Desconfiança

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"São duas pessoas que desconfiam agora." --- Jason The ToyMaker.

Jason The ToyMaker

Está uma manhã excepcionalmente fria e cinzenta, nada fora do comum vindo de Neville. Não posso negar meu tremendo ódio por essa cidade e seu clima idiota que é sempre o mesmo e não existe nenhuma variação. mas acho que estou sentindo um ódio maior por estar em frente a porta de uma delegacia neste exato momento.

Eu tinha tudo planejado para o Sequestro, e agora como Mary Louise havia recebido alta do hospital eu a levaria para a minha casa. --- como está de acordo com o meu plano, mas houve um deslize e isso não será mais possível.

Ela ligou para mim assim que eu saí da minha fábrica, fiquei empolgado ao cogitar a ideia de que ela estava pronta para conhecer seu lar definitivo. Mas ela não me ligou para isso, tirei uma conclusão precipitada.

Ela simplesmente ligou para mim, me perguntando docemente --- com a sua voz de ceda que eu amo muito. Se eu poderia ir com ela até a delegacia local, Aaron ainda iria querer ouvir o resto do depoimento dela sobre o que aconteceu na noite passada.

Resolvi esperar do lado de fora do prédio, não quero arriscar entrar na delegacia e acabar tendo que passar por uma sessão de perguntas. Uau, foi exatamente isso que aconteceu no segundo seguinte.

Aaron apareceu do lado de fora e falou que gostaria de receber um depoimento meu, ele falou que faria isso com todos os conhecidos, ou parentes de Mary Louise.

Eu disse que entendo perfeitamente, e no segundo em que ele se virou para entrar de volta eu calculei mentalmente se demoraria muito para esfaquear ele pelas costas e sem testemunhas.

Cheguei a conclusão que seria idiotice, tem muitos policiais por aqui. Se eu matar um e for pego, vou ter que matar os outros e fazer uma chacina de novo.

Resolvi seguir ele, mesmo que as possibilidades prováveis e razoáveis de dar uma grande merda são de quase 50%, nesta situação.

Eu entrei na delegacia, vi Mary conversando com o delegado. Instintivamente senti meu coração dar um salto, seus olhos se encontram com os meus e ela sorri docemente. Faço o mesmo para não levantar suspeitas do meu nervosismo.

Aaron: Vamos começar. Você tem algum documento com foto para eu ver seu nome completo? --- Pergunta levemente anotando alguma coisa numa caderneta e eu ergo uma sobrancelha. Que raios de pergunta é essa? Porra. Sem problemas! Eu sempre ando com uma falsificada.

Por um segundo fiquei receoso de ser descoberto em relação a falsificação, mas eu tenho tantas identidades falsas com sobrenomes falsos, que utilizo  para cada cidade que eu moro.

Se o cara for inteligente, e me conhecer muito antes dessa porra toda. Vai saber que meu nome não é Jason  Goldberg. Vai entender que estou usando um nome falso, então faz um pouco de sentido. Ele pode muito bem saber que meu nome não é esse, e está me fazendo um depoimento por que sou uma suspeita para ele. Ou muito mais que isso.

Talvez ele saiba que eu sou o assassino que matou Will, Delilah, Bárbara  Anne e todas aquelas pessoas da noite passada. Tem chances dele saber, tem mesmo chances.

Jason: aqui. --- falei entregando a minha identidade para ele. Ele ficou observando o documento por mais minutos que uma pessoa comum e sem suspeitas observaria a identidade de alguém.

My Stalker | Jason The ToyMakerOnde histórias criam vida. Descubra agora