O clima frio do inverno era perfeito para roupas de tricô, as quais Gun colecionava em seu próprio guarda-roupa. Mas em especial, na mala que levou para passar dias indeterminados com seu parceiro. Naquela tarde, ele vestia uma azul, que dava contraste em sua pele clara e olhos tão escuros quanto uma obsidiana. Enquanto ele estava sentado à cadeira da cozinha, esperando que seu namorado terminasse de tomar banho para se despedir, Phunsawat degustava do chá saboroso que não tomaria de novo por algum tempo.
- Então você vai voltar mesmo? É seguro? - A mulher lhe questionou, tomando chá também.
- Lugar algum é verdadeiramente seguro. Mas, por mais que essa casa seja ótima e vocês tenham me acolhido tão bem, o lar é de vocês, não meu.
- Bom... mas você é sempre bem-vindo.
- Eu verdadeiramente agradeço por cada momento.
- Não há de quê, Gun.
Quando a conversa chegou a esse ponto final, Atthaphan pôde ouvir seu homem descendo as escadas em sua direção. Ele cheirava a banho fresco com seu aroma natural e acolhedor, entorpecente.
- Está pronto? - Atthaphan questionou-o, se levantando e agarrando seus ombros.
- Estar pronto para me despedir de você? Isso é possível?
Gun riu, dando um cheirinho na bochecha de seu parceiro, esfregando a pontinha de seus narizes.
- Não é um adeus, idiota. A gente vai se ver no trabalho amanhã.
- Certo, e quem vai dormir abraçadinho comigo agora?
- Eu espero que ninguém se você não quiser amanhecer morto.
- Você é tão fofo, meu bem.
- Eu sei, amor.
Hana os encarava com o rosto envergado, como se estivesse assistindo um filme de terror aonde o personagem era estripado. Ao perceber a feição que fazia ela negou com a cabeça e se afastou para deixa-los a sós.
- Ter, antes de ir eu quero te mostrar uma coisa.
- Surpresa?
- Quase isso. Se lembra quando me perguntou o que eu fiz com as Dálias?
- Uhum.
- Vem comigo. - Jumpol se afastou mas estendeu a mão para que ele a segurasse, quando assim o fez, foi guiado para um local naquela quase mansão que nunca tinha ido.
Era óbvio que Hana teria uma estufa em casa, pois, só isso explicaria as ervas extremamente frescas que ela usa na preparação dos chás. Naquele local tudo era bem organizado, com placas dizendo o que é e para quê servem cada uma das ervas, flores e frutas espalhadas pelo local. Um pouco mais adiante, havia uma namoradeira rústica e um balanço de dois lugares coberto, repleto de almofadas.
- Esse é a ala de flores da Hana.
Gun leu cada uma daquelas pequenas placas;
Rosas: antioxidante, antibacteriana, antiinflamatória e fonte de vitamina A e C;
Jasmim: calmante, estimulante sexual, alivio da dor, combate insônia;
Atthaphan continuou passando por todas elas, até que encontrasse as dálias;
Dálias: Atraem borboletas e abelhas polinizadores, possuem propriedade diurética e sudorífera, indicado para febre, coceira ou queimaduras.
- Elas não estão por aqui, estão? - Atthaphan referia-se ao seu buquê, se virando para observar Jumpol, que negava com a cabeça contendo um sorriso amoroso e travesso: - Então... onde estão?
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Parceiros - Offgun
FanficDois homens de temperamentos completamente opostos, que servem ao departamento de investigação criminal, enfim descobrem algo que ambos tem em comum: estar próximos ao olho da rua caso não provem seu devido valor. E para a infelicidade dos dois, a ú...