Extra: Preparativos e Cerimônia

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O som do óleo fritando os ovos era o único a ser ouvido naquela manhã amena em Bangkok. Gun raspava a frigideira enquanto ouvia seu noivo resmungar.

— Você sabia que um arranjo de flores comuns podem chegar a custar até duzentos dólares? A gente nem ganha em dólar nessa merda.

Atthaphan riu, negando com a cabeça:
— Sabia que podemos simplesmente nos casar só no cartório? Não precisamos disso tudo. - Respondeu enquanto servia os pratos de café da manhã e enchia a xícara preta.

— Mas é claro que não. E quanto a homenagem para a Hana?

— Você tem razão. Mas então podemos fazer algo simples, o budismo não prega a simplicidade?

— Gun, eu quero fazer isso direito. Casamento é só uma vez na vida... - Ele fez uma pausa antes de encarar seu noivo colocando o prato em sua mesa: - Ou pelo menos assim espero, porque se você casar com outro eu vou metralhar todos na cerimônia.

Atthaphan riu, beijando a bochecha de Off e lhe entregando a xícara de café. Então ele abraçou Jumpol por trás e apoiou o queixo em seu ombro:
— Reconheço a sua habilidade em se livrar dos seus concorrentes, querido.

— Engraçadinho.

— Se você quer fazer isso, então vamos realmente fazer direito, está bem? Amanhã nós vamos nas floristas locais para procurar arranjos mais em conta. Mas agora, toma o seu café da manhã e vá escovar os dentes porque temos que trabalhar.

— Sabe, esse novo caso de tráfico de sangue está me deixando entediado. Eu acho que vou pegar aquele que envolve várias máfias e...

— Faça isso e eu arranco a sua cabeça, prometemos não nos envolver em mais nada desse porte até a nossa aposentadoria.

— Eu estou brincando, amor. - Off agarrou a cintura de Atthaphan o puxando para sentar-se em seu colo.

— Papi, eu preciso me trocar.

— E qual é a palavra mágica?

Gun suspirou e tocou o queixo de Off, o puxando para perto iniciando um beijo carinhoso e lento, seguido por selinhos espalhados por todo o rosto de Jumpol. Homem que encarava Atthaphan amortecido, como quem admirava seu mundo.

— Agora me solta. - Gun ordenou, e Off o fez, recebendo outro selinho na sua bochecha em agradecimento.

Na manhã seguinte, ambos foram as floristas, tirando seu dia de folga para elaborar o casamento dentro dos conformes e parâmetros de Adulkittiporn.

— Eu não gostei dessas, são vermelhas demais. - Off comentou, sentado frente a mesa, e a florista arqueou a sobrancelha.

— Oh, temos essas opções também.

— Não, essas são muito claras, não vão dar o contraste que eu preciso.

Gun massageou seus olhos, suspirando enquanto espiava os outros arranjos já prontos. A mulher por sua vez sorriu:

— O senhor é tão exigente quanto uma noiva.

Atthaphan deixou escapar uma risada e Off continuou folheando o catálogo:

— Eu quero que o meu dia seja perfeito.

— E onde está a esposa?

— Espero que no plano da inexistência, senhora. - Atthaphan disse um pouco ao longe e Off riu.

— Aquele ali é o meu noivo.

— Vocês... - Ela estava pálida, como se Off tivesse acabado de dizer que havia um espírito atrás dela: - São homossexuais?

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