Capítulo 17

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Ludmilla - São Paulo 📍 20:03

Dei um gole na bebida, apenas para molhar minha garganta que está seca, o desejo está nítido em seu olhar, suas pupilas dilatadas e a cor dos seus olhos mais escuras. Ela anda até onde eu estou sentada e se posiciona no meio das minhas pernas - o que me faz ter uma visão ampla dos seus seios, e que bela visão. Meu corpo entra em chamas quando suas mãos caminham por meu abdômen e minhas costas, me fazendo sentir um tesão absurdo, por mais simples que seja esse ato. Segurei firme sua cintura e a puxei para mais perto de mim, a escutei arfar quando que por mais de forma sutil sua intimidade tocou a minha. Seus cabelos cabelos caíram ao nosso redor, tampando a visão de quem tentava nos observar. Ela se apoiou no balcão atrás de mim e aproximou sua boca da minha, senti seu hábito quente com cheiro de tequila e não resisti, beijei seus lábios de forma rápida e violenta, tentando me livrar de todas as sensações que estou sentindo.

Minhas mãos descem e tocam sua bunda por cima do vestido, aperto de forma tímida e a escuto suspirar entre o beijo. Uma das suas mãos aperta meu pescoço o deixando imóvel para que ela fizesse o que tinha vontade, ela mordeu meu lábio inferior na tentativa de se recuperar e eu senti uma pequena dor, o que me fez gemer baixo. Ela deixou alguns selinhos em meus lábios e se afastou ofegante, arrumou os cabelos que estavam desalinhados e eu cruzei as penas na falha tentativa de me livrar da sensação de estar "escorrendo".

— Se pra você me beijar eu tiver que passar o resto da vida reclamando, eu irei fazer isso pro resto da minha vida. — fala me olhando com seu par de olhos que agora voltaram a coloração normal.

— Por Deus! — sorrio de lado  — Haja paciência pra ficar escutando você reclamar das coisas que te dou.

— Vou dançar com as meninas, essa música me animou. — fala se afastando ainda mais do meu corpo.

— Não, Bu. Fica aqui comigo! — peço.

— Eu quero dançar um pouco, e fui eu quem convidou elas pra vir me fazer companhia, é errado eu abandonar elas. — explica — Daqui a pouco eu volto pra gente ficar juntas.

— Promete? — questiono triste.

— Claro que sim, Lud. Eu não preciso mentir pra você. — beija minha testa.

— Tudo bem, então vai lá se divertir com suas amigas. — sorrio em sua direção.

Perdi Brunna de vista assim que ela entrou na pista de dança, o que me fez revirar os olhos e voltar minha atenção pro bar. Escolhi uma bebida do cardápio e pedi que Diogo fizesse pra mim, ele demorou cerca de dez minutos pra em entregar a taça gelada, com o líquido dentro. O agradeci e dei um longo gole, sentindo o sabor açucarado descer em minha garganta. Tirei meu celular do bolso e registrei esse momento com uma foto - de péssima qualidade.

Me viro para continuar observando a boate e vejo Dayane caminhar em minha direção, com um semblante péssimo, o que me fez ter medo do novo problema que ela irá me apresentar.

— Boa noite, Oliveira. —  fala séria — Eu vou logo ao ponto, que história é essa de você andar brigando com as nossas garotas? Porra Lud, as meninas são nossas atrações, se alguma delas pedir demissão, vamos fechar esse caralho que chamamos de boate.

— Primeiramente tu reveja esse tom de voz pra falar comigo. — a olho — E segundo que eu não briguei com ninguém.

— Não foi isso que Isabelly me contou, você fez a menina cancelar quatro clientes com essa sua grosseira. — resmunga tirando seu cigarro do bolso.

— Eu não fiz ela cancelar nada, mas se por um caso ela fez isso, a culpa não é minha, Dayane. — suspiro — Você ao menos sabe o porquê de eu ter "brigado" com ela?

— Não, ela não me contou. Apenas disse que não iria trabalhar pelo resto da noite, pois você a chateou e ela não estava com cabeça pros clientes. — conta e eu sorrio irônica.

— Ela estava quase obrigando uma de nossas clientes a ficar com ela. — explico — Séria ótimo se tivéssemos fama de "abusadores" você não acha?

— Não, eu não acho, Ludmilla. — ela suspira alto — Mas que caralho, o que vamos fazer agora?

— Dayanne, você sabe o quanto Isabelly consegue ser dramática pra conseguir o que ela quer. — a olho — Amanhã ela já vai voltar a trabalhar, sossega.

— Isso vai ficar sobre sua responsabilidade, ok? — me olha séria e eu concordo com a cabeça sem ao menos me importar — Quem era a loira?

— Que loira? — finjo não saber do que ela estava falando.

— Não se faça de desentendida, Ludmilla, tô falando da loira que você estava quase devorando. — explica.

— É só uma amiga. — dou de ombros e me levanto — Olha, eu vou dar uma volta pela boate, cuida de observar as coisas.

Brunna - São Paulo 📍 22:50

Desorientada. Acho que essa é a palavra certa pra definir como eu estava depois de ter quase sugado os órgãos internos da Ludmilla. O sabor forte de sua bebida ainda está presente em minha boca enquanto eu tento de todas as formas possíveis explicar pras meninas que eu estava apenas tomando uma com a morena.

— Nós não somos bobas, você estava ficando com ela, Brunna. — Julianna fala em olhando.

— Não, eu não estava. — falo simples.

— Porque você não quer dizer a verdade? É muito melhor do que mentir, e aqui entre nós, você não sabe fazer isso. — Irys comenta.

— É Brunna, assume logo. Primeiro você estava conversando com a garota e depois foi conversar com a morena. — Ramona fala balançando seu corpo ao som da música.

— Tudo bem. — levanto minhas mãos em rendição — Eu fiquei com ela.

— Sua safada! — Ju desfere um tapa em meu ombro — Ainda fica com essa cara de boba.

— Vocês podem me deixar em paz agora? Eu estou muito afim de dançar essa música. — peço e elas me olham com a sobrancelha levantadas, como se quisessem aprofundar no assunto que eu não queria contar.

Elas decidiram me deixar em paz quando se deram conta de que eu realmente estava afim de dançar. Mas pro meu azar - ou pra minha sorte - Ludmilla chegou segurando minha cintura de forma firme e jogou meus cabelos pra um só lado, deixando parte do meu pescoço livre e depositou ali um beijo molhado.

— Eu não resisti, você estava muito sexy dançando. — sussurra em meu ouvido.

— Lud, não faz assim. — peço — Tem muita gente olhando pra nós, e minhas amigas também.

— Isso não é um problema pra mim, pra você é? — questiona enquanto minha bunda tocava sua intimidade, devido a nossa aproximação.

— Não, não é. — suspiro — Eu só não quero que ninguém pense que estou me aproveitando de você.

— Não começa de novo com esses papos, Bru, olha bem, nós não somos o centro das atenções aqui. — ela me mostra as pessoas concentradas em seus próprios mundos — Apenas suas amigas.

— Eu odeio elas. — falo e escuto a morena gargalhar alto enquanto acenava pras meninas que tinham um sorriso vitorioso nos lábios.

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Aconteceu o beijo!

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Só pra deixar claro que não são todas as pessoas da boate que sabem que Ludmilla é a dona!

Crazy In Love (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora