"Livro 1 da série Barcelona"
Mia não esperava que sua mudança e de seus primos de volta para Barcelona depois de quatro anos causaria tantas mudanças em sua vida.
Ao ter dificuldades em achar uma casa em Barcelona, Mia acaba recorrendo a sua prima m...
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Domingo, 21 de Abril, 2024
— Papai vai, mas volta meu amor.
Balançava a Ayla de um lado para o outro enquanto ela chorava, ou melhor, berrava. Os gêmeos estavam com três dias de vida, e desde então, eu não sei mais o que é dormir. Não estou reclamando, longe disso, é apenas um fato.
Eu acordo mais vezes na madrugada do que a Mia. Sei que ela está se desdobrando para dar conta deles nesses primeiros dias, e por isso, sempre a deixo dormir o máximo que posso. Apenas a acordo quando os gêmeos precisam se alimentar. Maya está sendo a nossa salvação junto com o meu irmão. Os dois tem nos ajudando demais a noite.
A Maya e Brad estão se revezando durante a noite. Maya está com a gente desde do hospital, e ontem Brad dormiu aqui para nos ajudar, já que hoje, temos El Clasico com o jogo sendo em Madrid e a Maya precisava descansar.
No geral, os gêmeos são bem calmos, mas não me iludi com esse começo. Maya, Brad, Mia, Gavi, Manu... Todos que conviveram com a Alice e Arthur disseram a mesma coisa: no começo, é assim, até o primeiro salto de desenvolvimento e tudo virar um caos!
Para piorar a realidade, Maya e Matteo nos contaram que os gêmeos Manu e Nick eram assim também. Quietinhos quando nasceram, e crianças ligadas no 220 quando cresceram. Manu se desligou da tomada, mas o Nick aparentemente, não.
Além do meu irmão, Maya e Brad, o resto do pessoal tem nos ajudado muito também. As meninas ficam com a Mia durante o dia quando saem da faculdade. Pilar está apaixonada pelos gêmeos e só não está dormindo aqui porque ela acorda cedo para a faculdade. Sol está ajudando mais a Mia com a pós-cesárea do que com os gêmeos diretamente... Ela tem um pouco de medo — palavras dela quando pedi para que ela segurasse o Alex porque precisava ir no banheiro.
Manu e Gavi praticamente se mudaram da casa da Maya para cá. Falta muito pouco para eu jogar o Gavi da escada... Agora que ele está ótimo do joelho — pelo menos já está podendo andar sem dificuldades —, ele fica andando pra lá e pra cá com a Ayla, que demonstrou ser a maior traidora já vista na face da terra com apenas três dias de nascida.
Ela ama o Gavi. Os olhos dela chegam a brilhar quando ele chega perto e ela o vê, além de já reconhecer sua voz graças as milhões de vezes que ele falava com ela na barriga da Mia.
Não é preciso um inimigo quando seu melhor amigo faz isso com você!
— Calma, minha princesa, oh, o papai tá aqui.
Sentei no sofá com a Ayla em meu colo, segurando a chupeta em sua boca. Ela não parava de chorar e parecia ser um choro sentido. Sua mãozinha estava na minha bochecha, enquanto ela me olhava.
— Shh, tá tudo bem, meu amor, papai tá aqui.
Coloquei ela apoiada no meu pescoço, com o meu rosto apoiado no seu. Aos poucos, ela foi se acalmando, mas não dormia.
