Dança da Vida ( TRADUÇÃO )

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Quando Severus acorda na manhã seguinte, ele é imediatamente saudado pelo início de uma dor de cabeça incômoda, latejando em suas têmporas. Ele mantém os olhos fechados por mais um momento, ainda na mesma posição em que adormeceu, com o braço protetor de Sirius sobre seu peito.

Inicialmente, ele não tinha planejado ir até ele, mas parece que seu controle emocional tornou-se cada vez mais inexistente. Ao sentir uma onda de náusea, ele tenta afastar as memórias de Azkaban, tentando não deixá-las tomar conta de sua mente.

"Bom dia, amor," uma voz cansada sussurra suavemente em sua nuca, fazendo Severus pular ligeiramente.

Ele lentamente se vira dentro do abraço e encontra o olhar de seu amante cansado e de rosto magro, e pegando uma mão para embalar seu rosto, os dedos de Severus traçam uma das olheiras sob os olhos cinzentos de Sirius.

"Bom dia," ele responde em um tom abafado, afastando ternamente uma mecha escura do rosto de Sirius. "Você dormiu?"

"Um pouco," Sirius diz suavemente, embora Severus esteja bem ciente de que ele está mentindo, que o homem possivelmente passou a noite cuidando de si mesmo, e agora ele se sente ainda pior por ter vindo e mostrado um comportamento tão patético. o lado dele. "Como você está se sentindo?"

Severus solta um suspiro pesado e encolhe ligeiramente os ombros. “Já tive dias melhores,” ele murmura, permitindo que seu corpo relaxe nos braços de Sirius. “Mas eu vou ficar bem.”

“Você é um osso duro de roer,” Sirius bufa, e Severus fica quase grato pela tentativa de humor. Então, ele sente seu rosto sendo embalado por seu amante, e o rosto de Sirius se aproxima, suas testas se tocando. “Sinto muito pelo que você passou ontem.”

“É o que é,” Severus diz cansado. Merlin, eles não podem simplesmente fugir de tudo isso? Ele teme a conversa, mas sabe que eles precisam, afinal a vida de Sirius pode estar em perigo, e ele não está disposto a deixar nada ao acaso. “Eu... consegui algumas informações do Malfoy. Em troca de, você sabe,” ele diz em um tom abafado.

Ele vê Sirius engolindo em seco, e o homem o traz instintivamente para mais perto. Severus permite, ele se sente exausto, e o abraço de Sirius o ajuda a reunir coragem para continuar.

“Eles estão usando dementadores,” ele diz, mantendo o olhar fixo em Sirius. “Os caçadores furtivos devem estar ajudando-o a capturá-los. Pretendem usar os dementadores contra ex-membros da Ordem. Eles... Sirius, você precisa alertar McGonagall e Remus. Eles já capturaram alguém…” ele diz, lembrando de repente da última parte.

O rosto de Sirius de repente parece ainda mais pálido, e ele suspira antes de se sentar, e Severus deseja não ter se separado dele, precisando de seu calor e presença mais do que nunca.

"Eu sei. Ontem, Kingsley chegou logo pela manhã,” Sirius começa, passando a mão trêmula pelo cabelo despenteado. “Mundungus está morto. Eles o encontraram em uma cabana ao norte daqui. Merlin, as fotos... elas eram...”, ele engole em seco e fecha os olhos, assombrado pelas imagens horríveis do corpo de Mundungus.

Severus morde o lábio e se junta a Sirius, cobrindo os olhos com uma das mãos. "Ele foi... beijado?" ele pergunta, já sabendo a resposta pela reação de Sirius.

“Remus pensou que era um ataque letal no início. Ele foi atacado...” Sirius responde com uma voz tensa. “Mas eu sabia que não... já vi isso antes e sabia que... ele foi atacado por um dementador.”

Há uma pausa e Severus sente como se o tempo tivesse parado por um momento. Não poderia ser, poderia? Ele se lembra de Sirius mencionando algo que Mundungus havia dito, e isso o arrepia até os ossos.