POV Freen
Eu esperava pacientemente na sala de espera da clinica, Anthony está em meus braços praticamente dormindo, as vezes cochilava e acordava todo resmungão por algum bebê estar chorando alto. Becky está sentada ao meu lado, completamente calada e com os olhos vidrados na TV que tem na parede, Harmony está morrendo de sono já que acordamos cedo para virmos a clinica. Ela não parecia estar animada, obvio, quem estaria animada em um hospital? Mas temos que estar aqui para que o câncer não se espalhe mais pelas células. Senti a mãozinha de Anthony em meu peito, olho para baixo vendo o pequeno com os olhos piscando lentamente e saiu um bocejo de sua boca.
Sorri com o seu jeito manhoso, mas esse pequeno é dorminhoco mesmo, Anthony apertou o meu peito e na mesma hora removi sua mãozinha, o que não adiantou muito. Meu filho voltou a colocar a mão em meu seio e ficou lá pousada, não dei muita importância para isso, talvez ele tenha essa mania quando morava com a mãe biológica. Vasculho a bolsa que eu trouxe especialmente para ele, tiro de lá uma chupeta e enfio em sua boca, o mesmo começou a suga-la freneticamente.
- Meu Deus, que menino mais lindo desse mundo – beijo a sua testinha – Que tal dormir?
- Ele não vai dormir nem tão cedo – Becky murmurou com os olhos ainda na TV.
- Mas a cara dele indica que ira apagar daqui a pouco – prendo o risinho ao olhar para o meu filho.
- Já estou vendo que o Anthony está cheio de energias hoje – Becky finalmente parou de ver a TV e fitou o nosso filho – Oi meu amor.
- Esse curioso, está prestando atenção em nossa conversa – acuso o pequeno, ele me olhou todo sapeca e apertou o meu seio – Ei!
- Não pode fazer isso, príncipe – Becky repreendeu – Só a mamãe pode pegar ai e dar umas boas apalpadas.
- Amor! – arregalo os olhos – Não fale essas coisas perto dos nossos filhos.
- Foi mal – deu de ombros.
- Mama – Harmony me chamou, a olho – Vai demorar muito?
- Não meu amor – respondo esticando a minha mão para pegar a sua – É que hoje tem bastante crianças para serem atendidas, mas não vai demorar.
- Estou com soninho – Harmony coçou os olhos.
- Daqui a pouco é a nossa vez de entrar – Becky a puxou para seus braços e beijou o topo de sua cabeça – Vai ficar tudo bem.
- Quer tomar água? – pergunto e a mesma nega com a cabeça.
- Harmony Chankimha Armstrong.
Assim que a recepcionista chamou o nome de minha filha, rapidamente nos levantamos e nos ajeitamos antes de irmos para dentro do consultório em que a Harmony será atendida. Assim que entramos, Becky fechou a porta por ser a última a entrar, sento na cadeira e a Becky senta na outra ao meu lado tendo a nossa filha em seu colo. O doutor ajeitou o óculos no rosto com um sorriso muito simpático, ele tem cabelos grisalhos, parecia ter um peitoral até que definido para a idade dele e alguns músculos. É bonito.
- Olá – o doutor sorriu – Sou o Johnson.
- Oi – o cumprimento com um aperto de mão – Sou Freen, essa é a minha noiva Rebecca e esse são meus filhos, Anthony e Harmony.
- Uma linda família.
- Obrigada – Becky agradeceu apertando a nossa princesa em seus braços.
- Bom, vamos começar – o doutor se ajeitou em sua cadeira – Harmony, como tem se sentido ultimamente?
- Normal – Harmony respondeu tímida – Quer dizer...não tão normal.
- Explique-se.
- Hum – Harmony me olhou como se tivesse pedindo ajuda, beijo a sua bochecha a encorajando – E-eu tenho ficado cansada.
- Você vai na escolinha, certo? – Johnson indagou, a pequena assentiu timidamente – Lá você brinca?
