Capítulo 87

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Ludmilla

🏙️ Vila Olímpia (São Paulo)

📆 Quinta-feira - 🕚 11:10

Assim como foi planejado pela minha loira, nosso filho teve alta as 7 horas da manhã, pelo médico que estava de plantão. O último raio x certificou que os medicamentos foram eficazes e o Doutor fez uma receita para que a gente cuidasse do menino na nossa própria casa. Compramos tudo na farmácia mais próxima e pelo valor, esses medicamentos tem que liberar o Michel de qualquer doença pelos próximos quinze anos de vida.

Chegamos em nosso apartamento pela manhã e fomos todos recepcionados com um grande café da manhã feito por nossa querida Nete. A loira comeu apenas um pão de queijo e se retirou dizendo que estava precisando de um banho e que iria tentar recuperar o sono perdido nesses dias. Já eu e o menino, comemos de tudo que tinha sobre a mesa: pão de queijo, bolo de cenoura, presunto e mussarela, pão francês, pão com creme, panquecas, torradas, iogurte, suco de laranja, leite e chocolate quente.

Depois de não conseguir mais comer, ele correu em direção ao seu quarto. Onde se enfiou e fechou a porta dizendo que iria recuperar o tempo perdido - ou seja, ele apenas queria colocar outros nomes nos seus ursos de pelúcia - Como a Nete está por aqui hoje, não me preocupei em deixar o menino por lá e ir até meu quarto, tomar um banho.

Entrei no cômodo com cuidado e vi a dona do meu coração dormindo tranquila sobre a cama de casal. Fui até o closet e peguei uma das maiores camisas e uma calcinha. Caminhei até o banheiro e tomei um longo banho na água quente, vesti a roupa e assim como a loira, me joguei sobre a cama e suspirei pesado.

O ar condicionado está ligado no 18 graus, deixando o quarto gelado o suficiente para que a gente usasse a coberta. Ainda com cuidado toquei a cintura da mulher por cima da blusa de pijama que ela está usando e a puxei para mais próxima de mim, ficando na posição conchinha. Coisa que a gente não fazia a muito tempo.

Acordei cinco horas depois na mesma posição em que dormi. Mas agora sozinha sobre a cama fria. Abri meus olhos e me certifiquei que o sol já está forte, do lado de fora. Me levantei após um tempo e sai do quarto, indo em direção onde eu escutava as risadas do Michel e da Brunna. Encontrei eles na sacada da sala de estar, brincando com um gatinho.

— De onde veio esse bicho? — perguntei assutada, ao ver o animal me olhando, como se eu fosse um belo prato de ração.

— Apareceu por aqui. — Brunna contou passando os dedos pelos pelos do animal — Não é lindo?

— Não. — falei séria — Michel, foi você que colocou esse animal aqui dentro de casa? — questionei.

— Não, mamãe. Eu encontrei esse gatinho aqui. — gesticulou com as mãozinhas — Ele estava chorando.

— Michel, eu não vou repetir a minha pergunta. — continuei séria — Foi você que trouxe esse gato aqui pra casa?

— Ele já disse que não, Ludmilla. Não precisa disso tudo. — a loira me olhou sem entender — É só um gato, não um monstro selvagem.

— Podemos ficar com ele, não é? — o menino questionou se abaixando para olhar o animal que ainda me encarava.

— Eu não quero ver esse bicho dentro da minha casa. — bati o pé para que o animal se assustasse — Sai fora.

— Não, mamãe. — o menino segurou minha mão — Ele não morde. É só um gatinho.

— Michel, não testa a minha paciência. Eu já disse que não quero esse animal aqui dentro de casa. — falei séria e o afastei de mim.

Crazy In Love (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora