capítulo 15

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DAMON

 
   Me sento e encaro, eu so venho aqui porque suponha-se que isso ajudaria minhas ações compulsivas de mandar Allison para uma clínica psiquiatra de reabilitação para suicidas. Mas não está adiantando muito e ela disse que seria um mês. Última sessão e quero ouvir da boca dela que eu não posso ser concretado.

— Bom dia senhor Torrance. — Bom dia. Não gosto do jeitinho passivo agressivo dessa mulher me dá vontade de socar ela.

— Bom dia o caralho. É a última sessão, vamos logo.

— Por que a pressa? — Ela diz abrindo a prancheta — Temos até às dez da noite para conversarmos. Sem tempo limite lembra?

— Não tenho mais nada para falar. Então que tal você assinar aí que eu não posso ser tratado e me deixar em paz e focar em arrumar a cabeça da Allie?

— Arrumar a cabeça dela pode ser um que quebra-cabeças de 10.000 peças sabia? Ela é muito boa em não dizer as coisas. — ela diz bebendo a porra desse café amargo e ruim.

— Haha. E você achando que ia dar conta. Você é péssima, eu deveria te demitir sabia?

— Você foi até a Alemanha para me contratar, e eu ganho muito bem. — ela faz o sinal do dinheiro — Tenho que deixar meus pacientes bem.

— Não está funcionando. — digo pegando um cigarro e acendendo.

— Está sim. Allison me deu mais coisas dessa vez. — ela diz olhando para mim com as pernas cruzadas — Quer saber o que ela disse?

— Acho que um dos juramentos dos psiquiatras são sigilo. — digo com muita vontade de afundar uma bala na cabeça dela.

— Deixa de ser sigilo quando se trata do meu outro paciente. — ela diz batendo a caneta na prancheta. — Vamos começar senhor Torrance?


— Você não sabe como estou ansioso para ver você derrotada Ortega.

— Que bonitinhos. Vocês dois são iguais.

— Haha! — forço o riso e ela sorri como um vencedora.

— Vamos lá? — eu estendo a mão e solto a fumaça com tudo. Lá vem, as perguntas impertinentes. — Por que os agressores da Allie desapareceram depois do incidente quando ela tinha onze anos?

   Uau, Allison sabia disso? Não. Ela não sabia, mão teria como. Então como essa vaca descobriu?

— Não faço ideia. Nunca disse ou fiz nada com ninguém.

— "Cabelo cresce rápido, mãos não" você disse isso?

— Claramente é algo muito a minha cara. — digo encarando ela. — Onde quer chegar?

— Por que se importou tanto com o que fizeram com a Allison? Vocês eram estranhos!? Não se falavam! Nem na mesma escola estavam? O que te moveu a fazer isso Damon?

— Ódio? — Digo sorrindo.

— O que mais?

— Você já viu o cabelo da Allison? — Pergunto e ela afirma — sabe como aquele cabelo é raro, nem liso, nem cacheado, sem um frizz, cresce rápido pra caralho, preto noite. Ela é tem o meu sonho de consumo se eu tiver uma filha.

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