Brunna - Ipanema (Rio de Janeiro)
Quinta-feira - 17:57- Olha aqui o tatantejo, mamãe. - o pequeno que está usando apenas uma sunga azul, diz para Ludmilla que está ao seu lado, na areia da praia carioca.
- Mas que caranguejo bonito, Mi. - ela sorriu enquanto observava o animal, um pouco de longe - Qual é a cor dele?
- Vermelho, Red. - respondeu a cor em duas línguas diferentes, português e inglês. E isso fez com que eu abrisse um sorriso.
- Você é muito inteligente. - a morena beijou seus cabelos molhados pela água salgada do mar agitado - Não é mesmo, amor? - ela me questionou.
- Com certeza. - disse simples e levantei os óculos escuros que estou usando e os deixei nos meus cabelos loiros - O Chechel é muito inteligente.
- Você viu o tatantejo, Bu? - ele questionou com o tom de voz um pouco alto, talvez um pouco animado - Ele é vermelho red.
- Eu vi! Ele é um animal que vive no mar, não é sempre que vamos ver ele andando na areia. - comentei - Que tal você ajudar a sua mãe a levar ele pra água?
- Não, não. - ele fez um sinal negativo com o dedo indicador - Deixa o tatantejo ficar aqui com a gente.
- Meu amor, ele precisa de água. Se ele ficar aqui, pode morrer. - expliquei o olhando - Se ele morrer, a mamãe e o papai dele vão ficar muito tristes.
- Tudo bem. - ele suspirou e abaixou a sua cabeça, ficando triste com a situação - Vamos levar ele, mamãe? - perguntou para a Lud, que rapidamente concordou com a cabeça e se levantou para o ajudar.
Os dois caminharam de mãos dadas, calmos, até a beira do mar, onde a mais velha deixou o animal, que rapidamente sumiu nas águas claras do mar de Ipanema. Pensei que eles fossem retornar para a nossa barraca, mas acabaram ficando pelo mar, para novamente se molharem e brincarem juntos. Aproveitei esse momento e dei um longo gole na gelada cerveja - zero álcool - que compramos e escondemos em uma caixa de isopor, para que o menino não visse e pedisse. Os nossos petiscos tinham acabado de chegar, e ainda estavam quentes, o que me fez pegar uma batata frita e levar até a boca, mastigando de forma lenta. Retirei meu celular da bolsa de palha, que compramos a nossa ida no Cristo Redentor. Gravei um rápido storys e postei nos melhores amigos, para que apenas os mais íntimos vissem. Minutos depois os dois já estavam de volta e meu momento de "paz" se encerrou.
- Batata frita. - o pequeno levou uma até a boca e mastigou de forma lenta, admirando o sabor do alimento - Humm.
- Divide comigo. - a morena pediu ele levou uma até a boca dela, que agradeceu com um sorriso - Que delícia!
- Vocês são terríveis. - neguei com a cabeça ao ver eles novamente atacando a comida - Não acham que está na hora de ir embora, não?
- Não, Bu. - meu filho se apoiou em minha perna exposta ao sol quente - Não quero ir embora.
- É, amor. - minha namorada me olhou como se fizesse um pedido silencioso - Porque não podemos ficar mais um pouco?
- Porque daqui a pouco o pessoal está saindo do shopping e vão encher o nosso saco, se a gente não estiver lá, esperando por eles. - a olhei, explicando a situação.
- É, tem razão. - ela suspirou olhando para o mar, como se estivesse se despedindo - Então vamos logo.
Antes de finalmente deixarmos a praia, eu e Ludmilla terminamos de tomar as cervejas e o menino comeu todas as batatas fritas, só então, nós fomos em direção ao shopping do centro da cidade. Ao chegar por lá, os nossos amigos já estavam nos esperando, eles foram rápidos para entrar no carro, me evitando uma multa por estar estacionada em um lugar inapropriado. Para economizar espaço a Ju foi obrigada a levar o Michel no colo, mas isso não foi um fardo para ela, já que ela sempre vive com ele no colo. Lud confirmou o meu lado e nos últimos bancos da BMW X5 Daiane acompanhou Emilly, Marcos e Mário. Nosso destino após praia e shopping foi um restaurante simples, mas bastante acolhedor e aconchegante. Pedimos uma mesa para 7 pessoas, já que o Michel sempre fica de colo em colo e nunca precisa de um lugar fixo.
- Como foi a praia? - Marcos questionou um tempo depois da gente se sentar na mesa e já ter pedido nossas bebidas sem álcool.
- Estava linda. - suspirei me lembrando - Um sol quente, foi ótimo para pegar uma marca e tomar uma cervejinha.
- Só estava muito cheia. - Lud comentou e eu concordei com a cabeça - Mas realmente foi ótimo.
- Poderíamos ter ido com vocês, se a Daiane e a Emilly não tivessem nos obrigado a ter uma participação no encontro romântico delas. - Mário disse revirando os olhos e eu gargalhei.
- Foi tão ruim assim? - Lud questionou.
- Tivemos que ir ao cinema, assistir uma péssima comédia romântica. - Ju disse sorrindo, fingindo ter gostado - Só isso.
- Ah, de tudo não foi ruim, a companhia de vocês foi bastante agradável. - Marcos disse sorrindo de lado, o que não passou despercebido pela irmã.
- A nossa companhia, ou em específico, a companhia da Juliana? - Dai sorriu e Emilly a acompanhou.
- Deixem de ser bobas. - o moreno ficou com vergonha e negou com a cabeça, não muito diferente da minha melhor amiga - Eu gosto muito de todos vocês.
- "Todos vocês". - eu repeti a sua fala entre os dentes - Então, o que vamos pedir para jantar?
- Matatonada. - o pequeno se enfiou no meio da conversa, o que causou risada entre todos nós - É muito bom.
- Qual de vocês é passa fome assim? - Emilly intercalou olhares entre eu e a Ludmilla.
- Acho que a Bru. - Lud disse e eu a olhei indignada - É sério, amor. Você sempre está comendo alguma coisa.
- Vou nem responder. - a ignorei - O que vamos pedir?
- O que o meu amor quer. - Mário beijou as bochechas do Michel - Macarronada.
- Não quero macarronada. - Emilly resmungou observando o cardápio - Quero feijoada.
- Humm, eu também. - Ludmilla sorriu animada - Com farinha!
- É disso que eu tô falando. - Emily faz um cumprimento com a morena - Vamos fazer os pedidos então.
Marcos e Ju, fizeram o mesmo pedido: frango a milanesa com arroz ao alho. Eu, Mário e Michel ficamos na macarronada, enquanto Daí, Lud e Emilly escolheram a feijoada. Ficamos no restaurante até às oito horas da noite, saímos de lá com o Michel dormindo e chegamos no hotel com menos de trinta minutos. Cada um se direcionou ao seu quarto, para descansar para os planos de amanhã.
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Crazy In Love (Brumilla)
FanfictionLudmilla Oliveira (27 anos): Uma empresária do ramo de prostituição possuí uma boate no centro de São Paulo. Durante as noites, várias mulheres passam por ali, entregando seu corpo em troca do dinheiro. Ludmilla por sua vez, não se entrega a esse ní...