Brunna - São Paulo 📍 07:50
Acordei com os fortes raios de sol entrando pelas gretas da janela. Puxei a coberta para cima do meu corpo e levei um susto ao ver Caio, sem roupa ao meu lado. Me levantei da cama em um só pulo e peguei minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão do quarto - que merda eu fui fazer - Não o acordei e fui direto para o meu quarto que estava com a porta entre aberta. Tomei um banho gelado pra tentar esquecer o desastre que foi a noite passada. Diferente de ontem, hoje está fazendo frio, então vesti um conjunto de moletom na cor cinza. Prendi meu cabelo em um coque frouxo e sai do quarto, indo em direção a cozinha.
Preparei um café forte e enchi uma xícara, dei um gole no líquido e finalmente senti o meu estômago esquentar. Me sentei no sofá da sala e liguei a televisão, em um volume baixo, para ainda não acordar o homem que quando eu sai do quarto, estava dormindo feito um anjo - que anjo... - Seu notebook estava carregando sobre a mesa de centro, a oportunidade perfeita. Tirei o equipamento da tomada e o abri, sobre meu colo. Coloquei a senha que ele havia me falado no dia anterior e acessei a tela inicial. Procurei pelo aplicativo de mensagens e o abri, não havia nenhuma mensagem diferente, apenas seus fúteis amigos conversando sobre mulheres e assuntos de futebol.
Passei meu olho por mais alguns aplicativos e encontrei o do hospital que Caio trabalha, existiam três contas logadas. Fiz questão de entrar em todas. Haviam códigos que eu não entendi, mas em um deles mostrava a inatividade do CRM do Caio. Logo embaixo, várias ocorrências, sendo uma delas a má prática da medicina, que foi levando em conta a morte de uma senhora de cinquenta anos de idade. Algumas denúncias e por fim a suspensão do seu CRM - nesse momento minha boca já tinha um perfeito O formado - Entrei nas outras duas contas e nelas haviam códigos de CRM e CPF diferentes, mas todos no nome do Caio.
Copiei os dados e enviei para o email do meu notebook. Desfiz o login no aplicativo e criei um documento sobre financias - apenas para ele achar que eu realmente usei a trabalho - fechei o notebook e deixei no mesmo lugar que estava antes. Não me importei com a tv ainda ligada e não fiz questão de desliga-la, apenas caminhei a passos rápidos até o meu quarto, pegando meu celular e o notebook em cima da cama. Pelo celular, entrei na minha conversa com Ludmilla, enquanto no notebook fiz o backup dos dados que me enviei.
📱
Bru: Lud, bom dia!
Senti sua falta nessa noite!
Eu preciso conversar com você.
É um assunto urgente.
Pode me encontrar na minha empresa?
📱Enviei as mensagens e torci para que ela me respondesse rápido, mas demorou cerca de vinte minutos para mim obter sua resposta.
📱
Lud: Bom dia, Bu!
Eu também senti sua falta.
Mal consegui dormir.
Estou preocupada com esse assunto.
Me envia o endereço da sua empresa.
Vou me arrumar e ir direto para lá.
📱Não pensei duas vezes e assim que o celular vibrou eu enviei a localização da empresa e liguei para Mario Jorge, para permitir sua entrada - sem identificação. Coloquei meu notebook dentro de uma mochila e peguei o carregador do celular. Passei no quarto do Caio e o acordei dizendo que estava indo para uma reunião de emergência. Ele apenas soltou um som nasal e trocou de lado na cama.
O dia está tranquilo, apenas alguma crianças brincando nas calçadas das ruas, enquanto seus pais mexem no celular. Fiz o trajeto até a empresa em quinze minutos. Avistei o carro da morena estacionado ao fim da rua e deixei o meu enfrente a faixada da empresa.
Assim que entrei a secretária lançou um sorriso em minha direção e eu apenas retribui com um aceno. Por sorte o elevador está vazio, me fazendo chegar em minha sala poucos segundos mais cedo.
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Crazy In Love (Brumilla)
Fiksi PenggemarLudmilla Oliveira (27 anos): Uma empresária do ramo de prostituição possuí uma boate no centro de São Paulo. Durante as noites, várias mulheres passam por ali, entregando seu corpo em troca do dinheiro. Ludmilla por sua vez, não se entrega a esse ní...