8

437 71 4
                                    

Quando Sirius sai do bar, ele vê de relance a figura escura de Snape mais adiante na rua, e os três homens não estão muito atrás. Ele decide manter uma distância segura, não querendo alertá-los de sua presença. O ar noturno é fresco e as ruas pouco iluminadas, e ele se esforça para acomodar sua visão à escuridão. Ele observa como eles viram na esquina da rua, e Sirius os segue, permanecendo nas sombras.

Sirius ouve algo quebrando e um grunhido de dor, assim como vozes ásperas gritando alguma coisa. Ele não consegue ouvir suas palavras, mas seu tom sugere hostilidade. O coração de Sirius bate forte em seu peito, e ele sai correndo, quase escorregando quando vira a esquina.

Os três bastardos estão em cima de Snape, que está caído no chão ensanguentado, e pela sua imobilidade, Sirius sabe que ele está inconsciente. Algo começa a queimar dentro de seu peito com a visão, um sentimento que ele não sentia desde a guerra. Ele rapidamente saca sua varinha e aponta para o grupo. Com um poderoso estalo de energia, um dos homens é arremessado contra a parede mais próxima, batendo com força a cabeça nos tijolos e caindo inerte no chão.

Os outros dois lentamente param de prestar atenção na forma de Snape e se viram para olhar para Sirius, surpresa e raiva em seus rostos. Sirius estala o pescoço e sorri sombriamente para eles. Ele vai destruí-los, porra.

À medida que os dois homens restantes enfrentam Sirius, a raiva deles se transforma em incerteza. Eles não haviam previsto esse tipo de resistência. Sirius fica ereto, seus olhos ardendo de intensidade. Ele sabe que precisa acabar com isso rapidamente, antes que eles tenham a chance de se reagrupar.

"Você não deveria ter tocado nele," Sirius se ouve rosnar, sua voz baixa e ameaçadora.

Sem outra palavra, um dos homens restantes ataca Sirius, tentando pegá-lo desprevenido. Mas Sirius é rápido e, com um movimento rápido de sua varinha, ele desarma o atacante, fazendo a varinha voar para a escuridão. O homem tropeça para trás, momentaneamente atordoado, e Sirius sacode sua varinha, fazendo-o bater contra a parede com tanta força que alguns dos tijolos desmoronam, caindo ao redor da forma inconsciente do homem no chão.

O terceiro homem, agora sozinho, hesita por um momento, o medo brilhando em seus olhos. Ele saca sua própria varinha, com a mão trêmula, e tenta lançar um feitiço. Mesmo que Sirius seja capaz de desviar, ele calcula mal e sente sangue escorrendo de sua bochecha. Ele levanta o polegar até o ferimento, capturando um pouco dele, e leva-o aos lábios, lambendo-o com um sorriso. Padfoot está pedindo sangue agora e vai dar a ele.

“Você vai se arrepender disso,” ele diz, e antes que o outro homem tenha tempo de gritar, ele se transforma na forma enorme de Almofadinhas.

O cachorro rosna e mostra os dentes para o homem, que solta um grito de terror. Sirius conhece essa reação muito bem; sua semelhança com o Grim é impressionante o suficiente para inspirar puro pavor nos outros. Ele late para o homem enquanto ele começa a circular ao seu redor como um lobo faminto e, com satisfação, o vê largar a varinha e correr em direção aos colegas caídos, agarrando-os pelos braços e aparatando para longe dali.

Padfoot fica ali por um segundo, ainda alerta e com as orelhas levantadas, mas logo percebe que tudo acabou. Ele trota até a forma de Severus no chão e acaricia seu rosto com o focinho, tentando despertá-lo. O homem geme, mas não acorda, e Padfoot choraminga e lambe suavemente o sangue em sua bochecha. Com um giro, Sirius volta à sua forma humana e olha para Severus com uma expressão de dor.

“Puta que pariu”, ele murmura, passando a mão pelo cabelo.

Severus possivelmente precisa de um médico, mas Sirius não pode confiar nos da vila, não depois disso. Ele terá que levá-lo até Pomfrey, e está aliviado por ter sido inflexível em trazer sua moto na viagem, apesar das reclamações de Lupin.

Dança da Vida  ( TRADUÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora