Capítulo 29

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Brunna - São Paulo 📍 07:50

Acordei com os fortes raios de sol entrando pelas gretas da janela. Puxei a coberta para cima do meu corpo e levei um susto ao ver Caio, sem roupa ao meu lado. Me levantei da cama em um só pulo e peguei minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão do quarto - que merda eu fui fazer - Não o acordei e fui direto para o meu quarto que estava com a porta entre aberta. Tomei um banho gelado pra tentar esquecer o desastre que foi a noite passada. Diferente de ontem, hoje está fazendo frio, então vesti um conjunto de moletom na cor cinza. Prendi meu cabelo em um coque frouxo e sai do quarto, indo em direção a cozinha.

Preparei um café forte e enchi uma xícara, dei um gole no líquido e finalmente senti o meu estômago esquentar. Me sentei no sofá da sala e liguei a televisão, em um volume baixo, para ainda não acordar o homem que quando eu sai do quarto, estava dormindo feito um anjo - que anjo... - Seu notebook estava carregando sobre a mesa de centro, a oportunidade perfeita. Tirei o equipamento da tomada e o abri, sobre meu colo. Coloquei a senha que ele havia me falado no dia anterior e acessei a tela inicial. Procurei pelo aplicativo de mensagens e o abri, não havia nenhuma mensagem diferente, apenas seus fúteis amigos conversando sobre mulheres e assuntos de futebol.

Passei meu olho por mais alguns aplicativos e encontrei o do hospital que Caio trabalha, existiam três contas logadas. Fiz questão de entrar em todas. Haviam códigos que eu não entendi, mas em um deles mostrava a inatividade do CRM do Caio. Logo embaixo, várias ocorrências, sendo uma delas a má prática da medicina, que foi levando em conta a morte de uma senhora de cinquenta anos de idade. Algumas denúncias e por fim a suspensão do seu CRM - nesse momento minha boca já tinha um perfeito O formado - Entrei nas outras duas contas e nelas haviam códigos de CRM e CPF diferentes, mas todos no nome do Caio.

Copiei os dados e enviei para o email do meu notebook. Desfiz o login no aplicativo e criei um documento sobre financias - apenas para ele achar que eu realmente usei a trabalho - fechei o notebook e deixei no mesmo lugar que estava antes. Não me importei com a tv ainda ligada e não fiz questão de desliga-la, apenas caminhei a passos rápidos até o meu quarto, pegando meu celular e o notebook em cima da cama. Pelo celular, entrei na minha conversa com Ludmilla, enquanto no notebook fiz o backup dos dados que me enviei. 

📱
Bru: Lud, bom dia!
Senti sua falta nessa noite!
Eu preciso conversar com você.
É um assunto urgente.
Pode me encontrar na minha empresa?
📱

Enviei as mensagens e torci para que ela me respondesse rápido, mas demorou cerca de vinte minutos para mim obter sua resposta.

📱
Lud: Bom dia, Bu!
Eu também senti sua falta.
Mal consegui dormir.
Estou preocupada com esse assunto.
Me envia o endereço da sua empresa.
Vou me arrumar e ir direto para lá.
📱

Não pensei duas vezes e assim que o celular vibrou eu enviei a localização da empresa e liguei para Mario Jorge, para permitir sua entrada - sem identificação. Coloquei meu notebook dentro de uma mochila e peguei o carregador do celular. Passei no quarto do Caio e o acordei dizendo que estava indo para uma reunião de emergência. Ele apenas soltou um som nasal e trocou de lado na cama.

O dia está tranquilo, apenas alguma crianças brincando nas calçadas das ruas, enquanto seus pais mexem no celular. Fiz o trajeto até a empresa em quinze minutos. Avistei o carro da morena estacionado ao fim da rua e deixei o meu enfrente a faixada da empresa.
Assim que entrei a secretária lançou um sorriso em minha direção e eu apenas retribui com um aceno. Por sorte o elevador está vazio, me fazendo chegar em minha sala poucos segundos mais cedo.

Crazy In Love (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora