Ludmilla
Gonçalves'Coin
📆 Terça-feira - 🕚 16 horas
Eu e meu filho ficamos horas esperando pela Brunna, sentados na recepção do andar em que fica seu escritório. Eu a vi se exaltar, e também a vi suspirar fracassada e por fim a vi se despedindo a mulher e do homem que a acompanharam por toda a empresa. Antes de vim até mim, ela teve uma rápida reunião com Mario Jorge. Michel já estava exausto de ter que ficar sentado naquela cadeia apenas brincando com o celular que eu dei para que ele se distraísse. Quando ele viu sua mãe se aproximar, correu até ela e a deu um abraço apertado, fazendo a loira afundar seu rosto no pescoço do pequeno, que gargalhou com a suposta cócegas que isso causou.
- Bu, eu já estava ficando cansado. - ele disse de forma engraçada e fez uma careta - Até o tio Mário veio me abraçar e você não.
- Oh, meu pequeno. - ela beijou sua testa antes de colocar no chão - Desculpa a mamãe. Eu tava resolvendo muitas coisas chatas, por isso demorei. Mas estou aqui agora.
- Tudo bem, mamãe. - falou manhoso - Mas nós vamos tomar sorvete? Eu quero um de morango com cobertura de cocolate.
- Filho, a mamãe está cansada. Nós vamos tomar sorvete outro dia. - falei me metendo no diálogo deles - E sua boca não está doendo?
- Está. - ele fez um biquinho e voltou a pedir colo pra mulher que estava de pé - Olha só mamãe, você viu o meu dodói?
- Eu vi. - ela suspirou - Me conta como que isso aconteceu. - pediu e o menino explicou - Tem certeza que você nao quer ir no médico pra ver se está tudo bem? - questionou para ele que negou com a cabeça.
- Está tudo bem, Brunna. Foi apenas um corte, nada muito grave. - a tranquilizei - Só trouxe ele, porque ficou manhoso pra te ver. Não sabia que você estava em uma reunião importante.
- Eu esqueci de te avisar sobre isso. Fiquei a manhã toda planejando as coisas. - ela me olhou cansada - Mas não tem problema, ter vindo.
- E o sorvete? - o pequeno atrapalhou nossa pequena interação - Não vamos tomar?
- Hoje não. - falei antes que a loira cedesse o pedido - Outro dia nós podemos ir. Que tal a gente ir pra casa, tomar um banho e pedir uma pizza?
- Eu gosto de pizza. - analisou a situação - E você vai com a gente, não é Bu? - voltou a encarar a mulher que estava com ele no colo.
- Pequeno, você sabe que não podemos mais morar juntos, se lembra? - ela explicou com calma, mas que mal havia apenas comer uma pizza com nosso filho? - Você vai com a mamãe comer a pizza e eu vou lá pra outra casa.
- Mas eu não gosto assim. - ele ameaçou a chorar, mas fomos interrompidos por Mário Jorge, que já estava pronto pra ir embora e isso chamou a atenção do menino - Oi Titio.
- Oi, meu lindo. Você ainda está por aqui. - o homem questionou o apertando - Porque está triste? A sua mãe chata está brigando com você? - se referiu a Brunna que revirou os olhos.
- Não, a Bu não quer ir comer pizza comigo e com a mamãe. - resmungou - Agora ela mora na outra casa e só fica por lá.
A vontade que nós tínhamos era de se enfiar em um buraco e só sair de lá quando o Mário parasse de nos olhar. Ele intercalava olhares entre eu e a loira, em busca de uma resposta sobre o que o menino a disse, enquanto nós duas nos olhamos tentando saber qual seria a desculpa que iriamos dar para essa situação. O clima ruim só deu uma pausa na hora em que Erick apareceu chamando o namorado para irem embora.
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Crazy In Love (Brumilla)
FanfictionLudmilla Oliveira (27 anos): Uma empresária do ramo de prostituição possuí uma boate no centro de São Paulo. Durante as noites, várias mulheres passam por ali, entregando seu corpo em troca do dinheiro. Ludmilla por sua vez, não se entrega a esse ní...