Capítulo 53

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Ludmilla - São Paulo 📍
20:00

Meu fim do dia não poderia ser melhor, ter Brunna do meu lado, sem dúvidas é a maior conquista de toda a minha vida. É como se ela fosse a peça principal do meu quebra cabeça. Sentir seu cheiro de banho tomado e o aroma do seu cabelo recém lavado é a oitava maravilha do mundo. Era tudo que eu estava precisando por agora.

Nete fez nosso jantar - simples - Arroz, feijão, filé a parmegiana e salada. Ela se despediu e eu fiz questão de pagar o seu uber, pois ela ficou muito mais do que deveria. Agora estamos apenas eu e Brunna, sentadas na mesa da cozinha terminando de comer, mas sinto que seus pensamentos estão longes - talvez ainda em Goiânia.

- Conseguiu resolver tudo por lá, meu amor? - perguntei depois de minutos em silêncio.

- Não. - suspirou e deu um gole no suco de maracujá - Estava tudo muito pior do que eu imaginei. Ainda tenho que fazer umas planilhas e conversar com o administrador.

- Por isso está triste? - indaguei.

- Não estou triste, meu bem. - sorriu me olhando - É só cansaço mesmo. Por mais que tenha sido rápido, dormir fora de casa não é muito bom.

- Tem razão. - concordei - Quer subir pra cobertura e pegar uma piscina?

- Está de noite, Lud. - falou óbvia.

- E o que tem? - dei de ombros - A água vai estar geladinha, aproveita que está calor. A gente toma uma cervejinha, escutando um pagodinho.

- Então esses são os seus planos para hoje? - perguntou e eu concordei com a cabeça - Tudo bem, mas só vou por causa da cerveja.

Não demorou muito para que a gente terminasse de jantar e vestisse um biquíni qualquer para subir até a coberta do prédio - que está vazia - Ao meu lado Brunna está segurando quase dez latas de cerveja, enquanto eu estou conectado a caixa de som no meu celular, para colocar o pagode.

Hoje a lua esta minguante e o céu está repleto de estrelas e só isso é suficiente para clarear o ambiente. Deixei a caixa de som no chão e me sentei na borda da piscina molhando apenas meus pés, enquanto Brunna adentrou a piscina com os cabelos presos em um coque alto e uma lata de cerveja aberta.

- Não vejo a hora de ter umas férias pra gente ir até Santos. - comentou se posicionando ao meio de minhas pernas.

- Sabe o que eu não vejo a hora? - a olhei e ela fez um som nasal para que eu continuasse - Me casar com você e a gente ter uns dois filhos pra criar.

- Eu quero me casar com você, meu amor. - falou sincera e tocou meu rosto, fazendo um carinho gostoso.

- E os filhos? - perguntei e ela ficou em silêncio, talvez pensando em uma resposta que não me machucaria.

- É um sonho seu?

- Não, não é um sonho. Mas eu queria ter uma família completa. Deve ser legal ensinar uma criança a fazer as coisas certas. - confessei.

- É muita responsabilidade, não é só ensinar as coisas certas, tem que ensinar a não fazer as coisas erradas, tem gastos, preocupações. - me olhou séria - E depois não tem como mudar de idéia.

- Eu sei disso, Bru. Mas vai ser um filho, vamos ter orgulho dele ou dela. - ela sorriu - Daqui uns meses eu já faço trinta anos.

- Eu só tenho vinte e três. - sorriu forçado - E eu não consigo gerar uma criança.

- Porque não fazemos um acordo?

- Qual? - questionou curiosa.

- Nós temos um ano para eu te fazer mudar de idéia em relação a crianças, e então a gente tem um filho. - ela fez uma careta - Eu posso gerar ou nós adotamos.

Crazy In Love (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora