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Quarta-feira finalmente chega depois de dias de culpa e insônia para Severus. Ele não se preocupa em esconder sua exaustão; ele está cansado de tudo em sua vida mais uma vez, e os olhos magoados de Sirius o assombram mais do que nunca. Então, quando ele chega a Azkaban na quarta-feira, seu humor reflete a atmosfera sombria do lugar. Está chovendo, parece que chove sempre ali, e Severus acha isso insuportável. Mesmo assim, ele segue em frente, sabendo que precisa fazer isso, e com um pensamento persistente cruzando sua mente enquanto passa pelos portões da prisão mais uma vez.

Ao chegar à cela, o cheiro familiar da morte o cumprimenta, assim como aconteceu em sua última visita. Ele respira fundo e estremecendo antes de olhar para Lucius, cujo olhar encontra o seu com um vazio vítreo. “Vejo que você recebeu minha coruja,” Lucius comenta com um sorriso torto.

Severus cruza os braços, apertando mais a capa em torno de si, como se buscasse alguma forma de proteção. “Vamos ser breves, Lucius,” ele afirma secamente. "O que você quer? Estou cansado de jogos.”

“Oh, pobre Severus, cansado de jogos,” Lucius provoca, levantando-se de sua cama e se aproximando da porta, suas mãos segurando as frias barras de metal. “Bem, é uma pena, porque estou com vontade de jogar.”

"Chega," Severus cospe, franzindo a testa. "O que você quer?" ele reitera com firmeza.

"Poderíamos começar com um beijo," Lucius ri cruelmente, deixando Severus tenso. "Não? Isso é frio, Severus. Você costumava gostar"

"Bobagem," Severus rosna, seus olhos fixos na figura escura.

“Bem, era de se esperar...” Lucius continua, desconsiderando a reação de Severus. “Afinal, ouvi dizer que agora você está abrindo as pernas para Black,” ele diz casualmente e ri da expressão de Severus. “Oh, não me olhe assim, a notícia se espalha.”

"Como…?" Severus diz, sua boca repentinamente seca. Como ele poderia saber disso? Como diabos ele poderia ter descoberto?

“Oh, eu tenho meus métodos. Ainda tenho conexões, Sev”, ele sorri.

"Não me chame assim," Severus engasga, com os punhos cerrados. Ele pode tolerar muita coisa, mas não suporta que Lucius use esse apelido. Apenas duas pessoas o chamaram assim... Droga .

"Por que? Black te chama da mesma forma? Oh, não me diga que você se apaixonou por aquele vira-lata,” Lucius gargalha. “Você deveria saber que não deve confiar em um sangue puro…”

“Eu não confio em ninguém,” Severus sibila com os dentes cerrados. “De qualquer forma, primeiro você queria falar sobre seus dramas familiares e agora está bisbilhotando minha vida pessoal. Você é muito fofoqueiro"

"Não há muito o que fazer aqui," os olhos azuis de Lucius brilham com raiva e loucura, mas Severus se mantém firme. “Mas chega de falar de mim, conte-me sobre você, Severus. Qual é a sensação de acasalar com um cachorro?”

"Você está perdendo os modos, Lucius," Severus zomba, inclinando a cabeça. “Sabe, estou começando a achar que você está realmente entediado e não tem mais nada a oferecer.”

“Ah, mas e se eu fizer isso? E se a informação que tenho for sua única chance?” Lucius cruza os braços em uma postura desafiadora. "Ver? Você está preso, Sev."

“Bem, estou ouvindo. Conte-me a informação,” Severus exige, encontrando o olhar de Lucius de frente.

"Paciência, Sev," Lucius aponta para uma cadeira desgastada colocada na frente da cela. "Sente-se. Vamos bater um papo.”

Severus olha para a cadeira, depois olha para Lucius, antes de finalmente se sentar com um giro em sua capa de viagem. "E agora?" ele estala.

“Bem, quero ter uma conversa séria com você antes de voltar para aquele vira-lata”, diz Lucius, recostando-se em sua cama. “Então, me esclareça. Como você conseguiu levar alguém como Black, um sangue puro, para sua cama?"

Dança da Vida  ( TRADUÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora