Um Presente Perigoso

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Mary Louise

Me deixei ser tão levada pela ideia de recomeçar com Tiffany, que aceitei o convite que ela me fez de conhecer a casa dela ainda hoje. Eu não consegui inventar mais desculpas para não prosseguirmos com essa ideia idiota, de recomeçar.

No entanto sair daquela lanchonete, era o que eu não queria ter feito naquele momento. Ele continuava lá, e eu provavelmente não vou ter mais chances de vê-lo depois dessa incrível coincidência de hoje.

Eu não sei se é apenas uma coincidência, eu acredito em destino, acredito seriamente. Não sei se esse é o caso, mas ter me reencontrado do nada com o ruivo devia  significar alguma coisa.

Quando menos eu percebi. já estávamos de frente a uma casa enorme e luxuosa, com um portão preto na frente que estava entre aberto. Tinha um jardim lindo na frente dele, e um carro estacionado perto do mesmo. Com certeza os pais de Tiffany devia ser bem sucedidos.

Tiffany: eu esqueci de te falar... Meu pai é médico, e minha mãe advogada. Desde que você foi embora de neville, eles sempre tiveram curiosidade pra saber como você estava. --- ela fala vagamente empurrando os portões e adentrando o lugar. --- seja bem-vinda a minha casa, Mary.

Mary: então eles vão poder me ver, me lembro muito bem deles. Meus pais sempre foram muito próximos deles. --- citar meus pais, me doeu um pouco pois sinto falta dos dois.

Tiffany: ah... Não é bem assim. --- fala dando uma risada nervosa. --- não vai poder ver eles aqui.

Mary: como assim? --- pergunto coçando a testa e ela sorri ainda mais pra mim.

Tiffany: meus pais moram na Itália, eles têm alguns parentes lá. Essa casa é toda minha. --- fala acenando pra eu entrar no jardim, e sigo em passos inseguros.

Mary: você... Mora sozinha nesse lugar enorme? --- perguntei olhando para o jardim em volta, e ela assente com a cabeça. --- não se sente solitária?

Tiffany: Solitária? Óbvio que não! Eu não preciso deles, preciso apenas sentir adrenalina o tempo inteiro pra me sentir viva. --- fala com convicção e eu franzi a testa. --- devia experimentar.

Mary: como assim, precisa sentir adrenalina o tempo todo pra se sentir viva? --- pergunto andando pelo jardim com ela, tem um planteiro de rosas lindo.

Tiffany: eu posso fazer o que eu quiser. Posso beber, posso fumar, curtir, transar, ficar com qualquer pessoa. --- fala como se tudo isso fosse saudável pra se fazer. --- já fez alguma coisa parecida?

Mary: não, nunca. --- neguei rapidamente. --- e não quero fazer.

Tiffany: ah, qual é. Experimenta! A sua vida é tão sem graça. --- ela fala fazendo uma careta.

Mary: você não sabe nada sobre a minha vida, Tiffany. --- falei me irritando um pouco.

Tiffany: mas sei que ela é sem graça, pra cacete. --- fala revirando os olhos. --- qual é, você é filha de uma celebridade e mal consegue curtir os benefícios que tem disso.

Mary: eu só prefiro ficar quieta na minha, nada disso é pra mim. --- falo sentindo os respingos de água se transformando numa chuva forte.

Tiffany: tá, ok. Vamos sair desse assunto e falar um pouco sobre a sua vida. --- fala de uma forma simples e respiro fundo. --- como filha de um cara que era muito reconhecido, como você se sentia em relação aos Paparazzi's?

My Stalker | Jason The ToyMakerOnde histórias criam vida. Descubra agora