21) Reunião em família

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Jumpol está sentado à mesa encarando a sua madrasta. Ela sorria para ele com doçura; 'é uma boa mulher, não mereceria estar passando por isso' - Pensou frustrado.

- Ele está atrasado. - Pontuou: - Duas horas atrasado.

- De um tempo para o seu pai, ele passou muitos dias fora. Deve estar cansado, dirigindo com cuidado.

- Com cuidado? A 1 quilômetro por hora? - Rebateu ácido: - Qual é, mãe, você sabe que ele provavelmente parou pra beber em algum lugar.

Adulkittiporn estava impaciente, mas não era sem razão. Ele estava ciente de que seu pai estava propenso a ser um dos clientes da Purple, ou de qualquer outro bordel clandestino, conhecia a Soi Cowboy como a palma da sua mão. E levou Jumpol lá ainda jovem, para força-lo a perder a virgindade com uma trabalhadora da noite. Ele se lembrava do rosto dela, de como ela não queria fazer aquilo em um menor de idade, mas também se lembrava do cafetão a forçando, dissimulado, com um sorriso porco. No final, seu pai conseguiu o que queria, mas não teve o fim que ele desejava. Seu filho não havia ficado mais hetero por isso.

- Ele não me traiu, Off. - Ela comentou baixinho: - Sei que é isso que está pensando. Que ele ficou com outras pessoas durante a viagem para a Indonésia. Mas ele não fez isso, o seu pai é um homem trabalhador e... eu já o vi em ação. Sei o quanto ele se dedica ao trabalho, não tem tempo para arranjar uma amante.

- Pessoas sem caráter arranjam tempo para serem babacas nem que precisem fazer a Terra girar mais devagar. Ele traiu a minha mãe, várias e várias vezes.

- Já conversamos sobre isso. Eles eram jovens, somos inconsequentes quando somos jovens.

- Jovem? - Jumpol franziu o cenho: - Ele não era jovem, ele tinha a minha idade. A minha mãe era jovem. E quanto a fazer coisa inconsequentes, quantas vezes você traiu alguém que amava?

- Estamos constantemente traindo pessoas que amamos, E'Off. Basta colocar na balança o quão longe a pessoa precisa ir para não merecer mais o seu perdão.

- Ele não merece você, Hana. Olha tudo o que ele fez, vocês brigam o tempo todo, não se acertam em nada.

- Infelizmente a gente não escolhe quem ama, filho.

- Mas escolhemos se vamos abraçar esse amor ou não.

- Já tentou evitar alguém que você é apaixonado? Principalmente trabalhando junto com ela?

Off ficou em silêncio, ele não podia dar essa resposta, ironicamente era péssimo em mentir quando estava fora do âmbito de trabalho.

- De qualquer forma, se você de divorcia-se, hora ou outra conheceria alguém que valesse a pena.

- Você está certo. Mas nenhum amor substitui o outro, Off... o seu pai foi o primeiro relacionamento sério que eu tive, o primeiro amor... ah, filho... você pode ser a melhor pessoa do mundo, mas jamais vai conseguir substituir o primeiro amor de alguém, não importa se aquela pessoa foi horrível, ela fica gravada como ferro quente em você. Você se lembra do seu? - Jumpol fez uma pausa longa, e negou com a cabeça. Então é sua madrasta sorriu: - Então você ainda não a conheceu.

- Isso não faz sentido, já estive em outros relacionamentos sérios.

- Você pode passar meses ao lado de alguém sem amar essa pessoa. A aliança é complemente indiferente quando o que está em jogo é o seu coração.

- Então como vou saber se amo ou não?

- Bom, isso vai de cada um. Mas agora que você me ouviu, acredite em mim, quando acontecer você vai saber. E não se esqueça de traze-la para um jantar, o seu pai está louco pra você casar.

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