capítulo 52

776 88 14
                                    

DAMON

   Encosto na parede, eu odeio esse lugar, agora ainda mais do que já odiei na vida. Por que os dois estão tão próximos? A que nível de necessidade ela está para simplismo não deixar ele sair. Ele não a ama, ela não ama ele. Então por que estão juntos?

     Vou até o berçário, coloco as mãos no bolso e procuro a mini cópia. Seja do Will ou da Allie. Ah...achei.

    Está próxima ao vidro, cabelo preto pra Caralho. Olhinho fechados e mãos minúsculas, ela é a cara da Allie. Espero que ela não seja minha. Porque vou odiar roubar essa felicidade do Will. Essas roupinhas que ela está vestindo, devem ser invenção da Allie, nenhum recém nascido se veste desse jeito no hospital a não ser que a mãe seja fanática por moda.

    Queria ser o amigo do Will, aquele que estaria dando apoio a ele quando a Allie estava em trabalho de parto. Mas eu fui o motivo de ela está daquele jeito. Eu admito que não quero esquecer o que eu fiz. Também não quero ser perdoado. Eu não me arrependo de fazer o que fiz. E acho que... nenhum dos dois vão ouvir um pedido de desculpas de mim.

   Olho para a menina mais uma vez e sinto uma vontade miserável de roubar ela. É inveja, eu sempre quis uma menina igual a Allie. Allie teve uma menina igual a ela. E Winter acha que nosso bebê é menino.
    Vejo a boquinha dela abrir e então ali está, a prova mais irrefutável de que o Will é pai dela. Ela não nasceu com olhos pretos e nem azuis. Provavelmente. Ela tem duas semanas. Mas esse tom nos olhinhos dela. Provavelmente são verdes.

— O senhor é pai?

   Olho para enfermeira que está ao meu lado.

— É a filha dos meus amigos. — Digo apontando para a criança.

— Oh a Greta? Ela é adorável. Ela adora quando o pai dela vem vê-la.

— Ela gosta é? — Engulo seco. — Porque ela ainda está no hospital hein? Will não me disse.

— Ela ficou tempo demais dentro da placenta. A mãe dela teve uma complicação no parto, o médico foi rápido o suficiente e as duas estão bem. Mas ela engoliu água.

— Ela está bem?

— Sim. Faz três dias que conseguimos tirar tudo.

— A bebê...não a mãe dela.  Allie está bem? — Pergunto.

— Ah...não sei muito sobre a mãe. Dizem que ela acordou ontem. Foi um caos nesse hospital ontem. — ela diz indo pra porta — Não é todo dia que uma mãe tenta se matar.

E ela entrou.

   Espera, Allison tentou se matar de novo?


}×{
WILL

Mais um segundo e eu com toda certeza ficaria pra pai solteiro, meus Deus ela quase foi. O pescoço dela está marcado pra caralho. Olha como dorme como se não tivesse me adicionado mais um gatilho.

   Mesmo dormindo ela não me solta, eu queria ir ver a Greta mas acho que hoje não vai dar. Allie precisa de mim. Eu Fiquei preocupado pra caralho.

   Ouço a porta abrir e congelo instantâneamente. Damon, o que ela está fazendo aqui? Não é possível que ele realmente ache que a Greta é dele.

— Ela tentou se matar de novo?

   Que pergunta tão direta. Não combina com o Damon que eu conheço.

— Sim. Ela está sem medicação. Estava. — Digo arrumando o braço dela com o acesso. — Ela as vezes tenta.

— As vezes ela tenta? Que merda você está fazendo que não deu um jeito nisso? — ele pergunta como se isso fosse fácil.

    Eu estou sentindo na pele como é ter uma suicida por perto. Eu não quero perder a Allie mas ela está se perdendo e eu acho que é difícil a nível infinito. Allie É um quebra cabeça 3D com um milhão de peças. Vai levar tempo pra caralho para ela está bem.

— Como pode dizer uma merda dessas se você é a causa? — pergunto com um amargor na voz. — como pode ser tão hipócrita?

— Hipócrita? Eu não fingi amor. E não dei esperanças pra ela. — Ele encarando Allie apagada no meu colo com as mãos no meu peito. — Você é hipócrita.

— Hipócrita? Por que? Talvez seja porque a sua visão turva e doente Allison e eu temos que estar com você, mas separados, ser pra você. Mas ao que parece. Você ama Allie demais para uma simples amiguinha que você teve.

— Cale a boca você não sabe de nada. — ele diz com a voz dura e gelada.

— Ela te deu tudo Damon. Custava tentar ser humano com ela? Você assombra ela como um monstro debaixo da cama. Allie está doente por sua causa. Ela tem psicose paranóica, acha que eu sou você, acha que eu vou jogar ela fora. Como você.

— E você vai. — Ele diz andando até mim e encara Allie. — Por que quando ver que Allie é difícil demais pra você, você vai deixar ela com a desculpa que tentou.

— Não vou.

— Não?  Vamos deixar isso sério? — Ele diz segurando um anel com espinhos — Eu arranquei essa coisinha do dedo da Allie há alguns anos. O Conrad colocou nela.

— Por que você tem uma porra dessas?

— Porque eu mandei fazer um par. — ele diz sorrindo — É simples. Ele vai entrar na sua carne, e cada vez que você tentar tirar ele vai estar mais até o osso.

— O que você quer que eu faça com isso?

— Coloque. — Ele diz mostrando a caixa — Coloque no seu dedo e convença a Allie a por também.

— Não. — Digo irritado

— Por que não?

— Porque Allie vai se curar e vai sorrir de verdade, isso é uma coleira. Não somos seus cães Damon.

— eu vi a bebê. — ele diz e eu quase quero matar ele. — a cópia da Allie. Ela tem um pouquinho só do pai.

— Eu sou o pai.

— Isso é o que exame vai dizer.— Ele diz deixando o anel ali.

Ele sai do quarto e eu estou fumegante, vou matar ele. Aperto Allie no meu colo, Damon volta e sorri me encarando.

— Allie entrou em trabalho de parto depois que eu saí da casa dela. — ele diz e a raiva que eu tinha virou uma vontade quase incontrolável de matar ele.

    Quando vou me mover Allie me segura e diz:

— Não faz isso. — Ela diz abrindo os olhos — Ele quer te afetar. Não faz isso Will.

BirthdayOnde histórias criam vida. Descubra agora