Brunna - São Paulo 📍
05:50 da manhãEu e Ludmilla tomamos um banho rápido na água quente, e juntas. Preferimos ficar nuas, e só então nos deitamos na cama de casal do seu quarto. Os raios fracos do sol, começou a adentrar pelas gretas da cortina, iluminando o quarto. Me aconcheguei junto a morena e afundei meu rosto no seu pescoço, sua mão relaxou sobre minhas costas, fazendo um simples carinho.
- Bru? - escutei ela me chamar e apenas fiz um som nasal para que ela continuasse - Desculpa por não ter feito o que eu tanto te cobrei.
- Do que está falando? - questiono e escuto ela suspirar antes de começar.
- Eu lembro de ter te pedido para não sumir do nada, e foi exatamente o que eu fiz. - beija minha testa - Desculpa.
- Ah Lud, está tudo bem. - levanto meu olhar em sua direção - Eu refleti um pouco enquanto tomávamos banho e eu te entendi. Acho que no seu lugar eu faria o mesmo.
- Então está tudo bem entre a gente, não é? - pergunta apreensiva e eu sorrio abafado.
- Nós acabamos de foder no sofá da sala, Ludmilla. É óbvio que está tudo bem entre nós. - faço um carinho na sua barriga - Eu só não quero você me escondendo as coisas, eu fiquei muito agoniada, pensando bobeiras. Se você tivesse me contado tudo desde o início, eu iria entender.
- Isso não vai se repetir. - volta a beijar minha testa - Eu gosto muito de você, Bu.
- Também gosto muito de você, Lud. - sorrio.
Não sei ao certo quando e nem como eu adormeci, mas acordei na mesma posição que eu estava enquanto conversava com Ludmilla. Meu rosto na curva do seu pescoço e suas mãos sobre minhas costas. A morena ainda dormia tranquilamente, e o aroma do seu perfume misturado com o amaciante de neném, estava preenchendo todo o quarto.
Fiquei alguns minutos analisando seu rosto, que estava relaxado e sorri de forma involuntária, ao imaginar como seria acordar assim todos os dias - uma grande sorte - mas esses pensamentos se afastam ao lembrar do que ela havia me dito sobre Caio.
Embora eu conheça o médico a quase cinco anos, eu não sei mais o que ele pode ser capaz de fazer. Até porque eu jamais imaginaria que ele fosse um pouco capaz de bater de frente com alguém - como fez com a Lud. Soltei um suspiro um pouco mais alto do que estava desejando e vi a morena se mexer na cama, abrindo os olhos com dificuldade.
- Pode dormir mais um pouco, Lud. - falo fazendo um carinho em seu rosto.
- Bu. - ela me puxa para mais perto do seu corpo - Bom dia.
- Bom dia, querida. - sorrio após deixar um beijo em seus lábios - Dormiu bem?
- Muito bem. - fala manhosa - E você?
- Do seu lado é impossível dormir mal, Lud. - a abraço apertado.
- Está muito bom aqui, poderíamos ficar o dia todo. - se ajeita puxando o edredom para cima do nosso corpo - Mas temos que tomar café da manhã.
- Eu estou com fome. - confesso e a escuto gargalhar - O que foi?
- Quando você não está com fome, Bu?
- Você está muito abusadinha pro meu gosto, tá Ludmilla?! - puxei o edredom, a deixando descoberta e nua - Vamos levantar, vai.
- Hoje não tem pão de queijo. - me adiantou ao sentar na cama - Na verdade eu nem sei o que vai ter pra gente comer. Hoje não é o dia da Nete vir trabalhar.
- Eu sei cozinhar. - falo simples e me levanto ainda nua - Me empresta uma camisa sua?
- Mais uma? - me abraça por trás, me levando até seu pequeno closet - Daqui a pouco vai ter uma coleção na sua casa.
- E isso é ruim? - questiono - Eu acho um ótimo motivo pra gente se encontrar e eu usar essas camisas como desculpa.
- Só você, Bu. - ela beija meu ombro - Pode escolher qualquer uma, eu só estava brincando. Amo ver você com as minhas camisas.
- Tudo bem. - passo minhas mãos pelas camisas penduradas no cabide e pego uma social na cor branca - Gostei dessa, tem problema?
- Nenhum. - sorri calma - Tem calcinha na última gaveta, pode pegar também. Eu vou escovar meus dentes.
Caminhei pelo closet e me abaixei para abrir a gaveta, peguei um calcinha na cor preta e a vestir por baixo da camisa, que vai até o meu joelho - a demonstração de que ou eu sou muito baixa, ou Ludmilla é muito alta.
Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto e segui a morena até o banheiro, quando cheguei ela já tinha terminado de escovar os dentes e estava usando o enxaguante bucal, como eu já sabia onde ficava as escovas novas, não me dei o trabalho de perguntar, apenas peguei uma e escovei meus dentes - com o olhar da Lud sobre meu corpo. Assim que terminei, ela me segurou pela mão direita e me levou até a cozinha que estava vazia e arrumada.
- O que você gosta de comer? - perguntei confusa.
- Qualquer coisa, meu amor. - fala simples, abrindo a geladeira e retirando algumas coisas que serviriam pro café da manhã.
- Misto quente?! - sugiro e ela sorri animada.
- Faz muito tempo que eu não como misto quente. - confessa - É uma ótima ideia.
- Então vou fazer. - abro os pequenos potes com presunto e mussarela.
- Suco de qual sabor? - pergunta abrindo os armários - Tem limão e caju.
- De azeda já basta a vida. - brinco - Pode ser de caju.
Ludmilla - São Paulo 📍 11:31
Enquanto Brunna estava entretida em fazer um revezamento entre presunto e mussarela dentro do pão, eu dissolvi a polpa do suco em um pouco de água, adicionei um pouco de açúcar e provei - uma delícia. Brunna se assustou quando o eletrodoméstico apitou, anunciando que os mistos estavam prontos e isso me causou uma crise de riso.
- Invés de você ficar rindo, poderia pegar um prato pra mim colocar, não acha? - me olhou brava.
- Mulher brava, meu Deus. - a entreguei um prato de louça - Daqui a pouco falta só sair fumaça pela cabeça.
- Seu senso de humor é ótimo. - finge um sorriso mas acaba caindo na gargalhada.
- Assume que você me ama, Bu. - mordo o pão quente.
- Não. - revira os olhos depois de dar um gole no suco.
- Então você não me ama? - questiono.
- Eu só não quero assumir. - da de ombros e volta sua atenção para o pão - Eu disse que eu era uma ótima cozinheira.
- Quem teve um trabalho maior foi a sanduicheira. - falo óbvia e sinto um tapa arder em meu braço.
- Pra parar de ser boba. - me mostra a língua.
- Relacionamento abusivo. - finjo estar triste.
- Me processa.
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Um cadinho de paz, antes de mais caos.
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Crazy In Love (Brumilla)
FanfictionLudmilla Oliveira (27 anos): Uma empresária do ramo de prostituição possuí uma boate no centro de São Paulo. Durante as noites, várias mulheres passam por ali, entregando seu corpo em troca do dinheiro. Ludmilla por sua vez, não se entrega a esse ní...