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Com o passar dos dias, o medo inicial de Sirius diminui um pouco, pois não há mais episódios - pelo menos nenhum que ele consiga se lembrar. A conversa com Severus foi difícil para ele, o fato de poder vê-lo, mas não tocá-lo, deixou ele e Padfoot quase loucos. No entanto, à medida que a semana avança e a data do reencontro se aproxima, ele sente um brilho de esperança acender em seu peito.

Suas aulas vão bem, mesmo que ele tenha que tranquilizar vários alunos que acreditam estar fadados a ser reprovados nos exames de final de ano. Sirius suspira; ser professor às vezes parece desconfortavelmente próximo da paternidade, e ele se pergunta se está mesmo qualificado para isso, dado o péssimo trabalho que está fazendo como padrinho.

Dois dias antes do aniversário de Severus, Sirius conclui uma aula com os alunos do primeiro ano. A atmosfera está um pouco mais leve agora, e ele está gritando instruções acima da conversa geral dos alunos. É quando ele vê Lupin entrando na sala e se aproximando de sua mesa.

“Jones, largue essa varinha imediatamente! E você, Smith, é melhor ir embora... Tanto faz”, ele bufa, passando a mão pelos cabelos, exasperado. “Ei, Mooney,” ele cumprimenta, juntando os pergaminhos de sua mesa e empilhando-os ordenadamente. “Você está indo jantar? Estou morrendo de fome e juro que essas crianças vão ser o meu fim...”

Remus balança a cabeça lentamente. “Os primeiros anos são sempre os mais exuberantes, mas podem ser divertidos”, ri. “Vamos para o Salão Principal. Estou morrendo de fome também.”

Eles saem da sala de aula em silêncio, caminhando lado a lado em meio a grupos de alunos que seguem na mesma direção.

“Como você está, Pads?” Lupin pergunta, olhando para Sirius pelo canto do olho.

“Estou bem”, ele responde, suspirando lentamente. “Não há mais coisas estranhas até agora, e Poppy disse que sou fisicamente perfeito.”

"Merlin, estou tão feliz em ouvir isso," Remus murmura, seu olhar caindo momentaneamente. "Eu estava preocupado com você."

"Eu sei," Sirius diz, e por um momento, ele se sente culpado por não ter contado toda a verdade a Remus. Mas que bem isso faria? Isso só o deixaria muito preocupado com algo que Sirius ainda nem sabia se era um problema real. Então é melhor assim – pensa ele, e esperançosamente, tudo acabará sendo apenas um susto. Isso é o que ele diz a si mesmo. Afinal, ele estava estressado e mal dormia nos dias anteriores – pessoas e corpos faziam coisas estranhas sob esse tipo de pressão, não é?

"Então..." Lupin continua, passando um braço em volta do ombro de Sirius. “Eu sei que você ficará inquieto até o dia 9”, ele sorri.

Sirius bufa, mas sorri de volta para seu amigo. “Você é realmente intrometido, não é?” ele brinca, cutucando Remus nas costelas e fazendo com que ele se solte.

"O que posso dizer? Seu romance adolescente está realmente me fazendo sentir jovem,” Lupin brinca, fazendo Sirius revirar os olhos.

Eles entram juntos no Salão Principal, ocupando seus lugares habituais. Sirius fica aliviado ao ver que Helga escolheu sentar-se do outro lado da mesa, parecendo séria e perdida em pensamentos. Mas Sirius está faminto e logo ele para de prestar atenção nela, concentrando-se em colocar comida na boca.

Lupin ri enquanto o observa. “Seus modos estão começando a se parecer com os de Padfoot,” ele diz, aceitando o Profeta Diário de Flitwick e sentando ao lado dele.

"O que? Estou com fome!" Sirius murmura com a boca cheia e geme quando Lupin balança a cabeça em desaprovação e suspira.

“Oh, querido”, ele diz, franzindo a testa imediatamente enquanto examina o jornal de perto.

Dança da Vida  ( TRADUÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora