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Depois de arrumar os restos do encontro, Severus senta-se calmamente em cima da mesa de Sirius, com um cigarro entre os dedos. Ele reconhece que pode ter agido de forma um tanto impulsiva – afinal, ele não havia previsto que as coisas iriam evoluir para sexo ali mesmo, na mesma mesa – mas, ei, ele estava aprendendo a se deixar levar um pouco.

Eles ficam em um silêncio satisfeito por um tempo, até que Sirius finalmente suspira e se espreguiça, indo até o cabide para pegar seu longo e elegante casaco de inverno, que ele então veste.

"Tudo bem, senhor," Sirius declara, e Severus levanta uma sobrancelha, inclinando a cabeça enquanto continua a fumar o cigarro. “Hora de se preparar e ir embora.”

"Ir aonde?" Severus pergunta. Ele não esperava deixar o castelo, especialmente devido ao mau tempo lá fora.

Sirius, no entanto, parece ter outros planos em mente enquanto sorri maliciosamente. “Bem, não vamos passar seu aniversário trancados aqui. Vamos, mexa essa sua linda bunda"

Severus franze a testa, apagando o cigarro no cinzeiro, e se levanta lentamente. “Eu sempre temo suas ideias,” ele murmura enquanto balança a varinha sobre si mesmo para parecer um pouco menos como se tivesse acabado de ser fodido em uma mesa.

Sirius se diverte fazendo o mesmo, passa um longo momento simplesmente olhando para Severus até ficar desconfortável sob o escrutínio e franzir a testa. "O que?" ele estala.

Sirius ri. "Nada. Não posso admirar meu parceiro?” ele diz atrevidamente enquanto avança em direção a ele.

Severus solta um suspiro e passa a mão pelos cabelos. "Qualquer coisa que você diga. Vamos aonde você quiser e acabar logo com isso.”

Sirius faz beicinho, e enquanto Severus caminha em direção à porta, Sirius o agarra pela mão e o puxa para perto de seu peito. "Venha aqui," ele ronrona, capturando os lábios de Severus mais uma vez. Severus suspira quando eles finalmente se separam.

“O que deu em você hoje?” Severus pergunta, surpresa nos olhos e um leve rubor nas bochechas, surpreso com a efusividade de Sirius.

Sirius franze a testa. “Senti sua falta, seu idiota! Dez dias é muito tempo,” ele lamenta, seu aperto aumentando enquanto ele puxa Severus para mais perto, um sorriso provocador aparecendo em seu rosto. “Além disso, a julgar pela maneira como você estava gemendo, eu diria que você também sentiu minha falta.”

Severus revira os olhos para esconder seu rubor cada vez mais intenso e desvia o olhar para a janela. “Vai escurecer em breve”, ele observa. “Tem certeza de que é uma boa ideia ir a algum lugar?”

“Merlin, Severus, não somos mais estudantes. Temos permissão para sair mesmo depois de escurecer,” Sirius geme, mas então se inclina um pouco mais perto, sua voz é um sussurro suave. “Além disso, espero que você não esteja pensando em dormir cedo, porque isso não vai acontecer”, acrescenta com um sorriso malicioso.

Uma leve risada escapa de Severus, e ele dá um tapinha no peito de Sirius antes de quebrar o abraço. “Eu não estava contando com isso.”

"Bom!" Sirius sorri. “E você precisa se comportar, porque eu lhe darei seu presente depois. Venha, vamos."

Vendo que não há como argumentar com Sirius neste momento, Severus suspira e recupera seu manto descartado antes de segui-lo para fora da sala.

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"Então, para onde estamos indo exatamente?” Severus pergunta após uma breve caminhada.

Eles andam lado a lado pelo terreno da escola, logo seguindo para Hogsmeade. Severus nunca viu o apelo da vila, mesmo durante seus dias de estudante. Ele se lembra vividamente de conversas com Lily quando eles ainda eram amigos, dela implorando para que ele a acompanhasse até lá, e Severus, preocupado com seus próprios assuntos e impopular entre a maioria dos estudantes, nunca se sentiu inclinado a ir. Ele era odiado por todos naquela época, com exceção dos membros da Sonserina, então a possibilidade de encontrar outros estudantes na vila sempre o desanimava.

Dança da Vida  ( TRADUÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora