Ludmilla - São Paulo 📍
20:00Meu fim do dia não poderia ser melhor, ter Brunna do meu lado, sem dúvidas é a maior conquista de toda a minha vida. É como se ela fosse a peça principal do meu quebra cabeça. Sentir seu cheiro de banho tomado e o aroma do seu cabelo recém lavado é a oitava maravilha do mundo. Era tudo que eu estava precisando por agora.
Nete fez nosso jantar - simples - Arroz, feijão, filé a parmegiana e salada. Ela se despediu e eu fiz questão de pagar o seu uber, pois ela ficou muito mais do que deveria. Agora estamos apenas eu e Brunna, sentadas na mesa da cozinha terminando de comer, mas sinto que seus pensamentos estão longes - talvez ainda em Goiânia.
- Conseguiu resolver tudo por lá, meu amor? - perguntei depois de minutos em silêncio.
- Não. - suspirou e deu um gole no suco de maracujá - Estava tudo muito pior do que eu imaginei. Ainda tenho que fazer umas planilhas e conversar com o administrador.
- Por isso está triste? - indaguei.
- Não estou triste, meu bem. - sorriu me olhando - É só cansaço mesmo. Por mais que tenha sido rápido, dormir fora de casa não é muito bom.
- Tem razão. - concordei - Quer subir pra cobertura e pegar uma piscina?
- Está de noite, Lud. - falou óbvia.
- E o que tem? - dei de ombros - A água vai estar geladinha, aproveita que está calor. A gente toma uma cervejinha, escutando um pagodinho.
- Então esses são os seus planos para hoje? - perguntou e eu concordei com a cabeça - Tudo bem, mas só vou por causa da cerveja.
Não demorou muito para que a gente terminasse de jantar e vestisse um biquíni qualquer para subir até a coberta do prédio - que está vazia - Ao meu lado Brunna está segurando quase dez latas de cerveja, enquanto eu estou conectado a caixa de som no meu celular, para colocar o pagode.
Hoje a lua esta minguante e o céu está repleto de estrelas e só isso é suficiente para clarear o ambiente. Deixei a caixa de som no chão e me sentei na borda da piscina molhando apenas meus pés, enquanto Brunna adentrou a piscina com os cabelos presos em um coque alto e uma lata de cerveja aberta.
- Não vejo a hora de ter umas férias pra gente ir até Santos. - comentou se posicionando ao meio de minhas pernas.
- Sabe o que eu não vejo a hora? - a olhei e ela fez um som nasal para que eu continuasse - Me casar com você e a gente ter uns dois filhos pra criar.
- Eu quero me casar com você, meu amor. - falou sincera e tocou meu rosto, fazendo um carinho gostoso.
- E os filhos? - perguntei e ela ficou em silêncio, talvez pensando em uma resposta que não me machucaria.
- É um sonho seu?
- Não, não é um sonho. Mas eu queria ter uma família completa. Deve ser legal ensinar uma criança a fazer as coisas certas. - confessei.
- É muita responsabilidade, não é só ensinar as coisas certas, tem que ensinar a não fazer as coisas erradas, tem gastos, preocupações. - me olhou séria - E depois não tem como mudar de idéia.
- Eu sei disso, Bru. Mas vai ser um filho, vamos ter orgulho dele ou dela. - ela sorriu - Daqui uns meses eu já faço trinta anos.
- Eu só tenho vinte e três. - sorriu forçado - E eu não consigo gerar uma criança.
- Porque não fazemos um acordo?
- Qual? - questionou curiosa.
- Nós temos um ano para eu te fazer mudar de idéia em relação a crianças, e então a gente tem um filho. - ela fez uma careta - Eu posso gerar ou nós adotamos.
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Crazy In Love (Brumilla)
FanfictionLudmilla Oliveira (27 anos): Uma empresária do ramo de prostituição possuí uma boate no centro de São Paulo. Durante as noites, várias mulheres passam por ali, entregando seu corpo em troca do dinheiro. Ludmilla por sua vez, não se entrega a esse ní...