- Sim mas...não muito porque fico cansada.
- Harmony sempre está reclamando do cansaço quando está brincando – Becky contou – Dissemos a ela que é por conta do câncer.
- Exatamente – o doutor entrelaçou os dedos – O câncer acaba fazendo isso com a pessoa e ainda pode sentir dores musculares.
- É, eu também sinto – Harmony se encolheu no colo da minha noiva.
- Freen, você pode me dar os exames? – Johnson pediu.
- Claro – entrego a pasta onde tem os exame de minha filha.
- Deixe-me analisar melhor – o doutor se concentrou naqueles papéis que eu não entendi nada.
- Da, da, da – Anthony bateu palminhas – Da, da, da.
- Acordou quem não devia – Becky brincou, o nosso filho riu mesmo sem entender nada – Sapequinha da mamãe.
Depois que o doutor analisou os exames, descobrimos que o câncer aos poucos estão se espalhando e que Harmony precisa fazer quimioterapia, Johnson também explicou que quando se é criança é mais fácil se tratar do câncer do que um adulto. Digamos que isso me deixou parcialmente aliviada, porque temos mais sorte em que a nossa pequena fique melhor logo. O medico receitou alguns remédios também e marcou a sessão de quimioterapia, após nos despedirmos dele, fomos para uma lanchonete que tem próximo ao hospital.
- Depois que comermos aqui, vamos na farmácia – Becky comentou quando nos sentamos nas cadeiras.
- O que vão querer? – a garçonete perguntou com seus olhos vidrados na minha noiva.
- Eu vou querer um cachorro quente com hambúrguer – Becky pediu encarando o cardápio – E você, meu amor?
- Quero um X-tudo caprichado – pedi praticamente fuzilando aquela garota – E um belo suco natural de maracujá para me acalmar, antes que eu cometa um assassinato.
- Já ia me esquecendo da bebida – Becky riu brevemente – Trás uma garrafa de Coca-Cola.
- Mamãe, posso comer batata frita com queijo e bacon? – Harmony fez um biquinho.
- Claro meu amor, pode comer o que quiser – Becky sorriu, vi a garçonete suspirando.
- Como o nosso pequeno não come nada, então é só isso mesmo – cruzo os meus braços.
- Ah sim... – a garçonete não saiu de perto, ficou babando na minha noiva.
Aquela garota não se toca não? Aproveitei que o Anthony está no bebê conforto brincando com as mãozinhas, puxo a Becky pela nuca em direção a minha boca, a beijo violentamente querendo mostrar que essa branquela tem dona. Minha noiva ficou surpresa de primeira porém logo retribuía com maestria, seus lábios moldados perfeitamente nos meus e para provocar, chupo lentamente aquela língua aveludada fazendo-a arfar contra a minha boca. Mas Becky não é de ficar parada, ela me devolveu com uma mordida no lábio e o capturou com uma sugada lenta, gostosa e provocante. Afasto nossas bocas e sorrio vitoriosa para a garçonete que se afastava de nossa mesa.
- O que foi isso? – sussurrou me fitando atentamente.
- Aquela vadia estava te comendo com os olhos – resmungo.
- Que se foda – sorriu lindamente – Eu tenho você, só você.
- Eu te amo – dou-lhe um selinho.
- Eu também te amo – acariciou a minha bochecha.
- Já acabaram com a melação? – Harmony bufou.
- Com quem você aprendeu isso? – indaguei incrédula.
- Tia Engfa e tia Faye.
- Sabia que não seria bom deixar a nossa menina com aquelas loucas – Becky reclamou abraçando os meus ombros.
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Tell Me You Love Me { FreenBecky }
RomantikVocê se acha capaz de ajudar uma pessoa a se livrar da depressão? Rebecca Patrícia Armstrong, uma cowgirl que administra a própria fazenda ao lado de seus pais, ela vende seus alimentos plantados para os restaurantes de Miami, principalmente para os...