capítulo 24

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DAMON

    Ergo ela, suspiro e encaro todos, olho para o Kai e ele está tossindo, o pescoço dele está em carne viva. Ela explodiu!

—  Você desmaiou ela? — Misha olha para ela.

— Eu não queria sabe, seria legal ela matar o irmão dela. — Digo arrumando ela no meu colo — Mas isso já foi o suficiente.

— Deixe ela aqui. — Kai diz rouco. Ele levou uma surra. — Quando ela acordar eu vou falar com ela.

— Por que eu deveria? — Digo e todos olham para mim como se eu fosse uma assombração.

— Nem pense em fazer merda nenhuma Damon! — Michael avança para pegar Allie e eu desvio, que engraçado, eles nunca falaram com ela. Agora querem tirar ela de perto de mim.

— Tenta de novo Michael. — Digo sorrindo.

— Você não tinha planos? — Kai diz — Não ia buscar a Winter.

—  Se colocar em uma balança. — Digo fazendo uma conta mental. — Eu deveria ir atrás da Winter. Mas se fazer os cálculos, a situação atual é um pouco mais intrigante que ir atrás de outra pessoa na casa do caralho.

— Deixa ela em paz cara. — Will por fim disse algo.

— Não existe paz na cabeça da Allison. — Digo aumentando o aperto, quero ver quem vai tirar ela de perto de mim.

— Não existe na sua. Deixa minha irmã em paz. Você já fez muita merda. Ela está melhorando. — Kai grita.

— se olhe no espelho primeiro. — Digo encarando ele com desdém — Depois diga que sua irmã está saudável das ideias.

}×{

   Desço do carro e passo para o outro lado abro a porta e pego Allie apagada no colo, fecho a porta com um chute e entro no prédio, abro o elevador com a minha digital e entro, o porteiro não diz nada. Eu sempre venho aqui por mais que o apartamento não seja meu e eu não seja o morador.

    As portas fecham e vejo o números dos andares mudarem até o oitavo andar. A porta abre e entro, caminho até o quarto dela e coloco ela na cama. Depois disso analiso o lugar, vejo se tem algo novo e então saio. Não preciso ficar. Não quero ficar, quanto mais eu ficar mais ela vai se apegar e quanto mais ela de apegar mais eu vou ter que machucar ela. E ela vai ficar pior e pior e pior. Corte o mal pela raiz.

Há quatorze anos,

Eu estava entediado, a Winter não está a na cidade meus amigos estavam quietos demais. Então eu queria fazer algo, resolvi ir nas catacumbas só para ficar lá e fumar e usar alguma coisa. Mas quando eu cheguei tinha uma garota de cabelo curto, óculos redondinho e um livro na mão. Imediatamente assimilei ela a Emory porque as duas usavam óculos e era isoladas. Mas depois de dois segundos que ela notou que eu estava ali soube que era a irmãzinha do meu amigo.
Tinha visto ela algumas vezes mas nada importante porque eu nunca via ela fora de casa e via ela poucas vezes quando Kai ia buscar ela. Mas ver ela ali me deixou mais do intrigado. Já que ela não se moveu e não fugiu, também olhou nos meus olhos algo que meus empregados nem faziam.
Minhas saudação foi um roubo do livro que ela lia, e a dela foi olhinhos com lágrimas.

Quando vi aquilo eu só pensei em uma coisa e acho que foi o começo de toda a merda que é minha vida hoje em dia.
Pensei: Quero vê-la chorar de novo, de novo e de novo.

Por isso agora, olhando para ela. Eu não consigo ir embora, é insuportável ter ela ao meu redor mas quando não está eu fico pilhado porque se ela não está por perto está mal e se está mal vai fazer merda e as merdas dela são bem caóticas. Então eu não gosto dessa obsessão que ela desenvolveu sem que eu notasse de verdade. Ela simplesmente sumiu um belo dia e quando voltou virou uma maluca suicida.

   Eu fui embora, eu juro que fui embora todas as vezes, mas eu sempre volto. Por que? Não sei. Minha relação com a Allie é a mesma que com o cigarro. Eu sei que vai me matar mas vou continuar porque eu preciso disso. Então minha vida caótica vira um inferno quando ela está por perto e um inferno em dobro quando ela está longe. Ela tem problemas na cabeça sérios e eu acho que ela não tenha concerto. Ela passou por muitos psiquiatras e ela não teve nenhuma mudança além das explosões emocionais que ela sempre tem agora.

   Me sento a beira da cama e aperto o nariz dela, ela franzi a testa. Completamente indefesa. Uma fraqueza facilmente atingida de qualquer um com inteligência suficiente usaria para me atingir. Querendo ou não. Essa desgraçada é uma parte irritada e asquerosa de mim. Ela é idiota, burra e emocionada. Por isso eu trato ela que nem lixo, não estou atrás de nada relacionado a amor com ela. Eu uso ela. E não ligo se sou filho da puta ou se estou sendo escroto pra caralho. Eu usei ela durante anos ela sabia disso e não disse nada. Então isso não é só porque eu sou um homem escroto. Ela que deixou eu usar ela.

— Você vai acabar morrendo por causa dessas emoções sua punkzinha. — Digo beliscando a bochecha dela. — Meu carro é caro, sabia?

   Ela geme baixinho e segura minha mão e deita abraçando meu braço.

— Você pode morrer Allie. — Digo para ela e ela apenas dorme como uma pedra. — Se continuar me amando vai morrer.

    Quando se ama alguém, você imediatamente fica vulnerável, porque você tem uma fraqueza, e se ela me ama, sou a fraqueza dela. E se eu sou a fraqueza dela meu pai deve estar se mordendo para que ela seja a minha já que não para de mandar aqueles russos malditos seguirem ela desde a Europa. Se ela soubesse o que está em jogo não me amaria tanto quanto ela pensa que ama.

Porque dessa vez vou despedaçar ela de verdade.




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