Dança da Vida ( TRADUÇÃO )

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Eles voltaram para Hogwarts ao nascer do sol, assim como Severus havia informado McGonagall em sua mensagem. O castelo estava em repouso tranquilo, seus estudantes ainda dormiam em seus dormitórios. De mãos dadas, Severus e Sirius foram até a sala da diretora, compartilhando um pequeno sorriso cúmplice.

Severus havia se deixado entrar na tenda, ele reconhece isso, mesmo que não tenha planejado. Mas testemunhar Sirius quase perder a vida despertou algo profundo dentro dele, acendendo uma necessidade pelo outro homem que ele nunca havia sentido antes. Ele ansiava por explorar cada centímetro da pele de Sirius, saborear cada respiração que ele respirasse até ter certeza de que estava bem.

Ele se sente um pouco aliviado, afinal pelo menos um dos Comensais da Morte estava morto. Mas Severus agora sente que talvez tenha sido muito influenciado pelas palavras de Malfoy, que talvez as coisas não fossem tão sombrias quanto pareciam. Afinal, eles eram apenas dois homens e iriam rastrear os Comensais da Morte e levá-los à justiça.

Se isso acontecesse, Severus não teria mais desculpa para manter Sirius afastado. Talvez ele pudesse finalmente explorar o que realmente estava sentindo, sem sentir o perigo pesando sobre seus ombros. E ele se pega pensando que quer isso como nunca quis algo em sua vida.

A conversa deles com McGonagall ocorre como esperado, com muitas repreensões por seu comportamento imprudente. Severus observa a diretora enquanto ela os repreende, sua camisola xadrez contrasta fortemente com seu rosto severo, e ele tem que lutar muito para manter uma expressão composta.

“Achei que tínhamos concordado que você apenas observaria, não se envolveria em uma partida mortal!” A voz de McGonagall soou furiosa.

"Isso seria minha culpa, Minerva," Sirius interrompe, estendendo a mão para reprimir a ira da mulher. “Eu acidentalmente arranhei minha bochecha e Greyback sentiu o cheiro de sangue”, ele explica enquanto aponta para a cicatriz mal cicatrizada em sua bochecha como prova.

McGonagall lança um olhar penetrante para ele por um longo momento antes de soltar um suspiro. “O Ministro estava aqui pouco antes de você retornar. Eles já estão investigando isso e apreciam a liderança que você forneceu.”

Severus zomba audivelmente, cruzando os braços. “Verdadeiros profissionais,” ele zomba, ganhando um sorriso contido de Sirius.

Minerva franze os lábios. “Independentemente disso, transmitirei as novas informações a eles. Podemos presumir que Greyback retornou para onde quer que Dolohov esteja escondido, e eles não ficarão satisfeitos quando McNair não retornar. Devemos ter cautela.”

Severus olha para Sirius com o canto do olho. Ele sabe que talvez devesse contar a eles sobre as motivações do Comensal da Morte, mas as palavras parecem ficar presas em sua garganta.

“Nós iremos, Minerva.”

Com isso, McGonagall finalmente os dispensa, com ordens estritas de visitar Madame Pomfrey e abster-se de dar aulas naquele dia. Severus e Sirius saem do escritório, suas expressões inescrutáveis. Só quando chegaram à escada Sirius caiu na gargalhada, segurando a cintura enquanto se curvava ligeiramente. Severus não pode deixar de bufar também, cobrindo o rosto com a mão, mas tem certeza de que seus olhos traem a risada borbulhando dentro dele.

Merlin, o riso. Severus percebe que foi a primeira vez em anos que ele riu, enquanto era segurado pelo homem irritantemente lindo que agora estava ao lado dele.

"Merlin, ela nunca nos verá como adultos, não é?" Sirius pergunta entre risadas.

“Receio que não demos a ela muitos motivos para isso,” Severus responde balançando a cabeça.