Brunna - São Paulo 📍 13:30
- Mas vocês não sabem... - Mario Jorge iria contar mais uma das minhas vergonha, então rapidamente fiz questão de lhe interromper.
- Mario, pelo amor de Deus. - o olho pedindo por um tempo de descanso - Tenho certeza que elas já estão casadas de te ouvir.
- Não, Bu. - Ludmilla fala interessada em mais uma história e eu aperto sua perna por debaixo da mesa, fazendo ela se arrepender - É Mario, outra hora a gente termina esse assunto.
- Então, Brunna. - Daiane da um gole na sua bebida e me encara curiosa - Faz quanto tempo que você está a frente da empresa?
- Desde que meus pais se foram. - tento me lembrar a data exata - Acho que uns quatro anos, não é Mario?
- Sim, daqui dois meses fazem cinco. - ele me olha triste.
- Você gosta do que faz? - pergunta curiosa.
- Eu não faço muitas coisas além de assinar papéis. - sorrio - Quem manda em tudo é o Mário.
- Se não fosse eu naquela empresa, estaria tudo falido. - fala e eu concordo com a cabeça.
- E você, como surgiu a ideia de ter uma boate? - questiono me apoiando no corpo da Lud.
- A ideia foi toda da Ludmilla. - encara a morena que sorri simples - Nós terminamos o ensino médio e não tínhamos o que fazer da vida. Lembro que eu pensei em algo que envolvesse moda, só que ao mesmo tempo eu estava confusa. - conta - Ludmilla teve a grande ideia de criar uma boate, depois que uma das suas amigas começou a prostituir, e foi aí que tudo começou. Juntamos o útil ao agradável e deu tudo certo.
- Meu sonho é encontrar um macho gostoso que saiba me foder com vontade. - Mario fala aleatório, causando risada em todas nós.
- Daiane aproveita as garotas. - Ludmilla fala zoando a amiga que logo retribui a pequena brincadeira.
- E você também né. - levanta a sobrancelha.
- Eu só trabalho. - a morena levanta suas mãos em forma de rendição - Você já me viu atoa naquela boate, Bu? - me pergunta.
- Hum, sempre. - brinco - Em todas as vezes que eu fui lá, você estava tomando um drink no bar.
- Sua safada. - ela deixa um tapa em minha perna - Não te defendo mais.
- Tá vendo, isso é só a ponta do Ice Berg. - meu amigo a olhou convencido.
Demorou mais de quarenta minutos para os pedidos chegarem, mas assim que o garçom colocou os pratos sobre a mesa, parecíamos animais selvagens, que estavam a anos sem se alimentar direito. Um silêncio de instalou, até o momento que Daiane comentou sobre o sabor diferente da sua lagosta. Eu fui uma das primeiras a terminar a refeição, sendo seguida por Ludmilla, depois Daiane e só então Mario.
- Agora vem a sobremesa. - falo animada e a amiga da minha morena me olha assutada.
- Rapaz, magra de ruim. - limpa a boca com o guardanapo.
- Eu estou morrendo de vontade de tomar o sorvete que aquele moço pediu. - Lud fala em meu ouvido e eu encaro o prato do moço na mesa ao lado da nossa.
- Parece ser gostoso. - comento procurando algo parecido no cardápio - Deve ser esse aqui. - a mostro.
- Uma delícia. - sorri feito criança.
- O que vocês vão querer? - questiono para nossos amigos que conversavam sobre algo da decoração do restaurante.
- Aí Bru, eu estou satisfeita. - Daiane sorri educada, enquanto Mário passa as páginas do cardápio de sobremesas.
- Quero um petit gateau. - comenta.
Faço o pedido para o garçom que nós olhava atentamente e volto minha atenção pra Lud, que mantém um sorriso lindo nos lábios e um olhar carinhoso - eu tive vontade de a beijar, mas me contive - Apenas passei as pontas de meus dedos sobre seu rosto.
- Você é linda. - sussurro apenas para ela ouvir.
