Allie
—
Você quer realmente isso? — Meu pai me pergunta e eu olho para ele.
— Eu sei que sou um peso. Mas ficaria grata se me ajudasse pela última vez. — Digo engolindo meu orgulho.
— Allison...eu ajudaria você mil vezes. Mas estou preocupado. Você parece...
— Doente. — Termino olhando para um ponto fixo. — Eu estou com um pouco de insônia. Vou melhorar.
— Ok. — Ele diz olhando para o arquivo no computador. — Pode levar um pouco de tempo.
— Eu vou no casamento da Scarlett em três meses. Até lá eu tenho que parecer bem. — digo olhando para ele. — Pela imagem da família.
— Não é assim filha.
— Claro. — Digo engolindo tanta vontade de gritar.
— Você vai ficar em Meridian?
— Sim. Vou alugar um apartamento por lá. — Digo suspirando — Eu só...quero ficar sozinha.
— E sua escolha querida. — Querida? Ele está me chamando de querida em vinte de cinco anos ele está me chamando de querida depois de eu tentar me matar e ir para o manicômio?
— Obrigada pela compreensão. — Digo me levantando e me curvado, quero gritar. — vou me retirar antes que a mamãe volte.
— Você não quer vê-la?
— Não. — digo pegando minha bolsa. — Ela vai ficar preocupada.
— Oh claro.
Saio e fecho a porta, assim que sinto a madeira nas minhas costas eu consigo respirar, levanto e saio, quando vou fazer uma empregada me entrega uma chave, uma BMW. Minha pelo jeito que está e entregando o carro. Parece que ainda gosta de me dar presentes por ser um péssimo pai.
Pego as Chaves saio da propriedade, saio de Thunder Bay e chego ao hotel. Faço as malas assim que recebo uma mensagem do meu péssimo pai que alugou um apartamento para mim. Arrumo tudo e tento não gritar de ódio por tudo isso.}×{
Isso está ficando assustador. Por que eu acho que tem alguém na minha casa? Pior justo quando eu bebi pra caralho. Sinto meu corpo pesado e minha visão não está boa. Eu queria comemorar minha licença para abrir o laboratório depois do casamento da Scarlett mas olhe só meu jeitinho de comemorar, usei minha própria droga para fazer um teste drive e ela é boa pra caralho e quase tão boa quanto ecstasy. Um pouco melhor que MD. Se tirar um ou dois químicos vira um remédio ótimo para quem tem TDHA e se adicionar um pouquinho de outro a fórmula faz um remédio ótimo para borderline personality. Eu chamei de Zeus. É bem fácil de ingerir, ela derrete na língua ou com vinho parece pastilha, tem gosto de morango e cheiro de chocolate. Eu levei cinco meses para isso. Então eu sou um gênio do caralho.
Mas agora estou bêbada e em uma brisa do caralho, como vou me defender de um invasor. Olho ao redor e procuro qualquer coisa e encontro uma agulha com um pouco de morfina. Não me pergunte por que eu tenho morfina.
Pisco algumas vezes e tento andar em linha reta mas a brise é interessante demais. Abro a porta do quarto e ando despreocupada pela casa, é meu apartamento, esse merdinha deveria arrumar o que fazer. Vou até a cozinha e tem uma vela acesa, encaro a chama como de ela fosse a coisa mais incrível do mundo, me dá um ligada no 220 essa coisa. Tudo que é brilhante demais me chama atenção.
— Que fofinha. — Digo passando o dedo pela chama. — um pena que apaga.
Digo apertando o pavio e a vela apaga, a leve queimação no dedo quase nada palpável, e a cozinha fica em puro breu, olho ao redor com os olhos espremidos por que além de drogada eu sou míope. Encontro um pontinho cinza na minha sacada e caminho até lá.
Abro a porta com tudo e esfrego os olhos, que filho da puta. Ele está bebendo meu whisky e fumando já minha sacada. Desagradável!
— Errou a casa cara. — Digo com a voz meio mole. — Vamos, saia.
Seja quem for fica em silêncio, eu suspiro e puxo a cadeira e encaro o capuz e o boné preto. A brasa do cigarro puxa minha atenção e eu fico encarando até que ela apague e eu volto a mim.
— Saia da minha casa senhor.
— O que você tomou? — Ele perguntou. Sinto que já ouvi essa voz. Não lembro onde. — Está muito acordada para as quatro da manhã.
— Eu só bebi. — digo piscando várias vezes no escuro.
— Hm. — De repente fiquei com muita raiva. — Achei que gostasse de velas aromatizadas.
— Não. — Digo apoiando meu braço no rosto — Gosto de cheiro de fumaça.
— Sei...— Cada resposta do invasor eu fico com mais raiva.
— Já fumou, bebeu, agora se manda cara. — Digo me levantando e entrando.
— Bela roupa de dormir.
— Obrigada. — Digo puxando a alcinha do baby Doll. — Vá embora.
— Você está drogada?
— Talvez. — Digo sorrindo.
— Não se lembra das pessoas quando enfia droga no corpo?
— Geralmente essa é ideia de entrar em uma brisa cara. — digo me alongando e caminhando até meu quarto.
Não sei quando, nem como, mas minhas costas batem na parede da sala e tem mãos geladas no meu pescoço, um pena que eu não sinto nada além de um pouquinho de susto. As mãos apertam tão forte que eu sinto falta de ar isso não é para ser gostoso é para machucar. E eu deixo ele me machucar. Encaro a sombra que não consigo ver o rosto. Só sei que é branco. Nada mais.
— Pare de usar essas merdas. — Uma voz um tanto autoritária.
Não posso responder porque não consigo respirar, mas não me debato, só encaro a escuridão.
— Se eu te pegar usando essas merda de novo, vou te matar Allie.
As mãos soltam meu pescoço e eu caí no chão, mas não me assustei. Eu adoro essa coisa.
— Não sei o que você tem, ou o que você quer de mim senhor invasor. — Digo sorrindo para mim mesmo — O corpo é meu, o dinheiro é meu, foda-se você seu lixo nojento.
Ele agarra meu braço e me arrasta até meu banheiro, como ele sabe onde fica meu banheiro? Ele abre o chuveiro e me joga debaixo, bobinho essa droga não sai com um banho de água fria. Ela só sai depois de acaba ao contrário ninguém vai me fazer sair disso porque quer.
— Eu estou avisando você, porque não quero mais ter que me meter. Pare de usar essas merda. — Ele diz acendendo um cigarro novo e o cheiro de menta domina meu sistema respiratório.
— Hahahahahahahaha! — Rio até minha barriga doer. Minha cabeça é uma vadia. Eu achei que era o Damon. Mas não é. — Aí meu deus kakakakakkakakakakakakkaka.
— Maluca do caralho. — Ele sai, ouço o peso dos coturnos pesados e o som da fechadura elétrica.
Então eu me sento e deixo a água cair no meu corpo e começo a entrar em uma crise de riso tão forte que meus olhos começaram a lacrimejar. Minha cabeça é muito fodida!
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Birthday
FanfictionÉ um imagine curto, sobre o aniversário de Damon Torrance e como ele e os cavaleiros passam seu aniversário antes de depois da prisão. Ou era pra ser. Perdi o controle da minha vida nessa fanfic. ⚠️ Aviso ⚠️ * É um dark romance * Contém linguagem im...