44) Oficiais

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— Ele está ali. - Off comentou em pleno nervosismo, e Gun que estava ao seu lado engoliu a seco e encostou-se na parede. Ambos estavam escondidos, observando o homem que descansava na coleira de Saeli.

Jumpol virou-se para encarar seu parceiro, que o encarou de volta.

— Você tem certeza que está bem com isso?

— Eu não estou bem com isso, Jumpol. - Gun tocou sua própria coleira e respirou fundo: - Mas quanto mais enrolamos, mais pessoas morrem. Então não importa o que eu estou pensando agora, conversamos sobre isso, somos policiais e devemos agir como tal quando estamos em ação. Eu sou a sua ferramenta agora, só isso, entendeu? - Off franziu o cenho, e não moveu um músculo: - O que ainda está fazendo aqui? Vai logo.

O homem de estatura mais alta se virou para sair, e Phunsawat fez o mesmo. Mas teve sua coleira agarrada e puxada, o forçando a se virar e sentir Adulkittiporn beija-lo com força e vontade, seus lábios sendo ferozmente movidos, mordidos e sugados, seu corpo a mercê das mãos que o seguravam, sendo prensado contra a parede, enquanto Phunsawat se permitia abraçar os ombros do outro agente, que depois de segundos incontáveis se afastou.

— Namore comigo.

— O que? - Gun respirava de maneira desregulada, sua mente nebulosa o impedia de sustentar o baque.

— Você ouviu, e isso não foi uma pergunta. Atthaphan Phunsawat, a partir de agora você e eu estamos juntos, oficialmente juntos. Você me quer?

— É claro que eu quero.

— Então namore comigo.

— Se esse pedido era pra tornar tudo isso mais fácil, então eu sinto dizer que não funcionou.

— Isso é pra você saber que eu sou seu, Gun. - Jumpol o beijou mais uma vez, agora rapidamente: - Só seu. Você não é uma ferramenta, é o filha da puta suicida que vive pra me deixar preocupado por quem eu me apaixonei. Eu tenho tanta vontade de mandar você calar essa boca sempre que diz isso...

— Então cala... - Phunsawat desafiou, e Jumpol foi em frente, mas antes que seu parceiro pudesse voltar a beija-lo, Gun separou seus lábios com o indicador: - Mas termine seu serviço primeiro.

— Você é a pior das espécies.

— E mesmo assim escolheu namorar comigo.

— Então isso é um sim?

— Pensei que fosse uma ordem. - Atthaphan tocou sua coleira: - Eu não vou desrespeitar a ordem do meu mestre.

Jumpol abriu um sorriso de orelha a orelha. Um sorriso de criança que via seu desenho favorito em seu ápice. Era lindo, a imagem mais linda que Atthaphan presenciou em anos.

— Certo, eu já volto. - Off beijou a mão de Phunsawat, que também sorriu para ele: - Não vou beijar ele, não vou fazer nada parecido. Eu vou... dar tudo de mim para fazer ele falar sem precisar disso.

— Tudo bem, de qualquer forma eu não vou ficar bravo. Estarei satisfeito se você conseguir informações, vai ser uma grande prova de amor se graças a você isso acabar mais rápido.

— Vou fazer o meu melhor. - Off respirou fundo com os olhos fechados, parecia contar até dez para tomar coragem e enfim sair. Quando terminou o fez, e Gun o observou ir, sentindo seu coração doer e a sua garganta trancar.

Quando Sana viu o homem vestido com uma regata preta gola alta grudada ao seu corpo e sua calça de mesma cor refletindo a luz quente do ambiente, ela expôs uma feição animada.

— É sempre bom te ver, querido. - Constatou, e Off sorriu: - Veio me fazer companhia outra vez?

— Na verdade... - Jumpol olhou para o homem, dessa vez ao lado dela, preso a uma corrente que Saeli segurava: - Eu queria pedir um tempo para conversar com o seu submisso... se me permite.

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