Brunna - São Paulo 📍 21:49
Com o olhar intenso do homem sobre mim, vesti meu pijama e me deitei ao seu lado. O seu perfume enjoou meu estômago - ou é apenas saudades do da morena - suspirei cansada e senti seus braços ao redor do meu corpo. Fechei os olhos e criei um pouco de coragem para tocar seu rosto, que está sendo iluminado pela lua cheia - graças a janela que está aberta - ele sorriu carinho e beijou meus lábios, de forma carinhosa.
– Sabe, Bru. – fala depois de uns minutos em silêncio – Aquele dia eu errei com você, fui um homem muito babaca e fiz coisas que não deveria ter feito.
– Caio, isso já passou. – o olho calma.
– Não Bru. – ele suspira – Pode ter passado pra você, mas aqui dentro de mim, eu ainda estou arrependido. Sei que você esperava muito mais de mim.
– Não foi bem isso. – desvio nossos olhares – Eu só fiquei com medo – confesso – Você sempre me tratou tão bem e de repente me tratou de forma agressiva.
– Me doeu muito saber que você estava se envolvendo com uma mulher. – fala triste.
– Ela não foi a primeira. – falo sem pensar e sinto seu olhar sobre mim – Eu estou sendo sincera.
– Tudo bem. – desvia o olhar – Mas o que me doeu mais, foi você ter escolhido alguém como ela.
– Como assim alguém como ela? – questiono para saber onde ele queria chegar com esse assunto.
– Ah Bru, você sabe. – se ajeita na cama.
– Não, eu não sei. – sento na cama – Como assim, alguém como ela?
– Eu acho melhor a gente ir dormir, eu não quero brigar, justo hoje que estamos tão bem. – puxa o edredom para cima do seu corpo.
– Eu quero conversar, Caio. Desculpa se me alterei. – volto a me deitar – Me conta o que está se passando na sua cabeça.
– É que ela... – coça os cabelos – Bom, ela tem um nível social bem a baixo do nosso.
– Não adianta ser rico e não ter felicidade. E me diz, quem te disse que ela não é bem de vida? – pergunto curiosa.
– A gente percebe. – fala óbvio – Primeiro que naquela boate não é servido nenhuma bebida de qualidade, as garotas parecem ser prostitutas de rua, se você visse os quartos que elas atendem os clientes...
– Caio. – solto uma gargalhada alta – Como você sabe disso tudo? Esteve frequentando a Boom Room?
– N-não. – se apressa para falar, mas nesse exato momento eu tive a certeza de que tudo que ele sabe, vem de alguém da boate – Eu tenho amigos que já foram lá e me contaram.
– Entendi. – falo simples – Mas Caio, quando a gente para de se aproximar das pessoas por questões financeiras, a gente começa a conhecer as melhores pessoas.
– Não consigo me misturar com essa gente. É como se eu estivesse me misturando com porcos. – resmunga – Mas voltando ao nosso assunto... Eu realmente estou muito feliz com essa sua mudança.
– Também estou. – minto, até porque não existe mudança nenhuma – Amanhã eu posso usar seu notebook para resolver umas coisas da empresa? O meu está sem memória.
– Claro que pode, amor. A senha é a data do nosso casamento. – conta – Já vamos dormir?
– Eu vou. Estou muito cansada e amanhã tenho várias coisas pra resolver. – me ajeito na cama.
– Tudo bem. – ele me abraça em forma de conchinha – Eu também vou tentar dormir. Mas é impossível com esse seu perfume de lavanda, é o meu cheiro favorito. – passa o nariz por meu pescoço.
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Crazy In Love (Brumilla)
FanfictionLudmilla Oliveira (27 anos): Uma empresária do ramo de prostituição possuí uma boate no centro de São Paulo. Durante as noites, várias mulheres passam por ali, entregando seu corpo em troca do dinheiro. Ludmilla por sua vez, não se entrega a esse ní...