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Daquele ponto em diante, a vida parecia manter uma aparência de ordem, mas uma febre compartilhada percorre Sirius e Severus. Desde o encontro deles em Godric's Hollow, algo quebrou dentro de Sirius, e ele não consegue evitar de sentir a necessidade absoluta de estar com Snape sempre que puder roubar um momento - uma necessidade tão essencial quanto respirar. Além disso, o fato do homem retribuir com o mesmo desespero nada mais faz do que acender um fogo no peito de Sirius.

Snape não é, de forma alguma, o homem mais bonito que Sirius já encontrou, certamente não tão bonito quanto ele imagina ser. No entanto, o homem é inegavelmente atraente, e foda-se se ele não é bom na cama. Nunca em sua imaginação mais selvagem Sirius teria acreditado que Snape poderia se transformar na força apaixonada que ele se tornou quando a barreira física se quebrou entre eles. Snape, com sua atitude monástica e distante, sempre rastejava em lugares escuros e olhava as pessoas como se fossem insetos. Sirius sempre presumiu que seria reservado ou hesitante, convencido de que indivíduos como Snape evitavam o contato humano. Mas, no fim das contas, Snape não é nenhuma dessas coisas. Muito pelo contrário, na verdade. E é precisamente a natureza selvagem e fervorosa de Snape que abala Sirius todas as vezes, despertando seus instintos primitivos sempre que seus caminhos se cruzam.

Uma tarde, após uma aula excepcionalmente triste com os alunos do quinto ano que deixou Sirius com vontade de matar alguém, ele decide que sente sua veia travessa pulsando. Conhecendo a agenda de Snape como a palma da sua mão, ele assume que o homem provavelmente está escondido em seu escritório, seja corrigindo trabalhos ou inventando poções – exatamente o cenário certo para o que ele tem em mente. Caramba, ele se sente como um adolescente novamente.

Depois de se certificar de que ninguém o segue, ele desce até as masmorras com a energia de um lobo caçando, um largo sorriso aparecendo em seus lábios. Abrindo a porta do escritório, ele encontra Snape exatamente onde esperava, curvado sobre uma pilha de pergaminhos. Rapidamente, Sirius fecha a porta atrás de si, e antes que Severus possa pronunciar uma palavra, Sirius já diminuiu a distância entre eles. Seus lábios capturam os de Snape em um beijo repentino, seus braços envolvendo o homem e levantando-o, seus corpos imediatamente pressionando um contra o outro como se estivessem famintos por contato.

Um som de protesto e surpresa tenta sair da boca de Snape, mas Sirius enfia a língua dentro e abafa, seus dedos se enroscando no cabelo de Severus como se quisesse ancorá-lo no lugar.

Sem qualquer cerimônia, Sirius afasta o conteúdo da mesa com as costas do braço, levantando Severus sobre a superfície. As palavras permanecem não ditas, suas bocas muito preocupadas com uma exploração febril da pele um do outro. Sirius habilmente desabotoa as calças de Severus, deslizando-as pelas coxas antes de gentilmente separar suas pernas com um empurrão de joelho. Snape geme, logo se vendo pressionado contra sua própria mesa, Sirius pronunciando alguns feitiços antes de se envolver completamente dentro dele. Ele estabelece um ritmo implacável, suas estocadas fortes, engolindo os gemidos de Severus a cada movimento.

Os braços de Severus se jogam para trás, os dedos buscando desesperadamente apoio na borda da mesa enquanto Sirius investe impiedosamente em seu corpo, suas pernas apoiadas nos ombros do outro homem. Sirius sorri para a imagem, suas mãos agarrando cada um dos joelhos enquanto ele afunda nele de novo e de novo.

Em meio a um gemido particularmente ressonante, Sirius se inclina, seus lábios roçando a orelha de Severus. "Cuidado... posso ter esquecido de trancar a porta... Imagine o escândalo que isso poderia causar," ele sorri, então morde de brincadeira a pele atrás da orelha de Severus. "O terrível Professor Snape fodeu em cima de sua própria mesa."

Os olhos de Severus se arregalam por um momento fugaz, e ele tenta mudar, mas o sorriso malicioso de Sirius se aprofunda enquanto ele ajusta seu ângulo habilmente, visando sua próstata. Um gemido gutural sai da garganta de Severus, sua cabeça caindo para trás enquanto o prazer toma conta, seus olhos fechando enquanto ele se entrega às sensações.

Dança da Vida  ( TRADUÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora