capítulo 20

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Allie

    Meu mundo está girando, interessante, desço do meu carro, paro em frente a praia, retiro os saltos, pego minha garrafa de vodka e piso na areia, a sensação é totalmente palpável, acho que consegui fazer a porção certa dessa vez. Poseidon! Finalmente eu consegui. Eu sinto tudo sem perder a razão.

     Encaro o mar e como o céu está límpido, abro a garrafa no dente e dou alguns goles mortais e logo a bebida fica doce. Piso na areia molha e uma onda toca meus tornozelos, w água está fodidamente gelada, mas tudo que eu sinto é euforia, uma sensação tão livre. Abraço a garrafa e dou pulinhos na sala. Olho ao redor e eu estou sozinha, mas estou sentindo a mesma sensação de ser observada. É como se tivessem aranhas na minha pele. Mas eu não ligo, eu não sou tão importante assim.

    Viro a garrafa mais algumas vezes goela abaixo e as ondas aumentam, logo estou completamente encharcada. Deito na areia e olho para céu. Ok, eu consegui. Posso ficar Rica e me esconder de todos por muito tempo.

   Fecho os olhos e tento acalmar meu coração, tenho não sentir a adrenalina correndo por cada fibra do meu ser. Está escuro mas ainda sim sinto uma sombra em cima de mim.

   Abro os olhos. Tudo que eu vejo é o que eu queria ver desde que eu saí da clínica, mas nunca aconteceu, mas ele está aqui. É a mesma sensação, como se eu tivesse com cinquenta doses de adrenalina na veia, como se o mundo fosse uma explosão. Esperar um ano não foi o suficiente para ele ao que parece.

— A quanto tempo Damon. — Digo e e ele retira o cigarro dos lábios e solta a fumaça.

— Faz um tempo. — Ele diz com a voz fria e sem nenhuma emoção.

— Veio fazer o que na praia?

— Falaram que era noite de super lua.

— Não minta. — Digo me sentando — Você odeia essas merdas.

— Me pegou. — Ele diz me olhando de cima. — Como você está?

— Como pareço estar? — Digo engolindo seco.

— Viva. — Levanto a sobrancelha e afirmo com a cabeça e me ponho de Pé. 

— Agora que já viu, que não estou morta e nem vou me matar por causa de você. — Pego a garrafa vazia e encaro ele — Acabou né?

— Nunca teve nada para acabar Allie. — Afirmo com a cabeça.

— Verdade. — Digo passando por ele — Então... boa vida Damon. Que seja feliz filho da puta.

   Ele agarra meu braço e eu me solto meio nervosa. Faz anos que eu não sinto esse toque. Quase arrepiei.

— Você parou com essa droga de ilusão?

   Olho para o rosto dele e mordo o lábio, minha cabeça está focada em uma coisa apenas. Que eu sou extremamente obcecada por ele. Até a morte. Mas não vou deixar mais isso me afetar. Não mais do que já me afeta.

— Já. — Digo querendo chorar. — não está vendo. Eu não sou mais a Allie.

— Eu te vejo melhor que qualquer um. — Me encolho. — Eu sei que você não sabe mentir.

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