Deito em minha cama sentindo o coração bater acelerado, parecia estar na garganta. Simplesmente não sabia o que fazer ou como resolver minha confusão.

O mais lógico é ficar só já que derramo meu caos por todo lado. Nunca imaginei que esse termino com Felipe poderia me deixar tão perdida e desnorteada. Sempre fui do tipo desapegada e independentemente.

Me perturba saber que ando o deixando mal, mas não sei o que fazer. Não sei como resolver, não sei lidar com nada disso.

- Malu. - ouço ele me chamar. Viro e vejo que ele está na porta, logo após ele entra. - Desfaz o bico e vamos resolver tudo na calma, como dois adultos. - ele se senta na beirada da cama. - Vem cá!

Deito no colo dele. Coloco a cabeça na coxa dele e me permito receber um carinho no cabelo, começando a ficar mais calma.

- Vou pagar todos os exames que você for fazer. Já eramos pra ter feito um plano de saúde e ver o lance do parto. Bia andou me explicando umas coisas.

Sorrio achando bonitinho a preocupação dele. - Já resolvi essas coisas. Já tenho plano e vou ganhar o bebê pelo sus mesmo.

- Ok. Quanto aos móveis da nenem... assumindo que estaremos em casa separadas, ela terá de ter dois quartos.

- De início não precisa. Ela ficará apenas aqui comigo, não dá para bebês dormir longe da mãe, eu acho. - faço bico achando uma tremenda injustiça.

- Eu posso dormir aqui. - fico em silêncio pensando na possibilidade. - Pode ser em outro quarto, na sala. Assim você não fica sozinha. Você não vai ter paciência com um bebê.

- E você vai? - Debocho irritada. O homem já está duvidando da minha capacidade como mãe.

- Mais do que você, sim. Você não leva jeito com crianças.

- Ah, cala a boca.

Ele apenas rir.

- Felipe, até hoje não senti esse bebê mexer. Será que ela tá bem?

Ele passa a mão em minha barriga, instantaneamente me sinto mais calma. Como se todas essas preocupações não passassem de bobagens.

Tudo tem seu tempo não é mesmo?

Respiro fundo acompanhando a respiração dele. Ficamos quietinhos por um tempo. Eu só aproveitava a sensação do toque dele.

- É porque ainda não demos um nome para ela! - ele argumenta. - Eu gosto de Scarlet.

- Eu andei até pesquisando uns nomes. Quero um impactante.

- Lavinia

- Eu não gosto desse nome. - Faço bico. - Você gosta desse nome, bebe?

Mas nada da minha barriga mexer.

- E Agnes?

Penso sobre o nome e acabo gostando.

- Bebê, o que você acha de Agnes? - Felipe pergunta e tudo o que consigo pensar é na personagem do Meu malvado favorito, eu acho que ela se chama Agnes e mesmo que não chame, para mim o nome dela é esse.

Será que minha filha será irritante e fofa ao mesmo tempo?

Respiro fundo em frustração pelo fato do bebê não ter gostado do nome quando sinto algo novo em minha barriga.

- Felipe, ela mexeu! - falo emocionada. Finalmente pude sentir algo nesse meio tempo. - Eu acho que ela gostou do nome.

Felipe rapidamente muda de posição e fica de frente para mim. Tocando em minha barriga, passando longos minutos pedindo para neném mexer novamente para ele sentir, e por incrível que pareça ela mexeu, um pouco mais forte.

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