Acho que essa é a pior "briga" que elas vão ter nessa fanfic. Mas elas não se ajeitar, e tudo vai ficar muito bem. (Avisando antes que vocês fiquem com raiva de mim kkkk)
----------------------------------------------------Ludmilla - São Paulo 📍
Segunda - 01:15 da madrugadaÓdio. Fúria. Raiva. Mágoa.
Todos esses sentimentos eu estou sentindo contra mim mesmo. Eu fui uma pessoa ruim, totalmente ruim e se eu fosse ela jamais me perdoaria - e esse é o meu maior medo - Faz quase duas horas em que ela saiu de casa e não retornou, e nem ao menos me deu um sinal de que esteja bem - na verdade ela não está bem - Liguei para Daiane e ela nao está na boate, liguei para suas amigas e elas me disseram que não conversaram com ela hoje. Abri as câmeras da empresa - que ficam conectadas em meu celular - E ela não foi pra lá. Liguei para Mário Jorge e todas as ligações caem na caixa postal.
Vesti uma blusa de frio por cima da camisa larga que estou usando e peguei as chaves do carro, para ir - sem rumo - a procurar por São Paulo. Mas ao abrir a porta da sala, ela estava fazendo o mesmo do outro lado. Mas diferente de mim, ela queria adentrar o AP, e claro eu a deixei entrar assim que percebi sua intenção. Suspirei aliviada, sabendo que nada de ruim havia acontecido com ela e voltei a fechar a porta. Ela não disse nada, apenas se sentou no sofá da sala e ligou a TV.
- Onde você foi? - questionei depois de breves segundos, ainda de pé.
- Conversar com o Mário. - falou simples e pela sua voz, era notório que ela havia chorado. E muito.
- Fiquei preocupada. - confessei e ela continuou em silêncio - Bru, vamos conversar. Eu sei que errei...
- Ludmilla, agora não. - ela falou calma, mas me chamou pelo nome, não me dando abertura para continuar a conversa - Eu estou muito triste e não quero brigar.
- Me perdoa. - sussurei contando as lágrimas.
- Nesse momento eu não consigo fazer isso, mas amanhã é um novo dia e vamos ter a oportunidade de conversar. - ela sorriu sem mostrar os dentes.
- Olha, eu vou ligar pra minha mãe e dizer que não posso ficar com o Michel. - falei apressada, quase embolado.
- Ludmilla, esse não é o problema. - negou com a cabeça como se eu tivesse falado algo ainda pior - Nós vamos ficar com ele, mas esse não é o problema.
- Eu sei que eu falei uma coisa ruim pra você. Foi na hora da raiva. - me aproximei - Isso não anula o meu erro e eu sei o quanto isso é triste.
- Eu não quero ter essa conversa agora. - voltou a falar - Podemos conversar quando o dia amanhecer. Mas hoje não.
- Tudo bem, Bru. - suspirei - Eu só quero que você saiba que eu te amo muito.
- Eu também te amo. - ela falou sem reação.
- Vamos dormir? - tentei mudar de assunto.
- Pode ir. Eu cochilei aquela hora, não estou com sono. - voltou a olhar para a televisão.
- Tudo bem. - suspirei novamente - Vou ir.
- Boa noite, dorme bem. - falou sem me olhar.
- Boa noite, Bru. - deixei um beijo em sua testa.
( 08:00 ) - segunda-feira
Não sei quando Brunna se deitou, nem sei se ela chegou a fazer isso, porque quando eu me levantei ela não estava na nossa cama. E ao ir para a sala a vi no mesmo lugar de ontem, a única coisa que mudava era sua roupa - agora ela está usando um vestido longo na cor rosa - E seus cabelos presos em um coque frouxo - ela é linda - Passei por ela com a cabeça um pouco baixa, evitando um contato visual, e ela pareceu não se importar com isso, já que nem ao menos me cumprimentou.
Chegando na cozinha, Nete estava fazendo o nosso café da manhã. Ela mantinha um semblante sério e apenas pronunciou um "bom dia", quando me viu no cômodo. Me sentei a mesa e fiquei a observando, até ela não conseguir segurar o que estava engasgado em sua garganta.
