Ludmilla - São Paulo 📍
Domingo - 17:00- Nós precisamos conversar. - foi a primeira coisa que eu escutei da Bru assim que chegamos em casa.
- Pode falar, meu amor. - falei tranquila depois de deixar as chaves do carro sobre o móvel da sala.
- Ludmilla, essa situação já está me deixando mal. - falou me olhando.
- Qual situação, meu bem? - questionei a olhando de volta.
- Não se faz de boba. - falou séria, mas sem usar um tom de discussão - Você está estranha desde que eu voltei da viajem, só fica no celular, não come, não dorme e quando eu te pergunto você diz que é impressão minha. Eu sei que não é. Me conta o que está acontecendo com você.
- Não está acontecendo nada, Bru. - me sentei no sofá - Eu só ando preocupada com algumas coisa da boate, eu não estou muito bem com a Dai e isso pode prejudicar as coisas.
- Você está mentindo. - ela se sentou ao meu lado - Eu estive conversando com a Dai, ela só esta chateada com você e na boate está tudo bem.
- Ah, Bru. Talvez eu só estou muito estressada, faz parte, é super normal. - tentei convencê-la.
- Eu fico muito triste quando você mente pra mim. - suspirou - Eu estou tentando te ajudar... Me ajudar... Nos ajudar.
- Acho que você esta exagerando um pouco. - a puxei para um beijo - Talvez é você quem esteja muito preocupada com coisas bobas.
- Não são coisas bobas. - falou manhosa - São coisas que você está escondendo de mim.
- Porque a gente não faz outra coisa, a não ser discutir. - cheirei seu pescoço exposto - Você é muito linda.
- Lud, eu ainda quero conversar. - ela suspirou pelo contato na sua pele.
- Mas eu não quero. - mordisquei sua orelha - Eu quero fazer outra coisa.
- Porque você é assim? - segurou meu ombro com força, ao sentir minha língua percorrer por seu pescoço.
- Assim como? - questionei e ela se afastou para me olhar.
- Consegue ganhar tudo com esses seus beijos gostosos. - aproximou nossas bocas.
- É a minha tática. - sorri e a beijei com rapidez.
Essa foi a única forma que eu encontrei de encerrar a conversa e fazer ela acreditar que realmente está tudo bem - não que não esteja - Levei ela para o quarto - no colo - E a deixei sobre a cama de casal, enquanto tirei toda a minha roupa e busquei um pequeno vibrador no closet. Ela ainda está vestida, esperando que eu mesma faça o trabalho por ela. Mas antes disso fiz questão de a provocar, levei o objeto até minha intimidade e soltei um gemido rouco ao ter meu clitóris movimentado de forma rápida.
Ela presta atenção em cada movimento com a boca entre aberta, procurando por mais oxigênio. Quando me canso de provocar, tiro o objeto e o substituo por seus dedos, ela faz movimentos devagar - muito diferente do vibrador - Mas ainda assim é gostoso e me faz gemer em seu ouvido. Sua roupa atrapalha o nosso contato, mas não consigo me afastar dos seus dedos que me masturbando. A morena percebe que eu vou gozar, quando fecho os olhos com força e minhas pernas ficam trêmulas. Suspirei pesado e contive um gemido alto - que todo o prédio escutaria - Depois que meu líquido escorreu em seus dedos ela os levou até a boca e eu aproveitei a oportunidade para retirar toda a sua roupa e levar minha língua até sua intimidade muito excitada.
Meus cabelos foram segurados com muita brutalidade e vez ou outra, eu era levada até seu ponto principal de prazer e com isso eu escutava seus gemidos manhosos seguidos de leves xingamentos que só me deixava ainda mais com vontade de tê-la para mim. Forcei minha língua em sua entrada e em seguida suguei seu clitóris com força, sendo o suficiente para que ela revidasse os olhos, arqueasse as costas sobre a cama e prendesse minha cabeça no meio de suas pernas. Deixei mais algumas lambidas e senti seu gozo quente entrar em minha boca, me fazendo suspirar de prazer.
Só quando ela se recuperou me ajeitei na cama, na altura do seu rosto e pude vê-la sorrir de lado - uma das cenas mais linda que eu já vi em toda minha vida - A puxei para deixar sobre meu peito e passado alguns minutos escutei sua respiração pesada, anunciando que ela havia dormido. Provavelmente hoje iremos passar boa parte da noite acordada, mas isso já está sendo a minha rotina.
Ao me lembrar da maldita preocupação que vem me atingindo por esses dias, escutei meu celular vibrar, mostrando novas mensagens. Estiquei meu braço com cuidado para não acordar a mais nova e peguei o smartphone que estava sobre a mesa da cabeceira. E pra minha incrível sorte, era ela, Silvana - ou talvez, minha mãe.
É isso que eu venho escondendo da minha namorada. Um pouco antes da sua viagem de negócios eu recebi uma mensagem da minha mãe, querendo se aproximar novamente - precisando de um favor que apenas eu sou capaz de fazer - Só que meu maior problema é que agora eu vivo uma vida ao lado da Brunna e tudo que eu faço pode atingi-la e a última coisa que quero é perde-la.
Abri as mensagens e suspirei ao ver que se tratava do mesmo assunto de sempre.
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Silvana: Filha, eu posso ir até São Paulo para gente conversar sobre esse assunto.
Silvana: Sua irmã vai ficar muito feliz de te conhecer. É o maior sonho dela.
Silvana: As passagens para Suécia já estão compradas.
Silvana: Se você não ajudar ela, nós vamos ter que optar pelo lado mais difícil.
Silvana: E eu tenho certeza que não só ela, mas eu e seu pai, iremos ficar muito chateados com você.
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Chantagem. Ela sempre usava esse lado manipulador para me fazer aceitar toda essa situação. Em menos de um mês, eu descobri várias coisas sobre a minha "família".
Silvana fez questão de me contar que quando ela me deixou com minha avó ela estava grávida de mais uma menina que se chama Luane e que hoje em dia está com seus vinte anos completos e esse foi o motivo dela ter me deixado com minha avó - ela queria dar um futuro diferente para sua filha.
Também descobri que Yuri é filho apenas de minha mãe, e por isso ela o enviou para morar minha avó, porque se meu pai descobrisse seu cado extraconjugal levaria sua filha favorita para muito longe dela.
E a pior de todas as descobertas é que eu tenho um sobrinho de dois anos, se chama Michel. Filho de um namoro escondido com um menino da sua mesma idade. Meu pai não soube que Luane estava grávida e ela passou os dois anos afastada dele, com medo, e agora precisava viajar com eles, pois estavam com baixas condições no Brasil. Mas como o menino não é registrado, nem por ela e nem pelo pai, não terá como levar ele. E sobrou para mim, ter que cuidar do menino.
Mas a questão é... Como eu vou cuidar de um menino se minha namorada odeia crianças? E como eu vou dizer não para minha família que está ameaçando colocar um menino que não tem culpa de nada e nem pediu para nadcer, em um orfanato?
Senti as lágrimas quentes descer por meu rosto e nem percebi que eu já estava soluçando alto, acordando a mulher que estava deitada em meu peito. Como eu irei a explicar toda essa situação, sem que afete o nosso relacionamento?
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Crazy In Love (Brumilla)
FanfictionLudmilla Oliveira (27 anos): Uma empresária do ramo de prostituição possuí uma boate no centro de São Paulo. Durante as noites, várias mulheres passam por ali, entregando seu corpo em troca do dinheiro. Ludmilla por sua vez, não se entrega a esse ní...