- É que você não consegue te ver com os meus olhos. - ajeita meus cabelos - Eu não sei se é o momento, mas eu quero dizer que eu gosto muito de você Bru.
- Eu também gosto de você Lud. - sorrio.
- Não Bru, eu estou falando que eu gosto de você de verdade, tipo, romanticamente, me entende? - pergunta nervosa.
- E eu também gosto de você, desse mesmo jeito que você disse. - aperto suas bochechas - Romanticamente.
- Lindinha. - sorri com a língua entre os dentes.
- Oh fofinhas, desculpa atrapalhar o momento do casal do ano. - Daiane raspa a garganta - Mas eu tenho um compromisso daqui a pouco, e preciso ir embora.
- Mas já? - pergunto triste e ela concorda com a cabeça - Poxa, Dai! Eu gostei muito de conhecer você.
- Ah Bru! - ela se levanta e me abraça - Posso dizer o mesmo, você é uma pessoa muito legal.
- Obrigado por não me deixar de vela sozinho. - Mario a agradece.
- Vamos passar a noite juntas? - Ludmilla me pergunta antes da sua amigas ir embora.
- Não, Lud. Hoje não. Tenho algumas coisas pra resolver sobre o divórcio. - falo simples.
- Dai, tira o dia de folga hoje. - se levanta pra abraçar a amiga - Eu consigo dar conta das coisas por lá.
- Jura? - a menina fala animada - Brunna eu não sei qual o chá que você está dando pra minha amiga, mas pode continuar.
- Meu Deus. - gargalho baixo.
- Eu fiz as contas e tudo que eu comi ficou em cem reais, posso deixar com você? - me pergunta e eu nego com a cabeça
- Não precisa pagar sua parte. - a repreendo.
- Claro que preciso. - ela tira o dinheiro do bolso.
- Dai, quando a gente sai com a Brunna, é proibido pagar a conta. - Mario a olha - Tudo por conta dela.
- Você viu que eu tentei né? - olha pra morena que apenas sorri - Então eu vou nessa, obrigada pela companhia de vocês.
- Obrigada por vir, Dai. Até a próxima. - sorrio abertamente.
- Gostou mesmo dela? - Lud pergunta feliz.
- Mesmo, mesmo. - falo sincera - Ela é gente boa, e divertida.
- Meninas, eu também estou de saída. - meu amigo nos interrompe.
- Ah Mario. - resmungo.
- Já está ficando tarde e eu tenho que rever uns contratos lá na empresa. - ele se levanta.
- Bu, porque nós não vamos também? Eu já terminei de comer. - Lud sugere e eu concordo com a cabeça, levanto minha mão e peço a conta pro garçom.
- Mario, eu já vou indo também, me espera. - peço pro homem que já estava se retirando.
- Tem certeza que não quer minha parte da conta? - Lud fala ao ver o valor total.
- Tenho, amor. - coloco o dinheiro dentro da comanda e entrego o garçom - Vem, vamos embora.
Fiz questão de deixar Mario enfrente a empresa e não deixei com que Ludmilla fosse embora em seu carro - muito pelo contrário, peguei suas chaves e a prometi que ao final do dia seu carro estaria estacionado em sua vaga no apartamento - antes de a deixar em seu prédio passei na floricultura e peguei o buquê de flores. A entreguei com um sorriso tímido e ela me puxou pra um beijo longo.
- Você é a coisa mais fofa desse mundo, minha Bu. - espalha beijos por meu rosto.
- Sua Bu? - questiono.
- Sim, minha Bu. - afirma.
- Então você é minha Lud. - beijo sua bochecha.
- Sua Lud. - afirma.
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Crazy In Love (Brumilla)
FanficLudmilla Oliveira (27 anos): Uma empresária do ramo de prostituição possuí uma boate no centro de São Paulo. Durante as noites, várias mulheres passam por ali, entregando seu corpo em troca do dinheiro. Ludmilla por sua vez, não se entrega a esse ní...