhoras e senhores passageiros, favor comparecer ao portão de embarque" - o som da chamada do vôo toma conta da sala de embarque, me fazendo ficar mais atenta do que nunca.

- Elisa, pare de comer e vamos logo, já é a última chamada do vôo, se não fomos agora vamos perdê-lo. - repreendo Elisa que comia desesperadamente toda a comida que havia ali na sala. - e além disso dentro do avião eles servem mais dessas comidas, vamos. - falo puxando ela pelas mãos, e assim indo em direção ao portão de embarque.

(...)

estávamos na entrada do avião quando sinto meu celular vibrar na minha bolsa, rapidamente o pego para ver quem era, e um sorriso genuíno se faz sobre meu rosto ao ver o nome de Gavi na tela.

- senhorita, peço por favor que desligue o aparelho para o embarque. - a aeromoça que estava na entrada do avião fala com um sorriso simpático no rosto e eu apenas concordo com a cabeça, desligando meu celular e entrando no avião.

ao encontrarmos o número dos nossos assentos, logo nos acomodamos neles. e eu agradecia muito pelo meu assento ser na janela do avião, pois não quero perder por nada a vista mais linda do Brasil quando chegarmos no Rio de Janeiro.

(...)

levanto a cabeça rapidamente ao ouvir a aeromoça avisar para colocarmos o cinto, pois iríamos aterrizar.

Elisa dormia que roncava, e eu admirava esse sono de pedra dela. e sem esquecer que ela já estava com cinto, para garantir que ninguém acordaria ela.

mas agora o que importa é que estou novamente no Brasil. a saudade que senti daqui é inexplicável. e agora vocês devem se perguntar, e o Gavi?

passaram alguns meses e nesse tempo nos víamos algumas vezes, e ele de vez em quando mandava mensagem perguntando como eu estava. tomei essa decisão precipitada e sem nem ao menos o avisar. contarei quando chegar,  e admito que tô receosa de como ele reagirá. achei que seria melhor assim, ele lá e eu cá por mais um tempo, para quando eu voltar já nos resolvermos. e também junta a saudade que eu estava da minha mãe.

- Elisa acorde, chegamos. - falo animada e balançando ela, que ainda se encontrava no seu mais profundo sono.

- hum. - ela resmunga se mechendo no assento. - mais já? - ela abre os olhos e logo se inclina até a janela para conferir se realmente estávamos em solo Brasileiro.

nos levantamos dos assentos, pegamos nossas malas menores e vamos em direção a saída do avião. ele havia parado na pista mas segundo a aeromoça, logo seríamos redirecionados ao interior do aeroporto.

- e aqui estou eu novamente, em casa. que saudade eu estava do Brasil. - falo com um sorriso largo, enquanto sentia a brisa calma e gelada do vento Brasileiro no meu rosto.

- pelo que eu conheço do Brasil, daqui a pouco vai estar um calor infernal. - Elisa fala negando com a cabeça. - ainda mais aqui no Rio. - ela funga e logo desce as escadas do avião, e eu a acompanho logo em seguida.

(...)

já dentro do aeroporto, logo tratamos de pegar nossas malas maiores e ir em busca de um táxi que ficava reservado ali justamente para nós passageiros, para nos levar até o hotel que fizemos nossa reserva.

(...)

Elisa se encontrava sentada na sacada do hotel olhando fixamente para a vista maravilhosa que tínhamos, já que decidimos reservar um hotel de frente para a praia.

logo me lembro da ligação que Gavi havia me feito enquanto a gente ainda embarcava no aeroporto de Barcelona. resolvo retornar a ligação mas dessa vez foi sem sucesso, chamou até cair na caixa postal, talvez ele estivesse no treino ou algo do tipo. enquanto meu celular ainda carregava todas as notificações, percebo que tinha um recado de voz pendende. eu gosto de ouvir recados? não, mas vou escutar esse, vai que é algo importante não é mesmo?

Meu Único Amor - 𝑷𝒂𝒃𝒍𝒐 𝑮𝒂𝒗𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora