capítulo 10

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Allie


     Ok, isso é loucura, tipo pra cacete, ele arrancou meu dedo, não acredito que deixei ele arrancar meu dedo, que porra eu tenho já cabeça, ele literalmente passou uma certa fodida no meu dedo! E pior! Ele sumiu! Deixa só eu me livrar dessa situação que estou agora, eu vou caçar ele até o inferno e arrancar uma parte do corpo dele também! Maldito!

— Allie! — Volto minha atenção para elas.

  Minhas amigas de Mônaco, elas já viram para thunder bay, mad vieram mais rápido com o jatinho da Alexia. Scarlett disse que queria me ver. Logo ela. Sempre tão ocupada.

— Eu estou dopada, não vou responder nada. — Digo sorrindo.

— Você realmente arrancou o dedo para tirar aquela atrocidade do seu dedo?

   Ah, foi Melissa que interferiu na noite com o Conrad.

— Eu meio que confiei no D. Mas não sabia que ele arrancaria meu dedo.

— E atros só de ouvir. Essa cara é mesmo confiável? — Scarlett diz sentando na poltrona da sala da minha casa.

É estou em casa, sai do hospital tem alguns dias e Damon não apareceu nem fodendo, eu vou caçar ele...

— Mas ele está no lugar e todos meus nervos estão ligados outra vez. E sem anel garotas! — Digo pegando uma xícara de chá.

— Por falar nisso. — Melissa se aproximou. — você tinha dito algo sobre garotos, homens...

— Não. Eu sabia! Você veio atrás de paus americanos! — digo e ela se faz de cínica.

— Ah, pelas fotos seriam atraentes. Nunca fiquei com um cara mau.

— Nem vai, pelo amor de Deus, o máximo que vai conseguir com os caras maus dessa cidade é um pacote de vinte anos de terapia pós traumática. — Digo e todas riem.

— O seu amigo arranca-dedo, não é um deles Allie.

— E é exatamente por isso que eu digo que não é para se envolver. Eu não tenho nada com o D. Mas ele já me traumatiza sem nada imagina se rolasse amor. Deus me livre.

   Morda a língua sua falsa. Era o que eu queria que dissessem para mim. Mas não, ninguém vai dizer nada contra esse argumento, eu não aguento mais essas merdas.

— Aliás...você mora com os pais, onde estão?

— Meu pai está em Paris, minha mãe...— Digo sorrindo — Foi as comprinhas em Nova York, ela queria que eu fosse mas estou com convidadas.

— Como ela é educada! Nem parece uma máquina de xingamentos moralmente baixos. — Lindsey disse.

— obrigada por abrir a boca depois de três horas de conversa Lin. — digo e ela revira os olhos e volta atenção para o telefone.

— Não acredito que Conrad...— ela bufa — não desistiu de você ainda.

— Ele vai desistir, aí você pode ficar com ele.

— Ah vá se foder Allie. Já saí dessa há anos. — não é o que parece.

}×{

A porta da frente abre com um estouro. Eu tomei um susto mas não me surpreendi. Achei que seria o Kai, mas era o Damon, ele estava bem...estranho, me levanto quase caindo por causa do equilíbrio e corro até ele. Que merda ele acha que está fazendo na minha casa no meio da noite.

Desço as escadas e ele está molhado e de alguma forma ofegante.

— Errou a casa Torrance. — Digo no alto da escada.

— Você ainda tem aquele kit aí? — está se referindo ao kit de primeiros socorros? Desço as escadas mais lentamente.

Paro dois degraus antes de pisar no térreo, ele está molhado pra caralho e ainda é mais alto que eu mesmo onde estou.

— Se machucou?

— Um tiro— ele diz com um tom sarcástico mas deve estar doendo pela respiração irregular.

— Eu acho que não tenho mais. — digo encarando ele e ele me olha, deita a cabeça e bufa

— Deveria ter.  Sabe que eu venho aqui antes de um hospital.

— Não sou seu hospital há anos Damon. — Digo e ele estala a língua.

— fiquei preso por anos. Não precisei de um.

— É só isso? — olho meio magoado pra caralho para ele e ele bufa. — Sou um hospital para você?

— Você sabe que eu não quis ser cuzão.

— Mas foi. — digo virando de costas.

   Ele agarra minha mão.

— Por que está agindo feio uma vadia desgraçada?

— Acabou de me chamar de que?

— Ofendeu?

— Para de ser cuzão cara. — Digo encarando ele — Estou sem uso das mãos por causa de você. E ainda sim você vem a minha casa quando eu tenho visita e me trata como uma vagabunda.

— Você mesmo disse que transou pra caralho já Europa-

Eu nem vi quando minha mão foi, mas eu dei um tapa tão forte na cara dele que minha mão doeu até o meu âmago.

— então vá atrás da anjinha da Winter, cuzão do caralho, ela não enxerga mas pode usar a boca. — Digo tão revoltada.

   Isso foi a coisa mais injusta que ele já disse para mim, vadia? Logo eu? Se me tornei assim foi por pura influencia doentia dele.

— Ok. Fique na sua bolha Alisson! Eu bem sei que você está se escondendo atrás dessa posse de burguesa! Você é um lixo, como eu!

— Impossível ser tão desprezível a esse nível. Damon. — Digo no alto da escada. — Você é ótimo em ser um filho da puta espero que continue assim arrombado de merda.

— Idem, putinha fujona.

     Apertei, minhas mãos em punhos,

Minha cabeça está girando mas não vou mais virar, ele foi desprezível desde sempre. Mas talvez eu esteja de saco cheio. Foda-se que ele estava com um buraco, ele é grandinho. Tem mais pessoas que eu. Eu sou uma pessoa que não tem pessoas. E nenhuma pessoas me tem. É isso. Mas machucou pra caralho levar esse tapa.

    Ele nem negou.

 

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