Jumpol foi trabalhar mais cedo do que o de costume. Iniciou seu dia perseguindo e estudando o seu alvo, ele tinha uma vida tão entediante que Off poderia facilmente dormir durante o processo.
O único empecilho nesse serviço era a sua promessa de estar de volta a tempo de um jantar, quando seu método de operação de baseava unicamente em matar de noite e de livrar do corpo pela madrugada. O que seria impossível enquanto a cidade toda estava acordada. Então, com o cair da noite, Jumpol pela primeira vez só se preocupou em não deixar rastros que o ligassem a ele, mas escondeu o corpo porcamente. Enquanto o cerrava para esconder suas partes, escutou seu celular tocar. Ele estralou a língua no céu da boca e suspirou, revirando os olhos e tirando delicadamente sua luva preta e ensanguentada para atender a ligação:
— Sim?
[Você está muito ocupado?] - A voz de Gun estava abafada por sons de carros e motos atravessando um viaduto. Off encarou a sua própria situação, ajoelhado em cima de uma lona banhada em sangue com um corpo mutilado em diversos pedaços, mas deu de ombros.
— Pra você? Não, eu não estou ocupado. Mas onde você está?
[Onde eu estou?]
— Você não está em casa, escuro o som da estrada.
[Eu estou indo no mercado comprar as coisas para o jantar. Por isso te liguei, tem algo que não goste de comer?]
— Não gosto de coisas apimentadas, ou legumes amargos.
[Isso é fofo. Então, o que acha de... carne?]
Off encarou o corpo outra vez, ele estava a ponto de cortar sua coxa, macia e fria:
— Estou com água na boca.
[Era só isso, eu vou desligar agora. Bom trabalho.]
E a ligação foi encerrada. Jumpol terminou o que começou e descartou os pedaços onde considerou ser conveniente, sabia que era provável que aquele corpo fosse encontrado, então ele apenas se atentou a não deixar a sua assinatura em nada. E agora já sem o seu macacão e visivelmente limpo ele retornou ao seu comprador:
— O trabalho está feito. - Foi a única coisa dita antes da transferência.
[Você é realmente ágil como dizem, isso é muito bom. Obrigado por...] - Mas Off desligou antes que o homem terminasse de falar, e descartou o celular na lixeira.
Ele respirou profundamente o ar puro enquanto caminhava em meio as pessoas e carros indo e vindo. Foi quando passou em uma loja de jóias perto de fechar, e observou pela vitrine um lindo colar de coração vermelho. Ele entrou na loja sem pestanejar, e a atendente que naquele momento avaliava o que parecia se tratar de uma gema o encarou por cima dos ombros, notando então o homem de beleza estonteante ela sorriu.
— Em que posso ajudar?
— Por quanto está saindo o colar de coração que está exposto na vitrine?
Ela arregalou os olhos, para logo em seguida começar a rir:
— Oh, querido... aquilo é um diamante vermelho, ele vale dois milhões de dólares por quilate por existir só trinta gemas desse tipo no mundo.— Não foi isso que eu perguntei.
Ele pareceu surpresa, e deixou o que estava fazendo de lado. Caminhando até a vitrine e tirando de lá o exemplar:
— Ela tem 4,5 quilates, então...
— Vou pagar à vista.
— Nossa... e quem vale tudo isso para você, cavalheiro? - Ela lhe estendeu o cheque, e Jumpol entregou em suas mãos após assinar o valor. Em seguida ela colocou a jóia em uma caixa de veludo bordada em ouro, e colocou dentro da sacola da loja.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Parceiros - Offgun
FanfictionDois homens de temperamentos completamente opostos, que servem ao departamento de investigação criminal, enfim descobrem algo que ambos tem em comum: estar próximos ao olho da rua caso não provem seu devido valor. E para a infelicidade dos dois, a ú...