Brunna - São Paulo 📍 12:10
Mário Jorge entrou em minha sala um pouco depois da minha conversa com Ludmilla ter um ponto final. Ele me disse que haviam uns papéis que precisavam da minha assinatura para ser enviada pras filiais. Ele se sentou de frente para mim, e ainda está aqui, fazendo anotações na sua agenda. Enquanto eu estou passando minhas mãos pelos papéis, sinto o olhar intenso de Ludmilla sobre mim - eu a pedi para que ficasse, com a promessa de que a levaria para almoçar quando eu terminasse - Sorri em sua direção e voltei meu olhar para o papel, mais uma vez assinado meu nome completo. Quando percebi que ela se distraiu, cutuquei Mario com a caneta e ele me olhou confuso.
- O que foi? - perguntou curioso.
- Faz uma reserva para duas pessoas no Paris 6, por favor. - peço e ele sorri de lado - E liga para aquela floricultura e pede um buquê de rosas vermelhas, vou pegar lá, quando sair do restaurante.
- Porque você é assim com ela? - pergunta e eu o olho confusa.
- Assim como, amigo? - questiono.
- Você cuida dela como se ela fosse um bebê, é toda delicada, como se estivesse segurando um vidro precioso. - suspira - Desde quando você conheceu ela, se tornou outra pessoa.
- Eu me sinto bem ao lado dela. - deixo a caneta sobre a mesa e encaro a morena que está distraída jogando um joguinho em seu celular - É como se eu tivesse encontrado uma parte de mim.
- Sua melhor parte. - ele reforça - Sei que sua vida é toda bagunçada, e eu nunca te apoiei nessas suas aventuras. Mas eu tô torcendo muito pra isso tudo dê certo.
- Eu vou fazer dar. - o olho - Custe o que me custar.
- Como vai fazer em relação ao Caio? - me pergunta - Ela não merece ser sua segunda opção, ou receber apenas metade do seu coração.
- Eu sei disso, eu sinto que ela me quer por inteiro. - suspiro - E vai me ter - sorrio - Já estou conversando com um advogado, para entrar com o processo de divórcio. Ele me disse que tudo fica pronto até o final dessa tarde.
- Quando se tem dinheiro, tudo é bem mais rápido e prático, não é? - gargalha atraindo a atenção da morena.
- Meu querido, quem tem poder tem tudo. - volto a pegar a caneta - Você já fez o que eu te pedi?
- Vou fazer agora, patroa. - retira o celular do bolso - Vou poder ir junto?
- Ah migo, depois eu vejo com elas, se tem algum problema. - falo sincera - Se por ela estiver tudo bem, você pode ir.
- Tudo bem, eu não quero ser vela sozinho mesmo. - finge não se importar.
Depois te terminar de assinar todas as folhas me levanto e deixo com que Mario verifique os e-mail dos representantes. Caminho até o pequeno frigobar, pego uma garrafa de água para mim e uma para Ludmilla, vou até ela e me sento no pouco espaço que sobrou do sofá. Ela sorri abertamente ao me ver e eu lhe entrego a garrafa.
- Desculpa fazer você me esperar tanto. - me desculpo - Mas eu já estou livre agora.
- Não precisa se desculpar, Bu. - ela se ajeita no sofá, me dando mais espaço - Não foi tão ruim ficar aqui.
- Menos mal, então. - beijo seus lábios - Eu fiz uma reserva pra gente, em um restaurante muito bom.
- Sério? - concordo com a cabeça - Você está me acostumando muito mal.
- Você merece, Lud. - sorrio fofa - Mas tem um pequeno detalhe.
- Qual? - pergunta curiosa.
- O Mário queria ir com a gente. - conto - Eu disse a ele que iria te perguntar, pra ver se tem algum problema.
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Crazy In Love (Brumilla)
FanficLudmilla Oliveira (27 anos): Uma empresária do ramo de prostituição possuí uma boate no centro de São Paulo. Durante as noites, várias mulheres passam por ali, entregando seu corpo em troca do dinheiro. Ludmilla por sua vez, não se entrega a esse ní...