capítulo 16

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Allie

Mostro o dedo do meio para aquele enfermeiro de merda e para todas as outras vagabundas que me trataram como uma maníaca nesses dois anos. Coloco as mãos no bolso e sinto o esqueiro e retiro do bolso e ergo contra a luz e suspiro. Ok, vamos lá. É só sair.

— Espero que você não volte aqui garota. — Viro para Ortega e faço uma carinha de quem está pouco se fodendo para ela.

— Espero você no inferno vadia do caralho. — Digo saindo pelas escadas e já estou lá fora.

   Um carro está me esperando, entro no banco de trás e fico em silêncio, não quero falar com ninguém, me deixaram aqui.

— Você vai para casa? Ou para outro lugar?

— Pode me deixar em Meridian. — Digo colocando o capuz e pegando minha bolsa que ele trouxe, retiro o telefone de lá e ligo.

— O papai.

— Papai está ocupado, mamãe está cansada, cuide da sua vida Kai Mori. — Digo colocando os dois fones e colocando no talo.

   Não nos falamos pelo caminho todo, eu estou só, olhando para janela, assim que chegamos na entrada de Meridian e eu tirei o cinto, peguei a mochila.

— Pare ali. — Digo apontado para o acostamento da via.

— Não. Tá maluca?

— Estou. Pare ali.

    Ele trava o carro e olha para frente, não fala nada. O que ele falaria, ele nunca fez nada para ser presente na minha vida. Não tem que abrir a boca das minhas escolhas.

— Eu queria que você conhecesse o Mads.

— E eu queria explodir em um carro pegando fogo. — digo abrindo a porta. — Até o inferno Kai.

   Bato a porta e caminho pelo acostamento, respiro fundo até que eu consiga cair da real e eu estou sozinha, não é a mesma coisa que antes e mais solitário que eu achei. E eu não tive notícias de nada daqui de fora. Nada. Foi surpreendente que Kai tenha me dito sobre o filho dele. Ele nunca me disse nada.

    Caminho por cerca de 50 minutos e entro em Meridian, paro em um ponto de táxi, chamo um e entro.

— Boa noite! Para onde mocinha?

— Para o shopping de Meridian por favor. — Digo sorrindo.

   Ele afirma e segue caminho, olho pela janela e nada passa na minha cabeça, nada além do suficiente para eu não querer fazer nada. Demorou trinta minutos para chegarmos, eu entreguei o dinheiro que tinha na minha mochila e sai. Retirei o capuz e subi as escadas, assim que entrei lá dentro, procurei um mapa do lugar, tenho prioridades. Uma delas e comprar roupas e depois arrumar essa bagunça que aconteceu com meu cabelo. Depois eu lido com tudo sobre Damon, meus pais e qualquer coisa que seja mortal para mim.

— Olá...bem vinda, precisa de alguma ajuda?

   Respiro fundo e olho ao redor

— Sim, aqui ainda tem uma Dior? — Pergunto e o segurança afirma e me passa as informações. — E o Salão da Annabeth?

— Sim, no mesmo local. — Agradeço e subo pelas escadas rolantes até o segundo andar, passo por algumas lojas e finalmente o salão de estética.

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