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Eles finalmente se acomodam no sofá da sala, famintos e contentes na presença um do outro. Sirius ainda não consegue acreditar totalmente na sua sorte, que Severus escolheu ficar – mesmo que ele vá embora em breve.

Ele acha que os dois foram muito estúpidos, considerando que poderiam ter feito isso muito antes, se não fosse pelo que Lupin costumava chamar de "drama adolescente". Mas, novamente, ambos não eram complicados? O que realmente importa é que eles estão aqui agora, juntos, e Sirius não pode deixar de se sentir grato por, pela primeira vez, algo ter dado certo em sua vida miserável.

Enquanto ele observa Severus comer, seus olhos continuam vagando para a Marca Negra exposta no antebraço de Severus, sob a camiseta sem mangas que ele lhe deu. Embora ele tenha visto Severus nu, ele nunca prestou muita atenção à Marca durante esses momentos - sua mente estava muito mais ocupada em desfazer o outro homem com prazer, em vez de insistir na marca de Voldemort. No entanto, agora, ele se vê cada vez mais fixado nisso, uma questão candente se formando em sua mente.

“Você pode perguntar sobre isso,” Severus diz com um suspiro, sua percepção aparentemente mais aguçada do que nunca.

Sirius pisca. Droga, se o homem não era bom em lê-lo. “Eu só estava me perguntando por que você não se livrou disso.”

Severus termina seu prato e o coloca de lado antes de pegar seu próprio antebraço, o polegar roçando a marca. “Não creio que seja possível. Tenho certeza de que Voldemort se certificou disso.”

"Não acho que seja esse o caso," Sirius rebate, colocando seu próprio prato ao lado do de Severus. "O garoto Malfoy encobriu isso com alguma coisa, ou pelo menos foi o que Harry me disse."

"Ele fez agora..." Severus diz hesitante, ainda examinando sua própria Marca Negra, e Sirius pode ver a dor em seus olhos. “Não sei, já tenho isso há muito tempo… só vejo isso como um lembrete de um caminho que tomei uma vez, que não deveria ter…”

"Você precisa parar de pensar assim," Sirius insiste, imediatamente estendendo a mão para agarrar o joelho de Severus. “Você fez mais do que o suficiente para expiar isso.”

"Se você diz..." Severus encolhe os ombros, então levanta os olhos para fixar os olhos em Sirius. “Eu pensei que tínhamos acabado com a reflexão hoje, no entanto. Este tópico não ajuda”, diz ele ironicamente.

Sirius ri. “Tudo bem, você está certo. Mas só mais uma pergunta. Se você fosse cobri-lo com alguma coisa... O que seria? Uma fênix?”

Severus estremece com a sugestão. “Não, obrigado. Muito Dumbledore,” ele diz rapidamente, então pondera por um momento. “Talvez um hipogrifo”, ele sussurra.

“Um hipogrifo? Realmente?" Sirius arqueia as sobrancelhas, genuinamente surpreso. Ele não esperava essa escolha.

"O que há de errado com isso?" Severus sibila, estreitando os olhos e um leve rubor aparecendo em suas bochechas.

"Nada! Suponho que combina com você, agora que penso nisso,” Sirius sorri.

Severus continua a encará-lo com desconfiança e Sirius balança a cabeça. “Escute, passei muito tempo com Bicuço, então sei do que estou falando. Eles são criaturas incríveis – orgulhosos, fortes e lindos. Assim como você. Então eu acho que realmente combina com você.”

O lábio de Severus se curva. "De novo com isso?" ele zomba.

Mas Sirius está farto dessa atitude e se aproxima de Severus no sofá, agarrando seus ombros e virando-o para encará-lo. Ele leva uma mão ao queixo de Severus, forçando seus olhos a se encontrarem.

“Ouça-me com muita atenção. Você disse a sua parte sobre mim ontem à noite, então agora vou dizer a minha,” ele começa, e uma sugestão de um sorriso brincalhão surge em seus lábios. “Você é uma pessoa incrível, Severus Snape, mesmo que às vezes seja um idiota insuportável e mal-humorado. Embora agora eu ache isso muito fofo,” o polegar de Sirius acaricia a pele da mandíbula de Severus enquanto o homem o encara, e sua expressão suaviza enquanto ele continua, “Você é lindo, e toda vez que te vejo, preciso me controlar. muito fortemente porque tudo que consigo pensar é o quanto eu quero você. Porra, eu nunca quis alguém tanto quanto eu quero você. Eu te amo e preciso que você se acostume com isso porque agora você está preso a mim”, ele finaliza com um sorriso caloroso.

Dança da Vida  ( TRADUÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora