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Quando finalmente chega terça-feira, Sirius já está nervoso desde o início da manhã. Ele não viu ou ouviu falar de Severus desde que partiu no domingo. Pode parecer patético, considerando que já se passaram apenas dois dias, mas ele não consegue evitar. Ele está preocupado com a ida de Severus para Azkaban, preocupado com o impacto potencial do lugar sobre ele. Acima de tudo, o incomoda ter que ver Malfoy novamente.

Agora ele está sentado no Salão Principal, segurando o espelho no quadril enquanto sua perna balança nervosamente para cima e para baixo enquanto ele tenta tomar um gole de café sem muito foco.

"Pads, você está derramando café no seu colo... e no meu," Remus diz com um suspiro, apontando a varinha para as manchas e fazendo-as desaparecer.

"Ah, desculpe," Sirius diz distraidamente, afastando a caneca dos lábios e colocando-a cuidadosamente sobre a mesa.

“Ele falará com você em breve,” Remus bufa, balançando a cabeça. “Honestamente, você não o viu no domingo?”

"Não é sobre isso, seu idiota," Sirius grunhe, revirando os olhos. Às vezes, ele jura que poderia dar um soco nele por tratá-lo como se fosse um adolescente.

Remus cantarola enquanto abre o Profeta Diário com uma batida satisfatória, seus olhos imediatamente se fixando nas notícias. “Então o que está incomodando você? Você está nervoso desde que ele foi embora — ele comenta, tomando um gole de chá com uma das mãos.

Sirius resmunga, colocando o espelho de volta no bolso e lançando um olhar sombrio para o café da manhã diante dele. Pareceria apetitoso se seu estômago não estivesse embrulhado. “Ele vai se encontrar com Malfoy hoje,” ele murmura, sua voz um rosnado baixo, quase como o de Almofadinhas.

“Ele está agora? Ah, isso esclareceria as coisas”, diz Remus, deixando o papel de lado. “Você acha que ele faria alguma coisa?”

"Possivelmente. Ele está brincando com ele desde que toda essa bagunça começou,” Sirius responde em tom abafado “E havia alguma porcaria na carta dizendo que poderia ser a última vez.”

Remus franze os lábios pensativamente. “Sim, isso parece estranho, especialmente porque seu recurso foi negado, então ele não sairá de Azkaban tão cedo.”

"Exatamente," Sirius sibila, enterrando o rosto nas mãos com um gemido frustrado. “Não sei o que ele está planejando, mas ele está planejando algo e não gosto nem um pouco.”

"Bem, eu não me preocuparia..." Remus começa, suas palavras diminuindo quando ele percebe o brilho nos olhos de Sirius. “Tudo bem, só estou dizendo que seu namorado é bastante resistente. Tenho certeza de que se ele conseguisse enganar Voldemort, ele conseguiria lidar com um verme patético como Malfoy.”

Sirius franze os lábios, seu rosto ainda embalado nas mãos enquanto ele resmunga. "Parceiro."

Remus inclina a cabeça em confusão, uma leve carranca aparecendo em sua testa. "O que?"

"Ele é meu parceiro," Sirius reitera, levantando o rosto das mãos. Por alguma razão, ele não gosta do som de “namorado”. É muito casual, muito inadequado para transmitir tudo o que ele sente quando está com Severus. “Você não o viu da última vez que ele foi. Ele estava em frangalhos. Não sei o que aquele bastardo fez, mas ele o irritou e eu odeio isso"

“Bem, tenho certeza que seu parceiro ficará bem. Fale com ele mais tarde e descubra o que aconteceu,” Remus suspira, passando a mão pelo cabelo curto.

“Sim...” Sirius diz, recuperando o espelho mais uma vez. “Eu me pergunto se ele já está lá”, ele reflete pensativamente.

Remus mantém um silêncio contemplativo, seu olhar fixo em Sirius. Ele estende a mão reconfortante, dando um tapinha gentil no ombro de Sirius. “Não estou totalmente familiarizado com os horários de visitação de Azkaban, mas é uma possibilidade,” ele diz suavemente, e Sirius tem certeza de que seu amigo pode ver agora sua incerteza, então ele acrescenta. “Ele vai ficar bem.”

Dança da Vida  ( TRADUÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora