Brunna - São Paulo 📍
Sexta-feira - 03:15 da madrugada- Eu não posso fazer isso com a Lud, Maya. Por favor. - tentei me controlar enquanto sentia a mulher depositar beijos molhados em meu ombro.
- Eu sei que você quer. - ela apertou minha cintura, me fazendo chegar para mais próximo do seu corpo - Ela tá dormindo, não precisa saber.
- Você vai acabar com o meu namoro, não faz assim. - toquei seu rosto com a ponta dos dedos.
- Eu vou repetir... - ela se aproximou da minha orelha e sussurrou - Ela não vai saber, a não ser que você vai contar.
- Eu não vou contar. - falei manhosa.
Sua boca se aproximou da minha em um simples selinho, mas ela foi muito rápida em pedir passagem com a língua. O beijo dela é muito diferente de todos que eu já provei na vida, até mesmo do de Ludmilla. Me apoiei na mesa que está em minhas costas e trouxe ela para ainda mais perto. Suas mãos ainda seguram minha cintura de forma possessiva, enquanto eu arranhava sua nuca e puxava as mechas do seu cabelo.
- Brunna. - escutei a voz da Ludmilla e me afastei da mulher que estava ofegante, assim como eu - Brunna? - Ludmilla voltou a repetir meu nome, como se quisesse acreditar no que estava vendo - Brunna!
- Oi, Ludmilla. - acordei um pouco ofegante, enquanto escutava Ludmilla praticamente me gritar, em pé do meu lado na cama - O que houve?
- Você parecia estar morta. - falou me olhando curiosa - Eu preciso sair, e a Maya não virá hoje, disse que está um pouco doente. Você consegue ficar com o Michel, enquanto eu fico fora?
- Consigo. - falei tentando entender tudo que a morena estava falando - Já está saindo?
- Sim, devo voltar depois do almoço. - falou enquanto arrumava sua bolsa.
- Quer que eu faça o café? - perguntei e ela negou com a cabeça - Certeza?
- Sim! Eu vou passar em uma cafeteria com a Dai, antes da gente ir pro escritório. - explicou - Qualquer coisa com o Michel você me liga, ok?
- Ok! - falei antes dela sair pela porta do quarto.
Voltei a fechar meus olhos e soltei todo o ar que estava preso em meus pulmões - que merda de sonho foi esse? - Passei a mão pela cama e achei meu celular debaixo do travesseiro. O liguei e me certifiquei das horas, 7:45. Eu não tenho a mínima possibilidade de ficar com o Michel hoje, porque o Mário e o Erick estão a caminho de Dubai e eu terei que ficar a frente da empresa, fazendo todos os serviços deles, mas eu jamais negaria o pedido de uma namorada que está furiosa comigo e também não deixaria o Michel com qualquer pessoa.
Demorei quase meia hora para criar coragem e me levantar da manhã e ir tomar um banho para começar o dia. Depois disso, vesti minha roupa e prendi o meu cabelo em um rabo de cavalo alto. Fui até o quarto do pequeno e o encontrei ainda dormindo. Aproveitei o momento e fiz um simples café, para tomar enquanto deslizava meu dedo sobre a tela do celular, lendo algumas notícias do mundo da cliptomedas.
O pequeno acordou eram quase nove horas - o horário que eu deveria estar na empresa - Eu o arrumei rápido e o levei junto comigo. Recebi alguns olhares curiosos ao chegar na empresa, até porque não eram todos que sabiam desse grande detalhe da minha vida. Subi rapidamente para a minha sala e pedi o menino para se sentar no pequeno sofá.
- Trabalhar? - ele perguntou curioso, como se quisesse entender o que eu iria fazer.
- Sim, lindo. Trabalhar. - repeti e ele continuou curioso.
- O que é? - questionou.
- Eu trabalho pra ganhar dinheiro e com dinheiro, eu compro presente pro Michel. - falei de forma divertida para que ele entendesse.
- Ganhar presente? - ele ficou de pé e caminhou até mim - Quero bala e picolé.
- Não é ganhar presente hoje. - segurei a risada - Primeiro eu preciso trabalhar e só depois vem o dinheiro.
- Neném não vai ganhar bala e nem picolé? - perguntou um pouco triste e eu acabei mudando de idéia.
- Você vai ganhar, mas só depois que eu trabalhar. Quando a gente sair daqui podemos comprar bala e picolé. Tudo bem? - ele concordou com a cabeça e voltou a se sentar.
Preenchi várias planilhas ainda naquele momento, mas percebi que o menino estava ficando entediado, já que ele me encarava de forma casada. Tirei meu celular da bolsa e entreguei para que ele jogasse um jogo ou assistisse algum desenho. E assim ele fez pelo restante da manhã.
Ludmilla - São Paulo 📍
Sexta-feira - 8:50- Elas iam ficar? - Daiane perguntou surpresa, enquanto eu dava um gole no café amargo, sem açúcar.
- Não sei, amiga. - falei sincera - Talvez sim, talvez não. Não gosto de pensar muito sobre isso, porque eu fico brava e triste.
- O que a Brunna disse? - perguntou me olhando.
- Que se quisesse ficar com ela, tinha ficado e eu não saberia. - contei e ela gargalhou baixinho - Qual foi, Dai?
- Desculpa! - levantou as mãos em sinal de rendição - Mas ela só disse isso?
- Hum, não. - dei mais um gole no café - Também disse que me ama e que não queria ficar com ela. Mas isso foi só depois que a gente chegou em casa.
- E a babá? - questionou.
- Na hora ela ficou com aquela cara de trouxa dela. - revirei os olhos - Eu não estou afim de ver ela dentro da minha casa. Mas é um saco saber que o Mi, se apegou a ela e vai ser mais uma perda caso eu a demita.
- Mas, Lud. Se a Brunna disse que não ficou, é porque realmente não devem ter ficado. - deu um gole no seu suco de laranja - Você precisa confiar nela e ter um pouco de razão.
- Mas, amiga. Meu começo com a Bru não foi grandes coisas. Imagina se ela encontra outra pessoa e faz comigo a mesma coisa que fez com o Caio. - falei triste.
- Eu não acredito nessa hipótese. Por mais que seja invisível aos seus olhos, vocês são um casalzão. Agora tem um filho e se fosse pra ela te trair, ela nem estaria dormindo com você. - deu de ombros - Confia um pouco mais, mas também não seja palhaça.
- Imagina se eu estiver sendo corna?!
- Já consigo ver o chifre daqui. - brincou e eu deixei um tapa em seu braço.
Tomamos nosso café entre mais algumas brincadeiras e depois seguimos para o escritório do seu pai, que fica quase do outro lado da cidade.
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Antes que beiguem comigo, amo vcs.
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Crazy In Love (Brumilla)
FanfictionLudmilla Oliveira (27 anos): Uma empresária do ramo de prostituição possuí uma boate no centro de São Paulo. Durante as noites, várias mulheres passam por ali, entregando seu corpo em troca do dinheiro. Ludmilla por sua vez, não se entrega a esse ní...