Adulkittiporn estacionou na porta do que seria a casa em que Atthaphan morava. Era uma faixada moderna, o quarto tinha janelas panorâmicas apontadas para a cidade grande, e era dentro de um condomínio particular, próximo a casas tão modernas quanto.
- É aqui?
- Isso.
- Tá traficando? - Off brincou e Gun revirou os olhos, sorrindo para ele.
- Quer saber por que? Quer comprar?
- Você sempre tem uma resposta na ponta da língua. Gasta toda a sua criatividade comigo?
- Vai se sentir especial se eu disser que sim?
- Claro, eu amo agressão verbal.
A frase fez Gun comprimir os lábios para não rir. Não precisava ser inteligente para saber que continha duplo sentido naquela sentença.
- Entendi porque se interessou por mim. - Respondeu, encarando a sua porta. Seus ombros tensionados e a mordida no lábio inferior expunham sua confusão ao se expressar.
- No que está pensando?
- Off, você... - O menor se virou para encarar o motorista ao seu lado e respirou fundo, apontando para a casa: - Quer entrar?
- Posso?
Gun acenou. As coisas realmente haviam mudado, e Atthaphan mentiria se dissesse que já estava acostumado com elas. Os dois ficaram alguns meses em treinamento e um em investigação. Mas passaram anos afiando facas um contra o outro, a atração de Phunsawat para com Adulkittiporn não se limitava a física, mas ele não sabia como lidar com a emocional, e aquilo fazia com que seu espírito tremesse em insegurança. Mesmo assim, ele queria entender o que estava sentindo, e parecia justo manter a base do seu experimento científico próximo.
Já dentro da casa tudo era tão radiante quanto Phunsawat. Os móveis entalhados em madeira nobre, o sofá claro de tecido, a televisão grande e a cascata ao seu lado. Haviam quadros para todos os cantos, seus e de sua família, tudo tinha sua assinatura e o seu cheiro. Off amava aquela casa e havia acabado de conhecê-la.
- Mora sozinho aqui?
- Não é tão grande quanto parece. - Gun sorriu e deixou as bolsas no cabideiro próximo a porta, observando Off analisar os quadros pendurados nas paredes, em especial aqueles em que seu rosto estava estampado.
- Você é fotogênico. Se não fosse policial seria modelo?
- Talvez, quem sabe? Nunca pensei em outro ramo, a minha família inteira caminha para esse lado.
- A minha também.
- Até a sua madrasta?
- Meu pai conheceu ela no trabalho.
- Uma mulher na aeronáutica. - Gun expressou encanto, enquanto picava cogumelos na cozinha.
- O que vai fazer?
- Tom Kha Gai. Tem algo que você não come? - Gun questionou-o e Off sorriu envergonhado.
- Pode tirar a galanga.
- Vou substituir por gengibre.
- Eu não como gengibre.
Atthaphan fez uma pausa, paciência não era o seu forte. Então ele usou seus dons investigativos para evitar ingredientes que Off não gosta de forma mais resumida.
- O que faz você não gostar das raízes?
- Me lembra um pouco pimenta, por arder na boca e ser amarga.
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Parceiros - Offgun
Fiksi PenggemarDois homens de temperamentos completamente opostos, que servem ao departamento de investigação criminal, enfim descobrem algo que ambos tem em comum: estar próximos ao olho da rua caso não provem seu devido valor. E para a infelicidade dos dois, a ú...