- Com todos esses anos que te conheço, eu pensava que você fosse uma mulher mais madura. - falou sem me olhar.
- Porque diz isso? - perguntei triste.
- Você sabe o porquê. Não precisa de mim, ou qualquer outra pessoa te falar. - me olhou - Olha como a menina está triste, Ludmilla.
- Ela conversou com você? - segurei o choro.
- Foi a primeira coisa que ela fez, assim que eu coloquei o pé dentro desse apartamento. - suspirou - Você errou muito.
- Eu sei. - foi a única coisa que eu disse - Mas se coloca no meu lugar. Eu não fazia idéia de que eu tenho uma irmã e principalmente um sobrinho que precisa de mim.
- Você continua errado. - ela sorriu sem vontade - A menina está pouco ligando pra esse detalhe, ela está triste pela forma que você falou com ela. Você acha que é fácil pra uma mulher saber que não pode ter um filho? - falou entre os dentes, para que ela não escutasse da sala.
- Eu falei na hora da raiva, eu sei que isso é ruim. - suspirei - Eu me arrependo de ter falado daquela forma, porque eu prometi pra ela e pra mim mesmo que cuidaria dela e não a machucaria.
- A situação não está boa pra você. Pra você ter uma noção, ela te comparou com o antigo relacionamento dela. - arregalei os olhos.
- Eu não sou igual aquele filho da puta. - alterei meu tom de voz.
- Você vai ter que mostrar isso pra ela, e não vai ser só com palavras. - voltou a sua atenção para as panelas e eu me encostei na cadeira, acreditando o fato de eu ter fracassado.
- Nete! - ela chamou a mais velha e eu virei para ver seu rosto - Hoje eu venho almoçar em casa, se não for muito custo, pode fazer o almoço? - quesitonou parada na porta.
- Claro, Brunna. - ela sorriu - Algum cardápio em específico?
- Batata frita. - sorriu simples.
- Quando a senhora chegar vai ter muita batata frita. - era notório que ela estava tentando animar minha namorada.
- Obrigada. - agradeceu e seu olhar frio caiu sobre mim - Eu vou ter três reuniões agora pela manhã, então não fica me ligando ou ache que eu fui sequestrada.
- Tá bom. - a olhei triste - Você quer que eu te leve? - tentei manter uma conversa.
- Eu tenho carteira de motorista e um carro. - sorriu um pouco forçado, para fingir não estar sendo grosseira - E se eu não tivesse, pediria um uber. Vai que daqui um tempo você jogue na minha cara que me deu uma carona. - falou séria.
- Bru. - me levantei e aproximei dela, que permaneceu imóvel - Vamos conversar antes de você sair, eu estou arrependida.
- Eu preciso trabalhar. Talvez quando eu voltar, as cinco horas da tarde, a gente tenha essa conversa. - me olhou - E Daiane pediu para mim te avisar que ela não vai poder ir trabalhar hoje e que é pra você ir.
- Porque ela não disse isso direito a mim? - questionei confusa.
- Não sei, talvez ela não queira ficar escutando você jogar as coisas na cara dela. - foi a última coisa que ela disse antes de sair.
Escutei a risada baixa da Nete, como quem gostou muito de ouvir esse diálogo. Senti meu sangue ferver e nem ao menos esperei o café da manhã ficar pronto, só voltei pro quarto e me joguei sobre a cama, tentando encontrar uma forma perfeita de quebrar a casca grossa que Brunna criou de ontem para hoje.
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Todos nós sabemos que dar gelo e ser grossa é a especialidade da brunninha, porque ela fazia isso muito bem com o Caio. Hehehe
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Crazy In Love (Brumilla)
FanfictionLudmilla Oliveira (27 anos): Uma empresária do ramo de prostituição possuí uma boate no centro de São Paulo. Durante as noites, várias mulheres passam por ali, entregando seu corpo em troca do dinheiro. Ludmilla por sua vez, não se entrega a esse ní...