Capítulo 28

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Brunna - São Paulo 📍 21:49

Com o olhar intenso do homem sobre mim, vesti meu pijama e me deitei ao seu lado. O seu perfume enjoou meu estômago - ou é apenas saudades do da morena - suspirei cansada e senti seus braços ao redor do meu corpo. Fechei os olhos e criei um pouco de coragem para tocar seu rosto, que está sendo iluminado pela lua cheia - graças a janela que está aberta - ele sorriu carinho e beijou meus lábios, de forma carinhosa.

– Sabe, Bru. – fala depois de uns minutos em silêncio – Aquele dia eu errei com você, fui um homem muito babaca e fiz coisas que não deveria ter feito.

– Caio, isso já passou. – o olho calma.

– Não Bru. – ele suspira – Pode ter passado pra você, mas aqui dentro de mim, eu ainda estou arrependido. Sei que você esperava muito mais de mim.

– Não foi bem isso. – desvio nossos olhares – Eu só fiquei com medo – confesso – Você sempre me tratou tão bem e de repente me tratou de forma agressiva.

– Me doeu muito saber que você estava se envolvendo com uma mulher. – fala triste.

– Ela não foi a primeira. – falo sem pensar e sinto seu olhar sobre mim – Eu estou sendo sincera.

– Tudo bem. – desvia o olhar – Mas o que me doeu mais, foi você ter escolhido alguém como ela.

– Como assim alguém como ela? – questiono para saber onde ele queria chegar com esse assunto.

– Ah Bru, você sabe. – se ajeita na cama.

– Não, eu não sei. – sento na cama – Como assim, alguém como ela?

– Eu acho melhor a gente ir dormir, eu não quero brigar, justo hoje que estamos tão bem. – puxa o edredom para cima do seu corpo.

– Eu quero conversar, Caio. Desculpa se me alterei. – volto a me deitar – Me conta o que está se passando na sua cabeça.

– É que ela... – coça os cabelos – Bom, ela tem um nível social bem a baixo do nosso.

– Não adianta ser rico e não ter felicidade. E me diz, quem te disse que ela não é bem de vida? – pergunto curiosa.

– A gente percebe. – fala óbvio – Primeiro que naquela boate não é servido nenhuma bebida de qualidade, as garotas parecem ser prostitutas de rua, se você visse os quartos que elas atendem os clientes...

– Caio. – solto uma gargalhada alta – Como você sabe disso tudo? Esteve frequentando a Boom Room?

– N-não. – se apressa para falar, mas nesse exato momento eu tive a certeza de que tudo que ele sabe, vem de alguém da boate – Eu tenho amigos que já foram lá e me contaram.

– Entendi. – falo simples – Mas Caio, quando a gente para de se aproximar das pessoas por questões financeiras, a gente começa a conhecer as melhores pessoas.

– Não consigo me misturar com essa gente. É como se eu estivesse me misturando com porcos. – resmunga – Mas voltando ao nosso assunto... Eu realmente estou muito feliz com essa sua mudança.

– Também estou. – minto, até porque não existe mudança nenhuma – Amanhã eu posso usar seu notebook para resolver umas coisas da empresa? O meu está sem memória.

– Claro que pode, amor. A senha é a data do nosso casamento. – conta – Já vamos dormir?

– Eu vou. Estou muito cansada e amanhã tenho várias coisas pra resolver. – me ajeito na cama.

– Tudo bem. – ele me abraça em forma de conchinha – Eu também vou tentar dormir. Mas é impossível com esse seu perfume de lavanda, é o meu cheiro favorito. – passa o nariz por meu pescoço.

Crazy In Love (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora