Me Espera

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Fazia uma semana que eu estava de folga. Não é bem uma folga, eu peguei um atestado bem generoso para estar em casa.

Só assim, finalmente terminei de organizar as coisas da bebê. Faltando apenas fazer a mala maternidade, mas para isso terei mais tempo.

Também termino de organizar minha casa. Finalmente comprei um sofá, do jeito que eu sempre quis e fiquei feliz quando vi minha sala finalmente finalizada.

Agora o único cômodo que falta aquela decoração é o quarto de hóspedes. Esta cru, apenas cama e guarda roupa. Nada mais.

Sento no sofá e estico os pés para relaxar. Imediatamente, ligo a TV para assistir uma novela comendo pipoca.

Analiso minhas redes sociais. A última foto postada eu mostrava minha barriga, finalmente aparente, grande, não muito. Aliso ela.

Ouço a campainha tocar. Por já está na sala, dou uma olhada pela câmera de segurança do interfone e meu sangue ferve ao ver Sofia.

Abro a porta de casa e vou furiosa atender a morena. Ela acha que é quem para vir na porta da minha casa?

- O que você quer aqui? - pergunto ja em tom de agressividade. - Vou ficar muito feliz em ligar para a polícia agora mesmo e dá parte sua. Esqueceu da distância que tem de manter?

Ela me olha meio confusa e assustada.

- Não. Eu só vim aqui para dizer que graças a voce eu consegui muitos seguidores. Não vou querer mais nada com o corno do Felipe.

- Nada disso me importa.

- Como iria, você só pensa em você? Além do mais, convenci Carlos de me contratar também, vamos ser colegas de trabalho, não é o máximo?

Encaro ela sem acreditar. Como Carlos fez algo do tipo? Contratar essa mosca morta sem formação, sem talento, sem carisma e sem nada? Lógico que ela não precisa mais de Felipe, já tem outra forma de me infernizar sem ele.

- Qual o seu problema comigo?

- Antes eu não conseguia aceitar que Felipe gostasse tanto de você. Não queria aceitar ser segunda opção, pois nunca ocupei esse espaço. Não tenho costume! Geralmente, os homens morrem por mim... E olha para você, olha pra mim. Mas Felipe é um tolo!  Depois, você se acha no direito de ser metida e esnobe como se pudesse ser assim, me poupe. - ela dá uma risadinha.

A medida que minha raiva vai crescendo começo a sentir um mal estar muito grande acompanhada de uma dor abdominal.

- Eu não poderia aceitar nunca você ser melhor do que eu. Olha pra mim, minha pele, meu cabelo, meu corpo e olha pra você. No entanto, você sempre leva a melhor. E você quer saber, você além de tudo é mal agradecida, mas entendo. Eu falhei quando seu bebê não morreu.  Mas o azar é seu.

Ela vira de costas para mim para ir embora, no entanto puxo ela pelo cabelo e a jogo para trás. Ela cai no chão, aproveito e já começo a estapea-la.

- Invejosa do caralho. Sua vaca! - ela apenas grita debaixo de mim para eu solta-la, minha intenção era continuar batendo na mulher quando a cólica aumenta ainda mais me fazendo sentar no chão gemendo de dor.

Ela dá uma risada maldosa.

- Ahhh, oh dó. Morra de dor aí, miserável. - ela pega o celular e grava num tom de voz maldoso.

- Desliga isso, Sofia.

- Porque? Não quer que todos vejam como é feiosa? Vai, vadiazinha, grita de dor. - ela fala extremamente alto fazendo as pessoas olhar ao redor.