O Risco

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"É engraçado... A morte sempre parece estar ao meu redor. Todas as pessoas importantes para mim, são levadas por ela." --- Mary Louise.

Mary Louise

É estranho saber que uma pessoa importante para Você, morreu. É difícil reagir no começo, você não consegue aceitar e acha que é apenas coisa da sua fodida cabeça. --- até que a ficha caí e você se vê em frente a o túmulo.

Eu já estive aqui antes e eu me lembro muito bem o porquê, foi no enterro da minha mãe. E depois do meu pai algumas semanas atrás, agora eu me encontro no Enterro de Theo. Eu não consegui aceitar tão facilmente quando recebi a notícia.

alvo de um cruel assassinato ontem a noite, a polícia confirma ter sido tentativa de assalto seguido de homicídio. Tudo o que eu consigo pensar é que ele não merecia isso, e que tinha uma longa vida pela frente.

Aparentemente ele tinha uma família grande, e todo mundo o amava. Ele era bastante querido, mas ele vivia me dizendo que ninguém sa sua família se comunicava muito com ele. --- hoje eu percebi que talvez, as pessoas só dão importância de verdade quando perdem aquilo de mais precioso pra elas.

O síndico estava lá também, ele parecia mais preocupado em como ficaria a segurança do prédio do que com a morte de Theo. Ele o via apenas como um cara que trabalhava lá, e se isso é verdade sinceramente é uma falta de empatia ele estar aqui.

O enterrou demorou bastante, muitos estavam chorando pra caramba. E eu sinceramente estava quase para fazer isso também, mas comecei a me sentir meio desconfortável. Eu odiava chorar na frente dos outros, é bem idiota na verdade mas sinto vergonha.

Assim que o enterro acabou eu fiquei lá no cemitério, acho que fui uma das únicas a fazer isso. Eu deixei flores brancas perto do túmulo, e só então quando estive sozinha que comecei a chorar. Era cruel demais morrer dessa forma e tão novo ainda.

Eu esperava muito que a merda do assassino que fez isso, pague dolorosamente pelo seu crime. Mas as autoridades dessa cidade são tão ruins... Que ninguém sabe do paradeiro do Assassino, aparentemente teve uma pessoa testemunha no local mas Tudo o que ela falou foi sobre as vestimentas do cara.

Ninguém esperava que duas mortes acontecesse no mesmo dia, a de Delilah que continua sendo investigada e a de Theo. Eu não consigo entender porque já não encerraram esse caso de Delilah, afinal o acontecido foi visto como um suicídio. Mas parecia ter algo há mais envolvido.

Mary: Descanse em Paz, Theo. --- falei vagamente, uma lágrima rolando na minha bochecha. Me afastei do túmulo ao sentir gotas de chuva pingando em mim lentamente, encarei os céus e logo comecei a apressar o passo.

É engraçado... A morte sempre parece estar ao meu redor. Todas as pessoas importantes para mim são levadas por ela.

Senti mais lágrimas escorrendo pelo meu rosto, evitei de ir ver o túmulo do meu pai porque doía só de pensar e eu preferia evitar de sentir mais dor. Eu estava mais emotiva do que nunca, e sinceramente eu sempre fui assim. Muito sensível.

Puxei meu celular do bolso e um papelzinho que eu carregava comigo, encarei o número escrito nele e comecei a discar ele no meu celular vagamente.

Ao fazer isso simplesmente liguei para o número e coloquei no ouvido, esperando ansiosamente que ele me atendesse.

Mary: preciso falar com você, por favor atende Jason. --- falei em um sussurro para mim mesma, Enquanto eu caminhava para fora so cemitério.

Jason The ToyMaker

Respirei ofegante com um sorriso enorme de satisfação e vitória, a Furadeira em minha mão pingava muito sangue que agora escorria no chão.

Olhei para toda a cena do crime e percebi que com base nisso tudo, a polícia teria muitas provas para descobrir que quem matou Bárbara foi eu.

Foi uma morte rápida e indolor, eu persegui ela pelas escadas e fiz um furo perfeito no seu crânio. Eu podia ter esperado um pouco e ter pedido para ela me dizer onde estava o documento que eu tanto procurava --- eu nem se quer expliquei o porquê eu queria tanto matá-la. Preferi deixar quieto, e por descobrir que sou um serial Killer ela só teve uma conclusão de que eu queria fazer isso por ser uma pessoa ruim pra caralho.

Como eu soube disso? Eu leio mentes e os pensamentos dela são os mais podres que eu tinha lido até agora.

Eu revirei a casa toda a procura do documento, e eu achei em uma gaveta que estava no quarto dela. Achei um isqueiro também, conferi se era mesmo o documento que eu procurava. --- li ele com atenção e vi que era mesmo.

Coloquei fogo no documento e observei com um sorriso no rosto ele se tornando cinzas.

Voltei para o salão inicial onde o cadáver estava lá, com a cabeça em uma péssima condição. Era como se tivesse uma mangueira espirrando sangue para todos os lados, acho que fui muito mais cruel nesse homicídio do que eu esperava. E Isso é bom pra caralho!

Apertei a furadeira desligada na minha mão, que escorria muito sangue e fiquei encarando o corpo até ver que eu precisava mesmo fazer alguma coisa para não descobrirem que foi eu que cometi o crime. Eu precisava incriminar outra pessoa --- e porque não uma que já tem um histórico criminal, perfeito e de acordo com o plano?

Eu tinha algumas fotos da pessoa que eu ia incriminar, estavam na minha pasta aonde estava as seringas, mas foi quando de repente meu celular começou a tocar.

Tirei ele do bolso, minhas mãos ensopadas de sangue. Revirei os olhos querendo saber quem era, eu estava tão ocupado em meus próprios pensamentos --- louco para sumir logo daqui, que eu ia desligar a ligação. Até notar quem era, meu coração acelerou pra caralho.

Jason: Mary Louise? Porra. --- xinguei baixinho, ver que ela estava me ligando. era bom demais ver isso. Mas ver que ela estava me ligando no meio de um assassinato, aonde eu precisava me livrar de algumas coisas e incriminar alguém me fez ter a certeza que não era tão bom assim. --- Não, não bonequinha... Merda! Agora não...

Eu não podia desligar, esperei por essa ligação quase uma vida toda. OK, estou exagerando. Mas eu realmente esperei, e o que eu faria agora?

Eu não podia ignorar, eu precisava falar com ela. Mas o que vinha a diante era um perigo. Fingir normalidade após cometer um homicídio e tentar de tudo para não levantar suspeitas igual eu fiz com minha vítima, vai ser complicado. --- mas preciso sofrer esse risco, pela Minha Bonequinha.

My Stalker | Jason The ToyMakerOnde histórias criam vida. Descubra agora