Capítulo 56

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WILL

  Depois de colocar a Greta pra dormir, e Allison tomar banho, e enrolar uma vida pra falar comigo eu desisti de insistir que deveríamos conversar, pessoas com estado psicológico fraco não pode entrar em brigas mas não aguento mais. Pisar em ovos, ela sempre surta e faz coisas impensáveis. A cabeça dela está um bagunça.

   Eu fiz o que ela pediu eu falei com a Emory eu disse o que ela me pediu e a Emory aceitou e tudo mais. Por meio segundo eu quis realmente ficar com ela. Mas no segundo seguinte eu olhei pela janela e a Allie não estava onde eu deixei ela, nem a bebê nem nada dela. Então eu fui atrás dela. E me disseram que ela tinha saído com pressa. Aí eu tive que ouvir uma centenas de vozes na minha cabeça e descobri que a minha querida e a minha filha estavam na casa dos Mori. Então ela deu aquele piti e voltamos pra casa sem olhar na cara um do outro.

    Ouço um barulho de porta e encaro ela saindo do banheiro com o cabelo enrolado em uma toalha.

— Cadê minha filha? — ela pergunta nem olhando na minha cara.

— Nossa. — Digo meio irritado — Greta está dormindo o sono da tarde.

— Hm. — ela volta para o quarto, minha vontade é socar ela.

      Mas não posso porque ela é mulher e frágil e está dando comida pra Greta e também... é a Allie. Acho que levaria um soco. Por isso levanto do sofá, caminho até o quarto e observo, mulheres, preciso de uma mesa desse tamanho de cremes? Maquiagem e seja lá o que mais tem ali.

— Dois meses. — digo e ela não responde — Quando a Greta tiver dois meses você faz merda da desintoxicação.

— engraçado. — ela força uma risada — não pedi uma ordem eu vou fazer isso.

— Dois meses. Ela é só um recém nascido Allie.

— Oh! Quando são seus interesses é Allie, quando as coisas saem dos seu controlinho é Allison. — ela diz encarando-me pelo espelho.

— Para com isso. — digo meio desconfortável — Eu só te chamei assim porque você estava estranha.

— Ah sim. Claro. A estranha está bem e estável, pode voltar pra Meridian.

   Desde que a Greta nasceu ela não se importou de me ter aqui, mas agora ela está me expulsando.

— Vai fazer esse jogo sujo? — digo e ela da de ombros — Desculpa por gritar com você.

— Não desculpo. — Ela diz passando algo parecido com um olho no rosto.

— Mas eu pedi desculpas.

— E eu não te desculpo. — ela diz olhando pra mim do espelho — Aquilo foi bem escroto e me magoou então não te quero te perdoar.

— Tá de sacanagem? Quer mesmo começar esse tópico. E eu Allie? — ela de vira pra mim. — você não é uma benção, você é insuportável em surto e diz coisas bem pesadas e eu aguento tudo. Mas quando eu falo com você porque eu fiquei preocupado eu não posso nem ser perdoado?

— Ah sim. Entendi. — ela diz me olhando —  é um fardo né, lamento por isso. Eu não sei controlar meus surtos, na verdade eu não teria eles se não fosse por vocês, e seu melhor amigo!

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